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FIFA Street

Este é o renascer de uma série que teve tantos adeptos como opositores ao longo da sua existência. Nascendo como uma espécie de spin-off da série-mãe FIFA Football, a jogabilidade mais virada para o malabarismo e futebol de rua de FIFA Street começou por ser uma abordagem descontraída ao mundo do dito “futebol espectáculo” acabando por sair um flop sem grande interesse há uns anos com três títulos pobres e com enormes críticas. Agora a EA Sports ressuscita a série aproveitando a onda de simpatia pelo género e pelo ressurgimento do futebol de salão, mais conhecido por Futsal. E os resultados são mistos.

Sejamos claros! O Futebol não se joga assim. Ou melhor, joga-se assim em demonstrações de perícia e para o “espectáculo”. FIFA Street, porém quer fazer crer que assim se joga nos campos de futsal ou em jogos de recinto fechado. Não é verdade. Mesmo assim, o género arcade mais descontraído, sem interesse em parecer realista ou exequível, oferece algumas horas de diversão, mas não esperem facilidades.

Se bem que dominar o dribble e a finta em FIFA 2012 é uma arte por si só, em FIFA Street seria de esperar que o malabarismo com a bola fosse algo mais acessível e prático. Mas não é. Para já, a falta de um bom manual ou pelo menos de um tutorial como FIFA 2012 possuía para as novas funcionalidades, causou-nos algumas horas de frustração para entendermos a lógica das fintas e, acima de tudo, para perceber os termos e dominar, por exemplo, uma das manobras mais importantes do jogo que é a Panna (que, para quem não sabe, é o célebre “túnel” que se resume a passar a bola entre as pernas do adversário). Isto porque há um modo de jogo e mesmo torneios com este nome em que pontuamos mais quantos mais Panna fizermos, mas era bom que o jogo explicasse não só o que é mas também como se faz, sobretudo para quem não conhece esta terminologia futebolística. Outros modos de jogo incluem o típico jogo de Futsal em Futebol de 5, 3×3 com tabelinhas, melhor de 5 golos, entre outros, todos virados para o espectáculo. Mas esperem dificuldades… muitas…

Existe a possibilidade de jogar online ou a solo num modo de carreira onde podemos criar jogadores (ou importar de FIFA2012) e competir mundialmente do Rio de Janeiro a Tóquio. Mas, apesar deste jogo querer honrar o futebol de salão, é de notar duas enormes falhas do jogo a nível de representações. Não só faltam ligas importantes como os jogadores são todos pertencentes às ligas regulares de futebol. Por exemplo, a Liga Portuguesa não está incluída e a nossa Selecção Nacional incluí jogadores… da Selecção A de Futebol. Isto não só é estranho como é desprestigiante para as nossas fantásticas equipas da Liga nacional de Futsal e respectiva Selecção Nacional, bem como as diversas ligas de Futsal por todo o mundo. A presença de Lionel Messi (jogador do FC Barcelona, actualmente considerado o melhor jogador de Futebol de 11 do Mundo) na capa faz-nos pensar que se calhar a EA Sports achou que tinha de meter o Futebol de 11 como tema para atrair entusiastas, mesmo perante a enorme onda de simpatia pelo Futsal a nível mundial. Enfim.

A nível gráfico o jogo tira proveito do motor Impact de FIFA 2012 e, por isso, é irrepreensível com os seus campos improvisados e com físicas realistas. Mesmo assim, o jogo precisava de uns aprimoramentos na lógica da Inteligência Artificial e na própria lógica de jogo. Quando arrancamos no modo carreira os nossos jogadores não conseguem fazer as grandes fintas características do género e a inteligência artificial parece imbatível. Além disso existem momentos de pura falta de sentido quando uma bola fica perdida no meio do campo e a IA não a tenta alcançar ou quando o nosso guarda redes sai incompreensivelmente da posição de defesa abrindo rumo ao adversário para a baliza.

Conclusão

Com alguns defeitos e faltas graves, com uma jogabilidade que convida a arremessar o comando contra o televisor de tão frustrante que consegue ser, FIFA Street é um jogo que fica aquém do que seria de esperar. Gostámos sinceramente do renascer da série, mas esperávamos algo mais simples de abordar. A lógica das equipas não lembra a ninguém e apresentar uma espécie de liga de fantasia no lugar de outra já implementada e com uma legião de adeptos é algo estranho. Há ainda uma nota negativa para o “americanismo” do jogo com expressões e palavras (“soccer”) pelo meio que não gostamos de ouvir, ora não fosse a criadora do jogo a filial Canadiana da Electronic Arts. Mesmo assim, quem busca a evolução e a espectacularidade que o futebol “freestyle” oferece, o modo de carreira é recompensador e longo.

  • ProdutoraEA Canada
  • EditoraElectronic Arts
  • Lançamento16 de Março 2012
  • PlataformasPS3, Xbox 360
  • GéneroDesporto
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Difícil dominar a jogabilidade
  • IA infalível
  • Futsal foi esquecido
  • Ausências importantes de ligas

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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