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Análise – Donkey Kong: Tropical Freeze

Os primatas da Nintendo estão de regresso na Switch. A sua última aventura, Donkey Kong: Tropical Freeze já havia sido lançada na Nintendo Wii U. Contudo, chega agora à mais recente consola com melhorias assinaláveis.

Tendo em conta a popularidade da Switch é compreensível que a estratégia da Nintendo passe por trazer os títulos mais importantes da antiga geração para a sua nova consola híbrida. Este jogo foi lançado em 2014 com a árdua tarefa de alavancar as vendas da Wii U. Apesar de não ter realmente cumprir essa missão de salvar a consola, conseguiu criar uma das melhores aventuras da série. E esse sucesso está bem patente neste regresso na Switch com algumas melhorias e aquela jogabilidade refinada que a Big-N já nos habituou. Prontos para agarrar umas bananas?

A história começa com toda a família Kong reunida para celebrar o aniversário de Donkey Kong. Entretanto, subitamente, uma embarcação de animais marinhos vikings congela a ilha do nosso protagonista num furacão de ventos gelados. Este ataque também leva Donkey Kong e seus familiares para uma ilha perdida no oceano. Sozinho ou com a ajuda de uma das outras personagens em modo cooperativo, o símio terá que viajar de ilha em ilha, num total de 63 níveis, até alcançar o seu último mundo que é também a sua casa. Depois, há  que descongelar a ilha, ao mesmo tempo que põe um fim à ameaça viking repondo o clima tropical.

A produtora responsável por este regresso, a Retro Studio, conseguiu captar a essência que a Rare criou juntamente com esta série, ainda na era dos 16-bits. Temos aqui uma aventura super divertida, mas também muito difícil. Os primeiros níveis não são nada assustadores e servem para nos familiarizar com a jogabilidade. Contudo, assim que ficamos mais à vontade com o esquema de controlos e percebemos como o jogo funciona, a dificuldade torna-se de tal forma difícil, que é impossível evitar aqueles momentos em que só nos apetece desligar a consola…

Isso acontece devido ao excelente design de níveis e como tudo foi construído. Mesmo sendo um jogo de plataformas, nunca o irão comparar com outros jogos do mesmo género, como a série Super Mario, por exemplo. Donkey Kong, testa a nossa habilidade e reflexos para escapar a obstáculos que surgem do nada e isso exige uma resposta extremamente rápida em relação ao que acontece no jogo. Esta fórmula resulta inevitavelmente em muitas mortes até dominar o padrão de secção e cada nível.

Por outras palavras, este é um jogo que deve ser vencido com tentativa e erro. É essa dificuldade que faz parte do seu ADN e faz-nos voltar ao jogo para provarmos que somos capazes. Curiosamente, a Nintendo sempre teve esta noção do quão difícil pode ser a aventura de Donkey Kong. E para esta versão adicionou o modo Funky Kong, um nível de dificuldade mais baixo e indicado para os mais novos. Se se sentirem frustrados com alguma secção mais desafiante, não hesitem em optar por esta dificuldade.

Na dificuldade Funky Kong, não poderão jogar com outra personagem da família Kong mas, em compensação, terão a capacidade de dar saltos duplos, ter mais um ponto de saúde, obter invulnerabilidade a alguns obstáculos e a possibilidade de rebolar eternamente. Estes auxílios tornam o jogo mais acessível e é a opção ideal para os menos experientes. No entanto, não provoca uma real perda da sua qualidade, porque mesmo com estas alterações na personagem, os níveis originais continuam a funcionar muito bem e a proporcionar desafio quanto baste.

Os veteranos da série, vão gostar de ver toda família novamente reunida. Não só podem jogar com Diddy Kong, como também Dixie e Cranky Kong. E não é apenas um mimo para os nostálgicos que passaram horas a jogar este título na SNES. São mesmo importantes para acção, dado que cada uma das personagens possui habilidades únicas. E estas habilidades vão ser necessárias para passar algumas partes do jogo ou até mesmo para apanhar todos os tesouros escondidos, sejam bananas, moedas ou qualquer outro tipo.

Se forem daqueles que gostam de completar tudo, haverão níveis que terão de voltar com outra personagem para conseguir fazer os tais 100%. Muitos dos níveis estão posicionados estrategicamente em áreas de difícil acesso e é provável que morram dezenas de vezes até aprender como devem fazer tudo em segurança.

Não posso terminar sem falar do brilhante trabalho artístico da produtora. O visual de cada um dos níveis é um regalo para os olhos e impressiona pelo facto destes níveis serem tão distintos, mesmo quando a temática é a mesma. Tenho ainda de destacar os incríveis níveis que jogamos contra o pôr do sol e só vemos a silhueta das personagens, algo que podem comprovar na imagem anterior.

Veredicto

Donkey Kong: Tropical Freeze mantém-se como a melhor aventura dos primatas da Nintendo. A extrema dificuldade pode ser frustrante para muitos jogadores, mas felizmente esta versão tem agora o Funky Kong para que os menos experientes possam desfrutar da melhor aventura que Donkey Kong jamais teve. Agora na Nintendo Switch.

  • ProdutoraRetro Studios
  • EditoraNintendo
  • LançamentoAinda sem data de lançamento
  • PlataformasSwitch
  • GéneroPlataformas
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Pode ser frustrante sem Funky

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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