Análise: Hohokum
Hohokum é um jogo difícil de explicar, digamos que é mais uma experiência cognitiva com imensas cores e sons. Pensando bem, até se assemelha a Flower onde controlamos a brisa do vento enquanto exploramos cenários coloridos e activamos diversas coisas, numa espécie de jogo Zen.
No mundo de Hohokum controlamos um ser conhecido como Long Mover, uma espécie de minhoca que irá percorrer 16 universos diferentes. Logo no início, enquanto nos familiarizamos com os controlos, surgem outras minhocas amigáveis que se separam, individualmente, para uma espécie de jogo das escondidas entre vários ambientes cósmicos.
O enredo inconsistente pouco ou nada melhora durante o jogo e não encoraja a procurar os nossos amigos. Estruturalmente, incentiva a explorar todos os cantos nos mais variados universos, onde cada um se diferencia com novas cores, sons e mini-objectivos que nos cabem a nós descobrir. Por outras palavras, o interesse no jogo só se mantém devido à sua arte abstrata e esquece por completo o seu objectivo principal.
Em termos de som, as músicas começam de forma ambiente e a pouco e pouco começam a ficar agitadas enquanto tocamos em vários objectos diferentes dando um ritmo ao estilo de “Sound Shapes”. Infelizmente, torna-se repetitivo em pouco tempo e quando damos por nós estamos a mudar de universo.
Em termos de jogabilidade, não podia ser mais simples. O Long Mover pode ser movimentado com a ajuda do analógico e a velocidade controlada por um dos restantes botões. Contudo, para além de incentivar a explorar todos estes universos, Hohokum não nos dá mais razões para continuar, nem se foca num objectivo ao certo. As minhocas amigas continuam lá, à nossa espera para as encontrarmos mas durante o jogo tudo isso fica de parte e nem nos lembramos delas.
Veredicto
Visualmente Hohokum é uma obra-prima mas se o virmos como um jogo, só isso não chega. O enredo é posto de parte mal é apresentado ao jogador e não desenvolve depois disso. Falta-lhe um objectivo certo que nos mantenha a jogar. Talvez tenha compreendido mal o jogo, talvez nem o deva de chamar jogo e sim uma experiência cognitiva. Seja como for é difícil de recomendar.
- ProdutoraSony Santa Monica
- EditoraSony Computer Entertainment
- Lançamento13 de Agosto 2014
- PlataformasPS3, PS4, Vita
- GéneroArte
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Arte abstrata
- Enredo inconsistente
- Repetitivo e não incentiva ao objectivo principal
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.