Análise – LEGO Ninjago Movie Video Game
Aproveitando o filme com o mesmo nome, LEGO Ninjago foi a minha primeira interacção com este universo que mistura os famosos blocos de plástico com Ninjas. E esta novo título baseado no filme, até consegue reinventar algumas mecânicas da série LEGO que já acompanhamos desde 2005.
Se alguma vez imaginaram ser um Ninja, levantem as mãos! Na minha infância muitas eram as vezes que eu me imaginava um autêntico ninja. E acredito que não era o único a pensar que era daqueles mascarados que se movimentavam silenciosamente, escalavam paredes e usavam Shurikens. Por outro lado, também sempre gostei de brincar com os blocos da LEGO. O que nunca pensei foi juntar estas duas realidades. O resultado é exactamente o que já esperamos da produtora Traveler’s Tales, com o tal humor característico, jogabilidade familiar, mas com algumas novidades pelo meio.
Se estiverem à espera de uma explicação do que é o mundo de Ninjago, lamento informar que terão de ver o filme e jogar este jogo. O que posso dizer é que é pronunciado “Nin-jago” e não “Ninja-Go”. É uma das linhas de brinquedos da marca dinamarquesa, numa licença proprietária. Recomendo vivamente que assistam ao filme homónimo que estreou por cá no dia 28 de Setembro, sobre o qual este jogo se baseia e que certamente poderá explicar melhor este universo peculiar.
Em Ninjago somos transportados para uma ilha onde seis ninjas (Lloyd, Nya, Jay, Kai, Cole, Zane e o Mestre Wu) são responsáveis por manter a ordem e a paz. Entretanto, o Antagonista Garmadon e o seu Shark Army ameaça a ilha com os seus planos mirabolantes. Os heróis terão de usar a sua agilidade de ninjas para subir paredes, dar grandes saltos e combater de forma furtiva com o poder do Spinjitzu. Como se trata de um jogo LEGO, contem também com o característico humor da série e todas as asneiras das personagens, algo que já se tornou uma imagem de marca da série.
Infelizmente a história não ocupa mais de três horas. No entanto, como é habitual, há muito mais para descobrir e desbloquear pelo mundo aberto do jogo. Na verdade, desta vez não se trata apenas de um, mas de seis mundos espalhados por cada capítulo. Cada um com um número considerável de missões paralelas, corridas e outro modo competitivo para jogar até com quatro pessoas. Há menos conteúdo que os restantes jogos da série, mas são suficientes para justificar o valor do jogo.
A trama acaba por não ficar mais complexa do que expliquei acima. No início do jogo é tudo apresentado como se de um antigo filme de artes marciais antigo se tratasse, onde até as legendas em japonês também marcam presença. De facto, nada mais complicado que salvar uma inteira cidade de invasores. Mas, não se assustem com a jogabilidade. Apesar de dar a entender que tem um sistema de combate bastante mais complexo que os outros jogos, continua a utilizar apenas um botão de ataque.
Infelizmente a história não ocupa mais de três horas, mas como é habitual há muito mais para descobrir e desbloquear pelo mundo. Que desta vez não se trata apenas de um, mas seis mundos espalhados por cada capítulo. Cada um com um número considerável de side-quests, corridas e outro modo competitivo para jogar até com quatro pessoas. Há menos conteúdo que os restantes jogos da série, mas são suficientes para justificar o valor o do jogo.
A restante jogabilidade é, basicamente, o que já estamos habituados dos outros jogos LEGO. A sua fórmula de sucesso já vem desde 2005, n altura estreando as mecânicas com LEGO Star Wars. A forma de coleccionar os studs é que também sofreu algumas alterações. Aqui não é preciso coleccionar um número específico em cada capítulo para ganhar bónus. Em vez disso, encher a barra aumenta o nosso nível e garante-nos um bloco dourado que é usado para desbloquear segredos. Também é possível desbloquear outras personagens através de uma árvore de habilidades em vez de usar os studs.
Se me permitem, tenho a destacar um modo em particular, chamado Dojo. Aqui é onde o sistema de combate realmente brilha. Este é um modo de sobrevivência a constantes vagas de inimigos de diferentes tipos. Isto até chegarmos finalmente ao mestre do dojo. Ou seja, uma reinvenção daquele famoso modo Horde, mas à maneira de LEGO. Quantos mais pontos conseguirem somar, maior será a recompensa. Este factor incentiva a tentar várias vezes à procura da melhor pontuação.
Visualmente, o jogo está dentro dos padrões do que esperamos dos jogos desta série. Os bonecos e construções são brinquedos de plástico e não esperamos nunca ter aqui um colosso visual. Contudo, nem tudo é muito colorido neste jogo. Infelizmente, ainda é preciso aguentar os longos períodos de carregamento entre os níveis. Também notei uma série de problemas de performance, algo que persiste em todos os jogos da série, com quebras de rácio de fotogramas na versão analisada (PS4). Também foi algo comum ter personagens a ficar presas no cenário. Enfim, já começa a pesar um pouco o conceito da LEGO. Parece-me estar na altura de uma revisão, TT Games.
Veredicto
Este LEGO Ninjago Movie Video Game (o título podia ser melhor, de facto), é um jogo mais orientado para a acção que o costume, tendo um público alvo muito específico. Os restantes jogos da LEGO baseiam-se quase sempre em franchises maiores como Harry Potter, Marvel ou Batman, tendo muitos deles atingido uma faixa etária maior. Neste caso não há tanta margem de manobra. Este universo é francamente dedicado aos mais pequenos. Como um jogo, tem as limitações que esperam, fruto de um legado de um género já um pouco batido. Vale pelo humor e pelo aproveitamento do filme acabado de estrear.
- ProdutoraTT Games
- EditoraWarner Bros.
- Lançamento22 de Setembro 2017
- PlataformasPC, PS4, Switch, Xbox One
- GéneroAcção, Plataformas
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Humor sempre presente
- Sistema de combate melhorado
- História curta
- Mais orientado para um público mais jovem
- Quedas de FPS constantes
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.