Análise: Microsoft FLIGHT
O mundo dos videojogos já viu grandes séries nascerem e morrerem. Mas, por vezes, também acontece grandes séries serem completamente destruídas com sequelas ou novos capítulos sem nexo. Reina o comercialmente viável versus o que é realmente interessante. É o caso com o mais recente título da série de simuladores de voo da Microsoft. O novo Microsoft FLIGHT é, à falta de melhor expressão, um desapontamento.
Pensado no que é um simulador de voo, Flight até cumpre o que promete. Trata-se de uma forma de pilotar artificialmente aparelhos voadores de modo a aprender as técnicas e idiossincrasias do voo. Diz-se que não é num simulador que se aprende a voar, mas é lá que se ganha o gosto.
Ora, Microsoft Flight é uma espécie de infantário ou versão de demonstração do que já foi a grande série Microsoft Flight Simulator. Engenhosamente, a palavra “Simulator” foi removida e a palavra FLIGHT apresenta-se toda em letras capitais como uma súplica de desculpas à comunidade que durante anos usou a série como ferramenta lúdica e didática e agora a vê transformada em jogo.
É que Flight é só mesmo um jogo. Ponto final. Não mais será um mundo aberto à exploração como foi a série FS. Agora fazemos tudo no Hawai (apenas numa das ilhas, note-se) com dois aviões, um moderno hidroavião ultra-ligeiro e um biplano da segunda grande guerra. Temos missões de passar entre anéis desenhados no céu ou procurar pontos geográficos pela ilha ou ainda aterrar mesmo no centro da pista. Em troca… pontos… Não é por mero acaso que no menu principal a opção para ir voar seja “Play” em vez do famoso “Fly Now”.
Querem mais? Paguem. Completamente integrado no Microsoft Marketplace, apesar de ser gratuito na sua base, para ter mais conteúdo terão de gastar os vossos MS Points em aviões ou pedaços de cenário. Mas não esperem um Boeing 737… no máximo um P51 Mustang…
Graficamente há um salto qualitativo desde a última toma da série, FSX. Mas reparem, é só um punhado de ilhas para apresentar… Não é o mundo inteiro como antes. É normal que seja melhor. Mesmo assim os gráficos não impressionam nada. São medianos, embora menos exigentes para o computador que o FSX. E pior que isso, o jogo não inova nos problemas de aerodinâmica e físicas da série anterior, pelo contrário, os aviões parecem ainda mais artificiais… Não esperávamos mais, no entanto.
Conclusão
Microsoft Flight é gratuito. A versão base de 1.5 Gb pode ser descarregada sem qualquer custo. Vale a pena testar. Para os que são aficionados será uma lamentável ocupação de disco de um jogo de aviões, mas os que desconhecem este meio será um convite a explorar a série MSFS ou mesmo fazer um upgrade para o Xplane 10. No final recebem um jogo sem grande interesse e monótono em que a Microsoft queria entrar no mercado do Online com uma série de sucesso… e falhou…
- ProdutoraMicrosoft Games
- EditoraMicrosoft Game Studios
- Lançamento28 de Fevereiro 2012
- PlataformasPC
- GéneroSimulação
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Convida novos entusiastas
- Gratuito
- Falta de respeito por uma comunidade gigante
- Falha em inovar e grafismo é mediano
- É um jogo e é monótono
- Conteúdos mais interessantes são pagos
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.