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Análise – Let’s Sing 2023

Como já tem vindo a ser hábito, a Ravenscourt traz-nos uma nova edição da sua famosa série de karaoke. Tirem o pó dos vossos microfones, afastem o sofá e tentem não irritar o vosso vizinho com Let’s Sing 2023.

Os “Party Games” são dedicado a todos os tipos de público, sejam ou não fãs de videojogos. Geralmente, estes títulos aproveitam datas como as que temos ao virar da esquina para oferecer um espaço de diversão casual para as presumíveis reuniões familiares. Regra geral, são experiências cheias de mini-jogos, com a possibilidade de tocar instrumentos, dançar ou, como o que temos agora à mão, cantar num estilo karaoke. Dentro deste género, várias séries foram associadas a uma marca como SingStar com a Sony ou Lips com a Microsoft. Com o passar do tempo, todas elas deram lugar a Let’s Sing, que veio com aspirações multiplataforma a fim de satisfazer todos os utilizadores. Consegue?

Como acontece nestas séries musicais, temos prestações temáticas com bandas famosas como os Queen ou ABBA, e outras que incluem um conjunto variado de canções de vários géneros, tentando satisfazer o maior número possível de potenciais audiências. Para esta ocasião, a série traz-nos, como de costume, uma selecção muito polivalente de temas, com eras e grupos que, como sempre, dependerão do gosto pessoal de cada um.

E é aqui que nos encontramos, como sempre, com o problema lógico deste tipo de jogo. A menos que sejamos muito abertos em termos de gostos musicais, haverá sempre canções de que gostamos e outras que não gostamos. E, dependendo de quão restrito é esse gosto, podemos descobrir que há um par de faixas que não vamos jamais usar ou, então, que há apenas um par de faixas que nos satisfazem. Em qualquer caso, consultando a lista completa em baixo, estou certo que pelo menos umas quantas deverão gostar.

A verdade é que olhando para a lista, por um lado, há canções intemporais e que nos recordamos facilmente como I Want to Break Free dos Queen. Por outro lado, infelizmente, há algumas que são francamente divisórias que não são propriamente memoráveis (quem é que conseguirá cantar Dragostea Din Tei em Moldavo?). Quando se procura abranger todos os gostos, ao contrário do sistema de jogo temático de um único grupo, acabamos por descobrir uma oferta desequilibrada.

Na hora de começar a cantar, podemos utilizar os microfones clássicos, se os tivermos. É claro que contribuem para a imersão e permitem usar algo mais “especializado”. Contudo, se compraram a edição digital ou não querem gastar, podem instalar a aplicação activada directamente nos nossos telemóveis. Assim, usamo-los como microfones, sejam eles Android ou iOS, o que pode ser também mais “higiénico” que partilhar microfones.

Os diferentes modos de jogo não trazem muitas surpresas, especialmente se já conhecerem os títulos anteriores desta franquia. Em Legend é necessário superar vários desafios. No modo Clássico, como o nome indica, podemos simplesmente escolher que canção queremos cantar e podemos “abrir a guela” sozinhos ou com um amigo. A Mixtape gera uma lista de músicas aleatórias, passando pelos temas sem qualquer controlo da nossa parte. Em Feat cantamos num dueto com os nossos amigos ou com o cantor original da peça.

O Modo de Concurso Global permite competir numa base tardia com as partituras de pessoas de todo o mundo que tenham cantado as mesmas canções. Finalmente, também podemos criar as nossas próprias listas de preferências para usar mais tarde nos modos Clássico ou Feat. Tudo isto, sem contar com o modo Jukebox que se limita a seleccionar qualquer canção do catálogo do jogo para simplesmente escutar. Chega-te para lá, Spotifi (ou talvez não).

Vou ser sincero, Let’s Sing 2023 não é um jogo difícil, embora tudo dependa de nós. Se somos bons cantores ou temos “bom ouvido” para o tom e ritmo, não teremos grande problema em “vencer”. Agora, se não tiverem muita habilidade quando se trata de cantar, é possível que não seja desta que se candidatam ao “The Voice”. Ainda assim, até pode acontecer que os piores cantores sejam os que mais se divertem… ou divertem os outros.

 

A produtora sabe que o sistema que usa em todos os seus títulos sempre funcionou, por isso, nada mudou. O nosso objectivo é afinar o máximo possível nas notas e tempos, enquanto cantamos o tema seleccionado. Quanto mais afinados, mais pontos obtemos. No caso improvável de alguém nunca ter jogado um jogo deste estilo, quando uma canção começa, um vídeo musical será reproduzido e, como um glorificado karaoke, a letra aparecerá com a adição de barras de diferentes alturas e durações, actuando como uma pauta a seguir. Se cantarmos correctamente, seremos premiados com pontos e ganha o que pontua mais. Simples.

A nível gráfico, também não há nada de novo. Tanto os menus como o interface são os mesmos que vimos no ano anterior. Não esperávamos surpresas a nível gráfico e convenhamos que tudo funciona perfeitamente. Temos quatro avatares cujos níveis sobem à medida que cantamos as diferentes canções que encontramos no jogo, fazendo-nos desbloquear diferentes aparências para estes avatares. Pela sua parte, os menus e o interface permanecem praticamente os mesmos, ignorando ligeiras alterações visuais que afectam mais a estética do que a funcionalidade.

 

Veredicto

Não temos aqui nada para reinventar o género, não há surpresas escondidas, nem precisamos delas. Let’s Sing 2023 limita-se a oferecer o que todos esperam de um título deste calibre. Nestes títulos é mesmo a selecção de canções que se torna crucial, sendo algo muito pessoal. Gostaria apenas que que a mistura de canções pudesse ser um pouco mais consistente ou baseada em géneros mais definidos. Mas, é claro que este jogo vai acompanhar-me perfeitamente nos convívios de Natal com vários momentos engraçados com amigos ou familiares. E é só isso que é preciso.

  • ProdutoraRavenscourt
  • EditoraVoxler
  • Lançamento15 de Novembro 2022
  • PlataformasPS4, Switch, Xbox One
  • GéneroMúsica, Party
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Sem grandes novidades
  • Selecção de músicas é algo "aleatória"

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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