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Análise: Blackguards (PC)

Eu não me canso de elogiar aqueles jogos que nos trazem de volta a nostalgia das grandes jogabilidades dos clássicos dos videojogos. Chamem-me velho ou o que bem entenderem, mas Blackguards é uma dessas experiências e valoriza-se por isso. A Análise WASD neste regresso ao passado dos jogos de estratégia por turnos, pela mão da Daedalic Entertainment.

Criar a nossa personagem em Blackguards significa escolher uma classe de entre Warrior, Rogue ou Mage, definir o seu género e o seu estilo de cabelo. Infelizmente, mais que isto não podemos fazer. Esta situação é lamentável, se tivermos em conta o género em que o indie da Daedalic Entertainment se enquadra e aquele que é normalmente o standard na customização de personagens num RPG. Por sua vez, a árvore de progresso das personagens é uma enorme confusão e nem um único tutorial nos explica como progredir. Temos de partir à descoberta, arriscar pontos aqui e ali, para realmente compreendermos como funcionará a evolução dos vários membros da nossa equipa.

A história começa quando a tua personagem é culpada de um crime que, aparentemente, não cometeu. Na cadeia, acabas por encontrar mais dois prisioneiros que te ajudam a escapar. A razão pela qual lá foram parar mantém-se misteriosa até a dada altura na narrativa. Seja como for são personagens fortes com um bom trabalho de voz, executado ao mais alto nível.

A partir daí, começa o festim da estratégia por turnos e, curiosamente, cada batalha consegue trazer sempre algo de novo: armadilhas, pântanos venenosos, estruturas que se destroem, entre outras tantas coisas. Este aspecto garante a promessa de nos trazer de volta a Blackguards vezes sem conta. E a passada dos combates, embora perceba que possa ser lenta para muitos, para mim parece-me frenética e empolgante. Poderá ser porque sou fã do género já há alguns anos, mas a verdade é que a jogabilidade me pareceu muito bem balanceada. Blackguards levou-me de volta à melhor jogabilidade de séries clássicas como Fallout, X-COM ou Jagged Alliance embora com alguns picos inesperados de dificuldade.

E a narrativa entretém-te e agarra-te, como um jogo de aventuras o deve fazer, mantendo-te alerta para cada surpresa que se esconde em cada um dos campos de batalha. As personagens movimentam-se através de uma grelha, com turnos para jogar. Contudo, a câmara não ajuda e não a podemos rodar, apenas levantar ou baixar. Os obstáculos do cenário também aparentam não funcionar, já que estar protegido por detrás de uma rocha ou estar a descoberto em pleno campo de batalha resulta praticamente no mesmo: o dano é igual em ambas as situações.

Quando acedemos pela primeira vez ao mapa, apetece-nos parar, admirar e ficar ali a ver as nuvens a passar. Se queremos viajar de local para local, usamos o sistema fast travel, clicando nos sítios e teleportamo-nos para as áreas que selecionámos. É certo que, graficamente, o jogo não deslumbra mas somos recompensados pela complexidade dos mapas e pelo fantásticos trabalhos artísticos com que somos brindados quando esperamos que as áreas carreguem.

Veredicto

Blackguards traz de volta os jogos de estratégia por turnos à mainstream dos videojogos. Embora com uma passada lenta para alguns, os fãs do género vão conseguir extrair o máximo deste jogo da Daedalic Entertainment e sentir a nostalgia em cada movimento na grelha do campo de batalha. A própria história cativa-nos e mergulha-nos no mundo de Blackguards, enquanto avançamos através de confrontos inteligentes com uma boa mecânica, que apenas quebra quando o sistema de jogo não se apercebe que estamos protegidos por um qualquer obstáculo. Por entre os defeitos que tem, Blackguards defende-se com os seus pontos positivos e é uma experiência de jogo que os fãs da estratégia por turnos não devem deixar escapar.

  • ProdutoraDaedalic Entertainment
  • EditoraDaedalic Entertainment
  • Lançamento22 de Janeiro 2014
  • PlataformasPC
  • GéneroEstratégia, Role Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Picos de dificuldade inesperados
  • Câmara
  • Árvore de progresso

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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