Análise: Kirby and the Rainbow Paintbrush
Com Kirby and the Rainbow Paintbrush a Wii U recebe no dia 8 de Maio deste ano um dos títulos mais visualmente apelativos que já tiveram a oportunidade de agraciar a consola da Nintendo . Nesta que é uma sequela de Kirby: Canvas Curse, lançado há 10 anos para a Nintendo DS, vamos trabalhar em conjunto com mais três amigos de modo a ajudar Kirby a devolver cor a, uma agora cinzenta, Dream Land. Estão de volta as cordas de arco-íris por nós criadas e com as quais vamos conduzir Kirby. Vamos encontrar novas transformações e uma nova e original abordagem artística, nunca antes vista nesta série.
Kirby já nos tinha deslumbrado na Wii com Epic Yarn e o seu mundo de lã e tecido. De facto se há coisa onde a série Kirby prima é pela versatilidade e Kirby and the Rainbow Paintbrush dão novamente provas disso mesmo. Desta vez o mundo e consequentemente os cenários que vamos percorrer, são todos feitos de barro. Não é o primeiro título a utilizar esta fórmula artística, é certo, mas poucos conseguiram os resultados alcançados pela HAL Laboratory. Com o Stylus vamos explorar a maleabilidade de algumas partes do cenário em busca dos segredos que neles se escondem e esborrachar os inimigos que insistem em cruzar-se no nosso caminho. Tudo é de tal forma palpável que vai ser difícil resistir à tentação de atravessar o ecrã do comando da consola e começar a fazer moldes.
A história é bastante simples, um dia Kirby estava a brincar com Waddle Dee e quando ia a comer uma maçã, um enorme buraco se abre no céu roubando toda a cor de Dream Land. Dele sai também um pincel de nome Elline. Kirby e Waddle Dee, com a ajuda de Elline, terão de resolver esta catástrofe e restaurar a cor a Dream Land. Só é pena que não consigamos desfrutar da melhor forma de toda a exuberância visual que a história tem para nos oferecer. De facto, se há jogos que pouco exploram as capacidades do Gamepad, Kirby and the Rainbow Paintbrush explora-as bem de mais, de tal forma que vai ser praticamente impossível olhar para a televisão. Desta forma teremos de nos contentar com a resolução inferior que o Gamepad tem para oferecer.
Isto devido à jogabilidade imposta por este título. Uma vez que, do início ao fim, Kirby vai assumir a forma de uma bola, para o deslocar e como já acontecia em Canvas Curse para a DS, vamos ter de criar cordas de arco-íris no ecrã do Gamepad. Será com elas que vamos criar plataformas, desvendar segredos, criar protecções contra armadilhas e quanto mais voltas acrescentarmos às cordas mais rapidamente as percorremos. Fora das cordas, sempre que tocarmos em Kirby, este projecta-se para a frente e desta forma podemos derrotar os vários inimigos com os quais nos vamos cruzando. Este é um título de plataformas e chega a ser frustrante controlar kirby de nesta forma tão indirecta e muitas vez tão pouco precisa. Muitas vezes vamos ter problemas em tentar deslocar o protagonista na direcção e velocidade desejadas (momentos, vão requerer mais destreza da nossa parte) e isso vai levar a alguns momentos mais frustrantes.
Sorte a nossa que a concepção dos cenários é bastante acessível, pelo que eventualmente Kirby acabará no local desejado sem grandes problemas. Um grito ou dois, vá… Vamos ter vários segredos para descobrir, puzzles para resolver e lutas com bosses bem originais, sempre com uma estratégia que teremos de desvendar. Não podiam também faltar novas transformações e desta vez Kirby pode assumir a forma de um Tanque, Submarino ou até mesmo de um Foguetão. A versatilidade a ser mais uma vez a palavra de ordem. Além disso sempre que conseguirmos 100 estrelas temos acesso a um Star Dash. Aqui o tamanho de Kirby aumenta e a sua velocidade de projecção é bem maior permitindo-lhe destruir blocos que de outra forma não seria possível fazê-lo.
Os Amiibos também não ficaram de fora pelo que esta aventura ainda tem mais para vos oferecer. As figuras compatíveis com Kirby and the Rainbow Paintbrush são, claro, a de Kirby, Meta Knight e King Dedede. Estas figuras só podem ser utilizadas uma vez por dia e conferem a Kirby poderes únicos. Independentemente do nível em que escolherem utilizá-las: a de Kirby oferece ao protagonista um Star Dash ilimitado, por norma só disponível quando reunirmos 100 estrelas; a de Meta Knight coloca uma máscara em Kirby que lhe permite arrasar com os seus inimigos a uma velocidade supersónica; com a de King Dedede podemos contar com 6 barras de vida em vez das habituais 4.
Já os mais saudosistas da jogabilidade mais tradicional de Kirby, como eu, vão ficar contentes por ser o segundo, terceiro ou quarto jogadores. Controlando Waddle Dee com um comando Wii, Kirby and the Rainbow Paintbrush assume o formato de um título de plataformas normal. Aqui sim, e ao contrário do jogador com o Gamepad que vai estar ocupado a criar cordas e plataformas, podemos olhar para a televisão e desfrutar de Rainbow Painbrush em todo o seu esplendor visual. Com um total de 28 níveis no modo história e cerca de 40 desafios alternativos há, sem dúvida, muita diversão para encontrar em Kirby and the Rainbow Paintbrush, mesmo que para isso tenhamos de desbravar algumas frustrações.
Veredicto
Kirby and the Rainbow Paintbrush revela-se outra grande adição ao leque de jogos disponível para a consola Wii U. A temática artística assenta que nem uma luva no nosso carismático protagonista e no mundo que o rodeia e quanto à jogabilidade, é pena que não nos deixe desfrutar ao máximo dela. Apesar de cativante, não deixa também de dar azo a algumas frustrações, pela sua falta de precisão. Os mais saudosistas vão preferir jogar com o Waddle Dee na medida em que aqui sim, a jogabilidade regressa à tradicional fórmula de plataformas da série, tão apreciada pelos fãs. Se são fãs do género e se têm amigos com quem partilhar a experiência, esta é uma aventura fácil de recomendar!
- ProdutoraHAL Laboratory
- EditoraNintendo
- Lançamento8 de Maio 2015
- PlataformasWii U
- GéneroPlataformas, Puzzle
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Visualmente impressionante
- Forma original de jogar a um título de plataformas
- Jogabilidade obriga-nos a olhar sempre para o Gamepad e nunca para a televisão
- Fata de precisão do Stylus leva a inevitáveis frustrações
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.