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Análise: Football Manager 2016

Trancas à porta, frigorífico ao lado do computador, um termo com café… Está tudo pronto! Podemos começar a analisar Football Manager 2016.

Não é por acaso que faço esta afirmação para arrancar esta análise e, para que percebam melhor, vou-vos explicar como normalmente faço as minhas análises para o WASD e como esta está a acontecer de maneira diferente. Normalmente, exploro o jogo exaustivamente, tiro notas (por vezes mentais e outras escritas) e depois, na companhia da inseparável chávena de café, escrevo a análise no sossego do computador já com o jogo fechado. Com o Football Manager 2016, estou a escrever a análise e, no segundo monitor, tenho o Benfica a pregar uma “cabazada” de 6-0 ao Braga com um hat-trick do Gonçalo Guedes. Belo Gaiato! Não dá mesmo para largar este Football Manager, nem para escrever a sua própria análise.

Football Manager 2016 continua, de longe, a trazer a melhor experiência de manager de futebol do mundo dos videojogos e deixa a concorrência a quilómetros de distância. Algo que parece estar para continuar por muitos e longos anos, sobretudo se tivermos em conta o trabalho que Football Manager continua a ter, anualmente, para actualizar de forma efectiva a sua base de dados.

A base de dados sempre foi a coqueluche da série e o lançamento deste ano não é excepção. Possuir milhares de jogadores com nomes, camisolas, potencial e outros tantos dados correctos é um marco da série e uma referência no mundo do futebol real. Sim, já vimos clubes reais a fazer contratações com base nos olheiros de Football Manager. Quem não se lembra de ver Falcão a brilhar nas suas equipas no FM muito antes do goleador se tornar uma estrela no Futebol Clube do Porto?

Criar tácticas é mais fácil do que nunca, graças a um novo e redesenhado criador de jogadas de bola parada e cuja boa utilização pode fazer toda a diferença entre ganhar ou perder. Entre as novidades deste Football Manager 2016 está a inclusão do menu prozone que nos proporciona um melhor conhecimento daquilo que acontece na nossa liga e nas restantes competições em que estamos envolvidos, disponibilizando melhores momentos, jogos chave, a média de golos por jogo, o jogador do dia, entre outros dados curiosos. Também a nova opção de personalização do nosso próprio manager é interessante mas, neste caso, pouco profunda. Faltam escolhas e, por muito que nos esforcemos, é quase impossível recriar uma personagem à nossa imagem.

Football Manager 2016 não chega sem a inclusão de alguns modos novos, tais como o Fantasy Draft que é excelente e ideal para todos aqueles que adoram seleccionar os seus jogadores preferidos. Se já o faziam por todas essas ligas de fantasia fora pela internet e adoravam, imaginem agora fazê-lo no melhor simulador de manager de futebol. É genial e é quase obrigatório partilhar esta experiência com os amigos! Em Create-A-Club podemos criar uma equipa de raiz, sem termos de passar por um editor previamente (e esta é realmente a grande diferença), e depois introduzi-la na Liga Portuguesa ou em qualquer outra liga que desejemos, substituindo uma existente.

A imprensa continua, como no Football Manager 2015, a ser uma verdadeira chaga. Apesar de mais variada este ano e até interessante pelas escolhas de resposta que nos concede a início, a imprensa chega-nos a abordar imediatamente antes da equipa entrar em campo. Quando damos por nós, estamos a enviar o treinador adjunto a todas as conferências e os jornalistas pensam que somos tipos reservados.

Ainda  é de salientar a inclusão de melhor grafismo 3D durante os jogos. Embora ainda muito longe do grafismo das séries FIFA ou PES, inclui novas animações que tornam tudo mais interessante durante as partidas de futebol. Aqueles menos apologistas do 3D, podem sempre voltar ao 2D clássico.

No que diz respeito às transferências, o processo é mais exigente ao nível dos contratos e convém ter sempre em conta a despesa com os agentes dos jogadores. Algo que não tive em conta quando tentei trazer o Bernardo Silva de volta ao meu querido Benfica… Contei todos os “patacos” que tinha (os milhões entenda-se) e apliquei no regresso deste jogador, cheio de potencial, ao clube das águias. O Mónaco aceitou a minha choruda oferta de 30 milhões, mas a transferência não se concretizou porque não equacionei o valor que a versão virtual do Jorge Mendes queria receber. Nada mais, nada menos do que 8 milhões de euros…

Veredicto

É por pormenores como este e outros que fui mencionando ao longo da análise, que o lançamento deste ano resulta no melhor Football Manager que já joguei até hoje. Ver jogos como o mítico FM a refinarem-se de uma experiência crua até chegarmos ao ponto em que estamos hoje é uma honra para os jogadores da nossa geração. O único problema grave que vejo nesta versão de FM são as longas e incontáveis horas, dias ou meses que vou passar a jogá-lo num ano em que temos Fallout 4, The Witcher 3, Assassin’s Creed Syndicate, Metal Gear Solid V e outros tantos jogos bons ainda por terminar! Alguém me indique o melhor psicólogo que conheça! Eu tenho um problema…

  • ProdutoraSports Interactive
  • EditoraSega
  • Lançamento13 de Novembro 2015
  • PlataformasLinux, PC
  • GéneroDesporto, Estratégia
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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  • Criar o nosso próprio avatar de manager não é assim tão espectacular.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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