Análise: Guitar Hero: Warriors of Rock
Warriors of Rock será o último título de Guitar Hero a ser produzido pela Neversoft e a produtora decidiu despedir-se voltando à mecânica dos jogos anteriores, mas desta vez com personagens com aspecto diabólico e uma lista de músicas Rock bastante recheada, no entanto ao voltar às raízes somos transportados para a mesma aventura que já estamos habituados dos seus antecessores.
Decidimos levar a análise mais a frente e para tal pedimos a opinião a um guitarrista profissional, para saber a sua opinião e se a experiência de Guitar Hero se aproxima à realidade.
Em Warriors of Rock estão de volta os modos já conhecidos dos antecessores: Quickplay, é método mais rápido para tocar as músicas, permite seleccionar a música, dificuldade e personagem. Após concluir a música somos pontuados consoante a nossa prestação em palco com o número de notas tocadas sem errar e somos classificados entre 1 a 5 estrelas.
Competitive, é no modo competitivo que temos a possibilidade de tocarmos a mesma música contra um amigo e descobrir qual tem mais talento.
Party Mode, é como o nome indica uma grande festa, neste modo podemos entrar e sair quando apetecer e podemos ainda trocar a dificuldade a meio da música.
No meio destes modos todo é em Quest Mode que Warriors of Rock se destaca mais, ao contrário de irmos rumo ao estrelato como nos anteriores jogos temos o objectivo final de recuperar uma guitarra “sagrada” que está na posse do monstro que se chama “The Beast”.
É nesta aventura que vamos completar diversos objectivos a tocar com uma série de instrumentos que corresponde a cada personagem e a um certo género musical. Depois tocar as músicas listadas, podemos transformar a nossa personagem numa criatura infernal, meio humano meio Deus e é com esta transformação que damos o último concerto para fechar o capítulo, atenção, é necessário fazer estes passos para as 8 personagens presentes no jogo.
Como já devem estar a pensar, esta fórmula já é bastante conhecida, acompanha-nos desde Guitar Hero 2, no entanto o que faz a diferença neste título é a história, desta vez narrada e com a diferença que na batalha final contra o “The Beast” podemos criar duas super bandas com as 8 personagens já transformadas. Cada personagem tem uma habilidade especial depois de ser tornar na “criatura”, estes poderes ajudam a ganhar mais pontos durante o concerto, para posteriormente ganhar as estrelas necessárias para passar de capítulo.
A guitarra
Já a nova guitarra, para além de mais leve, é mais robusta, os botões são iguais às guitarras anteriores, mas a palheta tem um “click” mais rígido e não tão barulhento como as guitarras anteriores, dando um bom feedback quando estamos em pleno concerto. Como na guitarra anterior, esta também tem partes amovíveis e neste caso é a parte superior e inferior, como podem ver na foto, que podem ser trocadas por outras peças.
Em conclusão, nós preferirmos esta guitarra mas sofre um pouco devido à ausência da zona sensível ao toque que existe na guitarra anterior.
Bandas e músicas presentes
Embora a lista de músicas presentes no jogo seja bastante recheada e com grandes êxitos, onde podemos encontrar bandas recentes como Linkin Park, Muse e White Stripes ou mesmo aquelas bandas mais old-school como Def Leppard, Black Sabbath e Megadeath, não é propriamente uma lista de boas músicas Rock como foi o Guitar Hero 5.
Por exemplo, não diríamos que a música dos R.E.M. – Losing my Religion fosse idealmente tocada por criaturas infernais com os olhos em chamas…
A opinião de um profissional
Luciano Costa é um guitarrista profissional que já pertenceu a várias bandas e esta é a sua opinião pessoal acerca de Guitar Hero:
“Não é normal dirigirmo-nos aos leitores do WASD de modo individual, mas esta também não é uma análise comum, é uma opinião transparente sobre o Guitar Hero, um jogo que amealha cada vez mais adeptos. Vou falar-vos da minha impressão acerca deste jogo, do ponto de vista do jogador normal e do ponto de vista do guitarrista que sou.
De um modo geral, este guitar hero parece-me bastante completo em termos de músicas. Existem várias e para todos os gostos, desde os êxitos mais recentes até àqueles fazem as delicias dos mais velhos. Ou seja, parece-me uma solução perfeita para obter sucesso numa festa de familia.
Quanto ao jogo, tem um ambiente e uns grafismos fiéis aos estilos adoptados na realidade rock. Linhas e traços descomprometidos paralelos ao conceito do jogo, tão simples como pegar na guitarra e “tocar” até gastar os dedos, até dar a volta à inacabável playlist de músicas. Podemos controlar o nível de dificuldade desejado, dependendo dos dedos que estejamos dispostos a utilizar, mas além disso cada música tem o seu nivel de dificuldade associado.Após ter experimentado os vários niveis de dificuldade, constatei que de facto se trata de um jogo bastante divertido, mas do ponto de vista do guitarrista que sou, encontrei a mesma adversidade das anteriores versões do jogo. Na maior parte das vezes, sou tentado a palhetar ao ritmo da música, ao invés do timming que o jogo requere, aumentando a probabilidade de falhar a coordenação entre a palhetada e os botões. Chego mesmo a pensar, que apesar de mais adverso, prefiro jogar no modo mais dificil, que nos obriga a palhetar mais vezes. Ainda assim, o domínio do jogo não é imediato, pelo que necessário treinar e jogar bastante para dominar a dinâmica de jogo, sobretudo pelo divertimento e pelo facto de podermos ligar um microfone e outro jogador cantar a música que estejamos a tocar. Suscita muita diversão e horas de lazer de grupo que nenhum outro jogo proporciona. “
Veredicto
A fórmula presente em Guitar Hero já está gasta e com pouca inovação, mas apesar do modo Quest já conhecido entre os fãs e os outros modos que não trazem nada de novo ao jogo, temos novamente um jogo com um ritmo frenético e óptimo para jogar entre amigos quer possuam, ou não, todos os periféricos necessários para compor uma banda.
- ProdutoraNeversoft
- EditoraActivision
- Lançamento24 de Setembro 2010
- PlataformasPS3, Wii, Xbox 360
- GéneroMúsica
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Possibilidade de jogar com todos os periféricos de uma banda
- Lista de músicas
- Modos repetidos, necessita de algo novo
- Porquê transformar as personagens?
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.