Análise em progresso: Wildstar (segunda parte)
Ora, caros leitores, cá nos encontramos para finalmente dar continuidade à nossa análise a Wildstar, o MMO de ficção científica da Carbine Studios. Só que antes de o fazermos, creio que devo uma breve explicação àqueles que aguardaram mais de um mês por este artigo.
Tudo aconteceu dois dias depois da primeira parte desta análise. No menu de personagens, sempre que tentava fazer login, surgia uma mensagem a dizer algo como “We dropped your cryo pod. Sorry about that!” Isto, vezes sem conta. Resumindo e concluíndo, a minha luta com a equipa de suporte para resolver este caso levou mais de um mês. Por sua vez, o atendimento acabou por ficar também bastante aquém das expectativas. Assim, sendo vamos passar à análise propriamente dita.
Na primeira parte desta análise deixei-vos com o desejo de partilhar convosco as minhas primeiras experiências nas Adventures e Dungeons de Wildstar. Tanto as Adventures como as Dungeons chegam como óptimas alternativas para evoluir o nosso personagem, além das tradicionais quests.
Se viram o vídeo em cima, já devem ter uma perfeita noção do que vão encontrar nas Adventures. Mais do que uma tradicional Dungeon, aqui, nós e mais 4 companheiros somos colocados num dos enormes cenários do jogo. Quanto à história que se irá desenrolar? Esta será decidida por votos. Passo a explicar: logo antes de começar, surgem algumas opções para introduzir a nossa aventura. A que tiver mais votos, será concretizada na forma de uma missão a cumprir pela nossa party. Sempre assim, até á última missão que culminará no típico boss final que teremos de enfrentar e, consequentemente, derrotar.
De facto, as Adventures são bastante interessantes e, com tanta escolha, um facto é que dificilmente se tornam repetitivas. As missões variam em dificuldade e muitas vezes o mínimo erro sai caro, chegando, muitas vezes, a custar a vida do nosso personagem.
Já nas Dungeons, sacrifica-se um pouco da versatilidade de enredo, em prol de uma experiência mais frenética e intensa, onde o trabalho de equipa é crucial e os mínimos erros são severamente punidos. Se já jogaram a outros MMOs sabem o que encontrar numa Dungeon e sabem porque vale a pena lá ir. Apesar de haver uma história para contar, geralmente sobre uma área assolada por um grupo de inimigos, chefiado por uma criatura mais forte, aqui a dificuldade é bem mais acentuada, quando comparada com as Adventures. Só que também as recompensas serão mais avultadas e mais em conta (ou não, depende da sorte,) com o que o nosso personagem precisa.
Aqui, nós e os nossos 4 companheiros ficamos a perceber bem o motivo dos Telegraphs (os efeitos visuais que mostram onde vão cair as habilidades dos nossos inimigos). A mecânica é frenética e uma boa movimentação do nosso personagem é muitas vezes indispensável. Ficar em cima de um telegraph, mesmo que seja de uma mob normal e por muito breve que seja, pode ser bastante perigoso. Apesar de ser uma mecânica interessante e que sobe, de facto, a dificuldade a níveis igualmente interessantes, é de tal forma castigadora que basta termos um pingo de lag para que a experiência perca o seu interesse e se torne, acima de tudo, frustrante. Como disse, pisar um telegraph, é 99% das vezes letal, e por mais céleres que sejamos a desviar o nosso personagem de tal perigo, face ao mais mortífero de todos os adversários, o Lag, nada mais há a fazer do que ver o nosso personagem a voltar para trás, precisamente para o local de onde nos desviámos e morrer.
Os encontros com as criaturas que habitam estas Dungeons e, claro, com os bosses, são do mais original que podemos encontrar no mundo dos MMOs. No entanto a dificuldade é de tal forma elevada que pode ser frustrante depender de outros factores além da nossa habilidade como jogador. Juntando a isto o factor sorte, podemos passar horas a tentar completar uma dungeon sem ganhar uma única peça de loot relevante para o nosso personagem.
Chegamos assim ao final da segunda parte desta análise. A terceira parte será a última e está quase aí. Por isso, para estes e mais artigos, continuem atentos ao WASD.
Veredicto
Na segunda parte desta análise, acabo (por muito que me custe) por tirar dois pontos à pontuação deste título. Apesar de continuar a ser o mais completo MMO em termos de lançamento dos últimos 10 anos, o desafio oferecido pela elevada dificuldade das dungeons, é facilmente comprometido pelo factor lag e é algo que deve ser levado em conta. Uma coisa é por exemplo jogar Dark Souls, outra coisa é pagar uma mensalidade e passar 2 horas a tentar completar uma Dungeon, dependendo da sorte de ninguém na equipa ter lag e fazer o que deve para derrotar os inimigos em questão. Isto sem falar dos Rage Quitters. A isto junta-se a minha experiência com a equipa de suporte que deixou bastante a desejar. Vários foram os MMOs que joguei e esta foi das piores experiências que tive (se não a pior) neste departamento. Algo que não pode acontecer, ainda por mais num MMO com mensalidades.
- ProdutoraCarbine Studios
- EditoraNCSOFT
- Lançamento3 de Junho 2014
- PlataformasPC
- GéneroMMO
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Adventures e as opções de escolha de enredo
- Dungeons ricas em desafios e encontros dinâmicos e interessantes
- Lidar com a equipa de suporte
- Dificuldade das dungeons facilmente comprometida pelo Lag
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.