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Análise – Horizon: Forbidden West (Actualização: PC)

A inevitável transição para PC dos jogos dos PlayStation Studios também aconteceu para a Horizon: Forbidden West. A Complete Edition, que inclui todas melhorias já lançadas e a expansão Burning Shores já lá chegou.

Por esta altura, a Nixxes Software já está exímia a realizar estes ports com o devido cuidado de, não só preservar a qualidade do jogo original, algo absolutamente essencial, como ainda elevá-la por adaptar as tecnologias mais modernas do hardware do PC. De facto, mesmo antes de vos dar o nosso veredicto, digo, desde já que este será o jogo mais deslumbrante de todos os ports já lançados, com uma enorme atenção à optimização para que a performance não estrague o visual fantástico que temos em mãos. De facto, a Guerrilla Games tem neste jogo um ápice das suas capacidades e o port vive mesmo à altura da sua ambição. Que é, de facto, o que se pede deste tipo de jogos. Contudo, o timing de lançamento desta reedição é que poderá ter de ser revisto pela Sony Interactive Entertainment.

Não, não estou a falar propriamente da data em si. O jogo surge em Março, que não é um mês muito prolífico em novos lançamentos, dando margem para ser relançado sem grande concorrência para fazer-lhe frente. Estou mesmo a falar do desfasamento que a SIE insiste em manter entre os jogos lançados na consola PlayStation 5 e os seus ports para o PC. A ideia será manter a exclusividade nas consolas, garantindo boas vendas por lá, ao mesmo tempo que se faz o devido refinamento do produto para que o port depois corra da melhor forma. Por outro lado, simplifica o processo criativo e não obriga a duas produções simultâneas de duas empresas (Guerrilla e Nixxes) em simultâneo. Até aqui, tudo bem.

No entanto, é muito fácil um jogo deste calibre perder a sua devida relevância, se já passou tanto tempo desde o seu lançamento (2 anos do jogo original, 1 ano desde a expansão). Senão, vejamos como o jogo foi recebido no PC. Usando a plataforma Steam para avaliar, temos uma boa apreciação geral da qualidade, com meta-análises “muito positivas” dos utilizadores. Contudo, no site de métricas SteamDB, ficamos a saber que o jogo possui uma média diária de pouco mais de 20 mil jogadores a nível mundial, com um pico de jogadores a fixar-se apenas nos 40 mil, atingido no passado Domingo. É uma performance pobre para um fim de semana de estreia de um jogo de tão grande envergadura.

Será que isto é causado por um mau port para o PC? Longe disso. Forbidden West é capaz de ser um dos melhores ports para PC que tivemos nos últimos tempos, garantindo toda a qualidade e suavidade gráfica que já tínhamos visto na PS5, agora adaptada ao PC. Isto, obviamente, de acordo com os requisitos técnicos, tendo em conta o que é recomendado. Com um PC acima do que é recomendado, senti-me tentando a colocar o jogo lado-a-lado no PC e na consola para comparar a qualidade geral. Se Forbidden West era já um excelente benchmark de qualidade da Guerrilla Games, a Nixxes não ficou aquém por lhe dar o devido retratamento e optimização no PC.

As diferenças estão, claramente, nos detalhes. Podemos ajustar muitas das opções visuais para melhor adaptar-nos o nosso hardware e obtermos o desempenho que julgamos ser o mais adequado. Há quem prefira ajustar tudo para o máximo de fps, reduzindo um pouco a qualidade mas, mesmo assim, a qualidade geral não é assim tão afectada como seria de pensar. Talvez uma distância de renderização menor ou um modelo ligeiramente menos detalhado, mas nada que realmente salte à vista. No outro extremo, optar por uma maior qualidade geral, preterindo dos fps, também não fica nada mal, criando um jogo deslumbrante que somente amiúde terá uma ligeira quebra de performance, consoante o ambiente seja mais detalhado.

Nesta reedição para PC, contem com o habitual suporte para mais resoluções, incluindo ecrãs ultra-wide, suporte para teclado e rato (embora este seja o tipo de jogo que quererão jogar com um gamepad), assim como um interface adaptado ao uso destes dispositivos. Há também algumas opções adicionais para a performance, com as tecnologias Nvidia DLSS 3, AMD FSR 2 e a Intel XeSS para os amantes do “supersampling”. Boas notícias ainda para quem tem uma Steam Deck, já que o jogo é jogável na consola, embora relatos de jogadores apontem para uma necessidade de melhor optimização. Não o pudemos atestar, já que não possuímos esta plataforma. Mas, fica a dica.

De resto, terão exactamente o mesmo jogo já lançado na PS5 (também na edição Completa já disponível). A minha apreciação geral da história e do conteúdo do jogo original e expansão, pode ser encontrada em baixo, lendo o resto deste artigo. Tudo é transportável para esta reedição no PC, inclusive os seus pequenos pontos menos brilhantes que menciono em baixo, incluindo os seus momentos de escalada que ainda hoje acho um tanto desinspirados. Como título de “montra” para a PlayStation, é uma das melhores aventuras de acção que poderão encontrar nesta indústria. Só é mesmo pena que não tenha a devida audiência, como já falámos acima.

Pontos menos positivos? É esta exigência de espaço em disco que começa a ser um tanto injustificável nos dias que correm. Entendo que, em muitos casos, como parecer este, é necessário carregar muitas texturas e modelos, exigindo espaço em disco para armazenar, além dos infames “shaders” que é preciso compilar. Se isto na PlayStation 5 era já uma evidência, também o é no PC. Contudo, o espaço em disco agora vale quase tanto como a largura de banda para o descarregar. Inevitavelmente, gasta mais é na nossa paciência. 150 GB, inevitavelmente carregados num SSD é um tanto exigente. De notar que, ao contrário dos ports anteriores, não tivemos acesso antecipado para esta análise do jogo, pelo que tivemos, como vocês, de o instalar no lançamento, o que nos roubou um pouco do tempo de jogo. Enfim.

Veredicto

Sem qualquer sombra de dúvida, Horizon: Forbidden West é ainda um excelente jogo a todos os níveis, agora também no PC, sendo um óptimo espectáculo visual também nesta plataforma. Isto só é possível pela mestria da Nixxes Software que é, cada vez mais, uma figura de destaque nestas adaptações. Infelizmente, talvez o momento do seu lançamento não seja propriamente o melhor, sem que o jogo tenha a devida audiência no PC para atestar a sua qualidade. Talvez tenha contribuído para esta escassez de jogadores o facto da Sony não ter dado acesso antecipado para análises. Pode ser que com o tempo o jogo ganhe mais jogadores e, assim, encontre a sua devida audiência no PC. Comprem já ou esperem pelos saldos, só não deixem Aloy fugir.

[Análise de 21 de Abril de 2023 da expansão “Burning Shores”]

Tal como o antecessor, também Horizon: Forbidden West tem direito a uma expansão de história para ampliar a experiência. “Burning Shores” não traz nada de novo mas é um óptimo pretexto para voltar à acção.

Lendo a análise original em baixo, fica claro que Forbidden West foi uma profunda evolução de Zero Dawn em quase todos os sentidos. A nível de visual, jogabilidade e narrativa, a Guerrilla Games criou mais uma experiência memorável e obrigatória, então a tirar pleno proveito da PlayStation 5. Era impossível suplantar essa oferta, como não faria sentido criar algo que reinventasse ou modificasse demais o conceito. É uma expansão e, como o termo implica, visa expandir a história de Aloy dando-nos mais uma porção de jogo para descobrir. Nesse sentido, é tudo o que prometia ser.

Depois dos eventos da história original, que aliás devem concluir antes de iniciar esta nova linha enredo, Aloy recebe uma nova mensagem de Sylens para dar continuidade a um determinado assunto que ficou por resolver, orientando a heroína para se dirigir até às míticas “Burning Shores”. A chegada de Aloy é um tanto drástica, encontrando pouco depois Seyka, também ela numa demanda para a sua tribo, Quen. Seyka torna-se companheira de Aloy, algo raro na série, já que a ruiva é uma lutadora solitária nos dois jogos originais.

Não quero revelar muito mais do enredo, já que acredito ser a principal oferta desta expansão. Devo dizer que muito do que se passará parece preparar um possível terceiro título mas terão de jogar para perceber o que digo. Ao todo, esta história ocupar-vos-á umas oito horas totais, dependendo da vossa curiosidade de explorar tudo e assistir a cada cena intermédia e diálogo. Devo assinalar que, tal como no jogo original, o final é qualquer coisa de épico, com um último combate muito recompensador.

Além do enredo, a grande estrela desta expansão é a nova porção do mapa. Com cerca de um terço da dimensão do mapa principal, a nova área não é tão vasta mas possui várias zonas curiosas, desde densas florestas a praias, sem esquecer as tenebrosas zonas vulcânicas. Esta é uma recriação de uma Los Angeles devastada pelos eventos cataclísmicos do jogo, pelo que também irão encontrar algumas poucas zonas reconhecíveis, como o lendário letreiro de Hollywood.

Explorar o mapa é divertido, talvez em busca de algum coleccionável, a Relic Ruin ou o Cauldron disponíveis. Podemos fazer isto a pé ou numa montada, estreando um novo companheiro voador com a habilidade de mergulhar na água para domar. Infelizmente, pareceu-me que as missões principais estão muito confinadas a uma só área, passando ao lado de outras. Neste aspecto, aconselho a não terem pressa de seguir a história principal em sequência e apostar nas missões secundárias e na exploração.

Embora o combate me pareça francamente intacto, como não podia deixar de ser, temos também novas máquinas selvagens para lidar, com novas habilidades e novos movimentos. Para variar ligeiramente a oferta, temos novas armas e fatos para equipar Aloy, além de mais umas quantas habilidades, um novo nível máximo de evolução e novos bónus para desbloquear, como um novo escudo fixo ou a capacidade de disparar armas enquanto planamos. São boas adições à jogabilidade mas sinto que podiam perfeitamente fazer parte do jogo original.

Tecnicamente, como seria de esperar, também esta expansão confirma a qualidade geral no plano visual e sonoro do jogo original. Na PlayStation 5 quase tudo corre na perfeição, aproveitando bem o hardware para nos trazer uma experiência memorável. Mas, notarão que disse “quase tudo”. É que, especialmente a voar, notam-se alguns objectos a materializar-se à distância (pop-in), talvez fruto de uma optimização complicada, obrigada a ceder aqui e ali alguns pormenores, dado tanto rigor visual.

Veredicto de “Burning Shores”

Sem trazer nada de particularmente novo, esta expansão parece só uma confirmação da qualidade de Horizon: Forbidden West. Para o bem e para o mal, “Burning Shores” é uma continuação da oferta, como esperamos que sejam todas as expansões. Embora seja um prazer voltar à companhia da caçadora ruiva, com toda a qualidade reconhecida da Guerrilla Games aqui bem patente, fica claro que esta é mais uma preparação para um terceiro jogo, que uma real história paralela.

[Análise original de 14 de Fevereiro de 2022]

A fama das sequelas é oscilante. Por vezes não conseguem viver à altura dos títulos originais, noutras vezes superam o jogo-base, criando algo ainda mais grandioso. Felizmente, Horizon: Forbidden West é um bom exemplo deste último caso.

A par de God of War, Gran Turismo e de Uncharted, sempre considerei a franquia Horizon como absolutamente essencial para quem uma consola PlayStation. Um marco técnico e narrativo na PlayStation 4, Horizon: Zero Dawn tornou-se facilmente num dos meus jogos preferidos da última geração e, arrisco dizer, dos meus jogos preferidos de sempre. Apresenta-nos uma boa intriga com personagens relevantes, uma jogabilidade impecável entre o combate directo ou furtivo, plataformas quanto-baste e muita exploração, sem esquecer um visual arrebatador. Agora na nova geração PS5 (também disponível na PS4), a fasquia só podia elevar-se.

Embora o programa chamado “Zero Dawn” tenha sido travado, não significa que o mundo esteja a salvo de futuras ameaças. Ainda não se sabe o que activou esse programa de extinção usando a Inteligência Artificial Hades. Por outro lado, há uma nova praga que está a destruir a vegetação e a enraivecer as máquinas. Ao que parece, o misterioso Sylens tem uma ideia do que poderá estar a acontecer. Cabe uma vez mais à heroína Aloy partir no seu encalço para tentar perceber o que esta misteriosa personagem esconde. Esta nova jornada leva a heroína e os seus amigos rumo ao Oeste Proibido.

Embora exista uma secção de códice no menu para conhecer os eventos de Zero Dawn e entender como Aloy chegou até esta segunda história, é normal que, quem só chegar agora à franquia, se perca um pouco no início. Afinal, todos os eventos do primeiro jogo foram-se desenrolando de forma compassada, até porque o lore pode ser um pouco complexo de explicar numa só assentada. Se se perderem, mesmo assim, é fácil seguir os novos eventos, partindo de alguns pressupostos. Contudo, não se esqueçam que há sempre esse códice para consultar.

Obviamente, não vou abordar muito o novo enredo, até para não estragar alguns desenlaces que estão relacionados com as novas linhas narrativas que depois até proporcionam umas reviravoltas interessantes. Explico apenas que o Oeste está repleto de novas personagens, novas tribos e novas culturas para interagir e é óbvio que há novos antagonistas, além das novas máquinas que encontra nas novas secções de mapa. Confesso que o seu impacto não é tão memorável como no primeiro jogo. Há uma explicação para isto, mas terão de jogar até ao fim para entender.

Se bem se recordam, em Zero Dawn tudo evolui para o grande confronto na cidade de Meridian para salvar os seus cidadãos. Aqui, a aposta é bem mais alta, igualmente com um confronto final, mas que necessita de muito trabalho de liderança e angariação de meios para salvar… a Humanidade. Obriga-nos a alianças por vezes relutantes, algumas até dependentes de decisões que tomamos. Não achei nenhuma dessas decisões muito profunda no desenrolar da história, confesso, mas a interacção com personagens e intervenção nas suas histórias é que torna tudo inesquecível.

E não, a história não terminou aqui. O “cliffhanger” do final é sintomático da ambição da Guerrilla Games. Há algo mais ainda para mostrar na franquia Horizon e é por isso que nestas 20 horas de jogo, a passar calmamente, explorando a meu bel-prazer e sem pressa para chegar ao fim (há mais horas de jogo se quiserem fazer mesmo tudo), concluí que esta história é uma autêntica rampa de acesso. Zero Dawn foi um projecto ambicioso para a sua era. Forbidden West é uma expansão dessa aventura que prepara algo ainda maior no horizonte. E… mais não digo.

A receita de jogo é praticamente a mesma, o que é um ponto positivo se gostámos tanto da jogabilidade de Zero Dawn. Associada a uma narrativa corrida e evolutiva, Aloy é uma autêntica “moça de recados” para um mundo a tentar sobreviver como pode. No rigor, o mundo de Forbidden West é um local de exploração, com muitas distracções e ainda mais desafios. Há imensas novidades, como uma árvore de evolução ainda mais complexa, novo equipamento e novas armas para abordar os perigos e desafios e até uns novos truques que fazem a diferença em combate.

Temos uma nova corda com gancho que é útil para abrir acessos ou subir para plataformas específicas. Aloy também recebe um novo respirador para abordar as secções subaquáticas bem mais extensas. E temos também uma nova dinâmica para destruir cristais ou flores mecânicas para aceder a áreas novas. Nenhuma destas novidades é tão relevante como o novo planador para descer para áreas de outra forma inacessíveis e uma outra que nos permite voar no dorso de uma máquina alada. Esta é, já agora, uma peça importante da história.

De um modo geral, porém, tudo será francamente familiar para quem dominou Zero Dawn. Continuamos a ter de subir aos Tallnecks para “abrir” áreas oclusas do mapa, teremos na mesma de entrar nos Cauldrons para desbloquear montadas e, claro, há imensas missões para nos distrair, com caçadas, corridas e até assaltos a fortalezas inimigas. Os novos seres mecânicos são diferentes de aspecto, voracidade e até no tipo de ataques com elementos. A Guerrilla não quis arriscar muito no que toca à oferta geral. Já que funciona tão bem, não tenho nada contra.

Graças a novas opções de acessibilidade e de dificuldade, a maioria dos jogadores encontrará um jogo relativamente fácil de dominar, especialmente se já conhecem as lógicas do primeiro jogo. Contudo, se entenderem desligar estas ajudas, encontrarão um bom desafio nos novos seres mecânicos . Especialmente contra novos bosses mais poderosos, desde serpentes gigantes a imponentes mamutes, a estratégia é o elemento mais importante, usando o Focus, estudamos os pontos fracos de cada máquina, que depois abordamos de forma metódica.

Uma vez mais, por mais que evoluam Aloy, as suas armas ou o seu equipamento, nunca dobrarão realmente a curva de dificuldade. O jogo adapta-se bem ao nível da heroína, dando-nos desafios ajustados, especialmente quando a história avança para outro capítulo. Nunca é realmente injusto, apenas acompanha a evolução para que não sejam só “favas contadas”. Isto é, para mim, um bom equilíbrio entre desafio e prazer de jogar. Há, claro, momentos algo frustrantes quando não entramos logo no ritmo ou cometemos um erro. Faz parte.

Infelizmente, notei uma certa falta de explicações nas novas dinâmicas. O novo sistema de Valor em combate, por exemplo, é um tanto complicado de usar, mesmo parecendo simples na sua premissa. Basicamente, Aloy pinta a cara e obtém um boost temporário no seu ataque mas, como preencher a barra de energia que liberta esse boost, é algo que passa por segundos no ecrã. Por outro lado, qual é a habilidade mais interessante desbloquear na árvore? Que modificadores devo optar para o meu estilo de jogo? Confesso que tive de reler vários aspectos das mecânicas de jogo no codex porque realmente não vi grandes explicações ou dicas em jogo.

Há outros pormenores em que pensei que a produção pudesse aprender com a experiência do primeiro jogo. Zonas com becos sem saída, sem uma ajuda visual ou em texto (uma dica) para sair, como uma caverna onde caímos sem querer, por exemplo. Subir escarpas continua a ser algo tosco, agora com uma lógica de “escalada livre” que só funciona se usarmos o Focus. Continuamos a ter zonas impenetráveis no mapa, mesmo que pudéssemos facilmente partir aquela parede ou vidro. Enfim, nada realmente importante mas que faz pensar que a Guerrilla ainda tem algo para aprender neste género de mundo aberto.

Visualmente, pronto, é tudo o que esperam de um “showcase” de produção interna. Jogar este título na PlayStation 5 é um regalo constante, sempre com imensa vontade de activar o modo de fotografia. Desde os desertos cálidos onde todos suam nas cenas intermédias, às praias paradisíacas da costa da Califórnia, sem esquecer os picos gelados no Leste ou as cidades fantasma, como a reluzente Las Vegas, tudo emana qualidade, com uma fidelidade visual sem precedentes. Complementa-se com um áudio fantástico e uma banda-sonora exemplar, numa mescla que têm tanto de zen como de entusiasmante.

Só tenho um último reparo a fazer no campo técnico e notem que surge somente no âmbito de uma análise profunda nestas várias horas de jogo em que passei em acesso antecipado. Nas cenas intermédias, o olhar das personagens nem sempre está síncrono, criando situações caricatas em que parecem estar a “evitar-se”. Também achei os movimentos corporais algo exagerados demais nestas cenas, numa pantomina escusada e um tanto forçada. Enfim, nada de realmente relevante mas que quebra um pouco o deslumbre que temos a nível técnico com este jogo.

Veredicto

Quando temos uma história, jogabilidade e lógicas de jogo tão apuradas, basta-nos criar um mundo fantástico e cheio de vida e detalhe para criarmos uma óptima experiência interactiva. Isso foi o que a Guerrilla Games conseguiu no primeiro jogo. Contudo, em Horizon: Forbidden West fez mais que apenas repetir a fórmula. Expandiu este mundo, o seu combate desafiante e a sua história rica em lore e desenlaces. Deu-nos ganas de ir até ao fim… e mais além. Por tudo isto, é absolutamente obrigatório, um showcase da qualidade dos PlayStation Studios e da PlayStation 5.

  • ProdutoraGuerrilla Games
  • EditoraSony Interactive Entertainment
  • Lançamento18 de Fevereiro 2022
  • PlataformasPS4, PS5
  • GéneroAcção, Role Playing Game
r
Recomendado

Óptimo, aconselhamos a apreciar ao máximo.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • A escalada podia ser um pouco mais refinada
  • Questões nas animações das cenas intermédias
  • O fim deixa-nos a querer mais...

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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