GuardiansoftheGalaxyTelltale (4)

Análise em Progresso: Guardians of the Galaxy: The Telltale Series (Ep. 3)

Depois de nos andar a obrigar a percorrer meia-galáxia, finalmente sabemos quem nos anda a chamar em Guardians of the Galaxy: The Telltale Series. O terceiro episódio intitulado “More than a Feeling” aí está para dar continuidade à aventura de Star-Lord e companhia.

Acompanhem a nossa análise ao primeiro e segundo episódios.

Foi mesmo uma incógnita que nos levou a jogar este título com algum interesse. Será que a voz que chamava por Peter Quill era mesmo a da sua mãe? E que mistérios ainda nos reservava a Eternity Forge? O suspense deixado no final do segundo episódio era o mais relevante até agora, fazendo antever um terceiro episódio empolgante. Contudo, como devem calcular, atingir um ápice a meio da narrativa, era um risco. Ainda falta outros dois episódios (de cinco) para contar o resto da história. Não era agora que todas as respostas iriam surgir… ou será que não é bem assim? Digamos que talvez a produção só se tenha apercebido disso tardiamente. E isso talvez explique o abrandamento na narrativa que temos neste terceiro capítulo.

Obviamente, não vos vou contar quem está por detrás da misteriosa voz de Meredith Quill. Só posso dizer que no final do segundo episódio entrámos numa câmara secreta de um asteróide e esse acto leva-nos a mais uma viagem ao passado de Peter, envolvendo, novamente a sua mãe. Contudo, também Gamora tem um flashback curioso envolvendo a sua irmã Nebula. Esta porção e outros pormenores até estabelecem um paralelo com o recentemente estreado filme Guardians of the Galaxy Vol. 2. Mas terão de ver o filme primeiro para entender o que digo. Há muitos paralelos.

De um modo geral, o enredo dá-nos mais empatia por Nebula e oferece uma outra ideia de quem esta personagem acaba por ser. Já no episódio anterior tivemos uma interacção que, consoante as nossas escolhas, nos deram uma imagem diferente da filha cyborg de Thanos. Por outro lado, outras personagens parecem-me estranhamente pouco abordadas. Rocket, mesmo que tivessem escolhido ajudá-lo no último episódio, é pouco relevante. Drax parece cada vez menos importante para a acção do jogo, Groot quase nem se dá por ele. Pode ser que a situação mude doravante, mas é óbvio que o forte destas personagens surge em grupo e não desta forma algo individualizada.

Depois de Yondu, uma outra personagem do lore desta série da Marvel a fazer a sua aparição é Mantis. Mais um paralelo com o mais recente filme, curiosamente. Se a conhecem de outras paragens (da banda-desenhada, por exemplo) saberão que é uma das personagens mais inocentes e cómicas das histórias dos Guardiões. Esta criatura, porém, tem um poder fora do normal e oferece um vislumbre mais claro das capacidades da Eternity Forge. E com isso, há uma nova decisão para Peter tomar. Uma decisão que pode ajudar um dos seus amigos, em detrimento dos demais. E é esta a opção mais complicada que Star-Lord terá de tomar até agora.

Curiosamente, o ímpeto que tinha para apoiar e acompanhar Rocket, parece-me agora menos interessante. Quero mesmo ajudar o pobre Drax a encontrar um novo propósito ou levar a que Gamora reveja o seu comportamento com relação à irmã. Lá pelo meio, está a influência deste estranho artefacto na posse de Quill. A pergunta é se um poder tão forte com este da Eternity Forge merece ser usado ou, pelo contrário, o artefacto deve ser mesmo destruído. E as decisões que já tomámos, mais as que tomamos neste episódio são, por demais, complicadas. Uma lógica interessante que nos coloca mais focados na narrativa. Mas, esta fórmula tem o seu senão.

O foco em algumas áreas de investigação e outras para explorar, acaba por tornar o episódio meio “parado”. É uma situação comum em todas as histórias da Telltale. Sabemos que não é possível manter um ritmo sempre elevado, nem a interacção do jogo permite grandes cenas de acção por aí além. Contudo, já no episódio anterior foi claro que já havia uma tendência de dar mais ênfase aos diálogos com as personagens e à interacção com os mapas. Nada demais, mas é preciso intermediar com alguma acção ou entramos no aborrecimento. Este episódio só amplifica essa tendência, com as cenas de acção resumidas e mais breves. E que fosse só isso que este terceiro episódio tivesse de menos positivo.

Quando é que a Telltale nos dá um episódio sem falhas? Infelizmente, tenho de assinalar que os problemas técnicos na versão analisada se agravaram neste episódio. Já no episódio anterior tive um completo freeze que me obrigou a desligar o jogo. Como aconteceu uma única vez, não dei importância. Contudo, neste outro episódio repetiu-se o freeze e surgiu um outro problema ainda mais estranho. A dada altura, as personagens estavam a conversar numa sala a bordo da Milano e, de repente, todos ficaram imobilizados. Só podia movimentar Peter pela sala mas nada acontecia nem havia mais diálogos. A situação durou vários minutos sem que pudesse fazer rigorosamente nada, nem sequer sair para o menu. Uma vez mais, tive de desligar o jogo e voltar a entrar. Nebula não ficou contente…

Veredicto

Como no episódio anterior, o mais importante deste terceiro capítulo de Guardians of the Galaxy: The Telltale Series são as nossas decisões. As cenas de acção são diminutas e os desenlaces estão relativamente lentos a acontecer. Contudo, mais uma vez, os diálogos e as difíceis decisões convidam-nos a jogar mais umas vezes só para escolher outras opções. Lamento muito os problemas técnicos agravados, mas estou certo que umas actualizações resolvem-nos. Sempre foi assim nos jogos desta produtora. Que venha o quarto episódio, com tudo resolvido. Sejamos positivos.

  • ProdutoraTelltale Games
  • EditoraTelltale Games
  • Lançamento23 de Agosto 2017
  • PlataformasAndroid, iOS, PC, PS4, Xbox One
  • Género
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Claramente menos dinâmico
  • Continuam os erros técnicos

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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