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Análise – Cat Quest II

Um peculiar RPG de acção passado num reino animal teve direito a uma sequela. Será que  Cat Quest II supera a obra original? Sigam a nossa análise para saber o que achámos.

A história segue os acontecimentos do primeiro título. Contudo, não se preocupem se só agora chegarem à franquia. Caso não tenham jogado o primeiro Cat Quest, o ponto de situação é devidamente explicado e percebemos alguns dos acontecimentos passados. Assim por alto, controlamos dois Reis, um gato e um cão, que tiveram de unir forças para colocar a ordem num panorama de guerra entre os gatos de Felingard e os cães do Lupus Empire. Este dois soberanos procuram reivindicar os seus tronos e vão ter de ajudar-se mutuamente para o conseguir.

As mecânicas de jogos são relativamente simples, e acabam por recordar algumas mecânicas da série Diablo, embora algo simplificado, como que para principiantes. Os controlos são acessíveis e os ataques não são muito variados. Mas, a verdade é que esta simplicidade funciona bem com o desafio que o jogo apresenta. Algumas batalhas, especialmente os confrontos com os bosses, são um pouco difíceis e não podemos “atirar-nos” contra os inimigos sem cautela. É, desta forma, um combate equilibrado e extremamente aliciante, nunca se tornando aborrecido nem repetitivo. Esta fórmula não é, de todo nova, mas, em Cat Quest II, encaixa-se perfeitamente.

Um elemento de peso, uma novidade face ao jogo original, é o facto de termos duas personagens para controlar, que ainda por cima podem ser alternados mediante um botão. Ao gato presente no primeiro título, junta-se agora um cão. Com esta nova dupla podemos personalizar o estilo de jogo e combate de ambos. Podemos utilizar uma arma de corpo-a-corpo como uma espada ou machado com uma personagem e dar a outra um bastão para enviar feitiços, por exemplo. Desta forma, vamos diversificando mais o combate.

Apesar de seguirem sempre a mesma linha estética, os cenários têm muita vida e estão repletos de surpresas e novos locais para serem explorados. O mundo do jogo é uma espécie de “atlas gigante”, onde vamos encontrando inimigos e outros NPCs. É aqui que vamos encontrando as grutas e masmorras que podem ser exploradas, muitas delas com inimigos mais fortes e com muitos tesouros para descobrir.

Como devem calcular no género de jogo que é, o grafismo é competente. Mesmo sendo em 2D, a forma como a câmara está posicionada permite ao jogador ter uma certa perspectiva e profundidade do mundo. Tem um aspecto muito limpo e colorido, com algumas animações em certos ataques especiais bem conseguidos. No que diz respeito ao áudio, a música encaixa bem e acompanha a jornada sem se tornar intrusiva. Os restantes sons são mais residuais e simples normal neste tipo de jogo. No fundo, as características técnicas são, de uma forma geral, muito positivas.

Tendo jogado o primeiro Cat Quest, considero que esta sequela melhora em tudo as ideias que o original mostrava. É um jogo mais completo, com mais variedade, mais armas e armaduras, uma nova personagem e um modo cooperativo local para jogar com um amigo. Todos estes são elementos de peso que melhoraram imenso o jogo e tornaram-no muito mais rico e completo.

No meu ponto de vista, esta é uma saga que tem potencial para crescer e ter ainda mais títulos lançados em série. Digo isto porque, além de serem jogos simples e apelativos, funcionam muito bem no conceito de consola portátil da Nintendo Switch. Isto, apesar de estarem disponíveis noutras plataformas.

Veredicto

Sendo um excelente RPG no seu género simplista, supera em tudo aquilo que o primeiro jogo apresentava. O que é só o que se pede de qualquer sequela em qualquer franquia. Com um preço simpático e uma simplicidade contagiante, Cat Quest II é das melhores surpresas que tivemos este ano na Nintendo Switch. Esperamos que hajam intenções de lançar um terceiro título. Cá o espero.

  • ProdutoraThe Gentlebros
  • EditoraPQube Limited
  • Lançamento24 de Outubro 2019
  • PlataformasSwitch
  • GéneroRole Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • História podia ter mais desenvolvimentos e "twists"

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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