MonsterHunter3Ultimate

Monster Hunter 3 Ultimate

Monster Hunter 3 Ultimate é uma versão aprimorada de Tri, a versão original da Nintendo Wii e agora chega-nos para a Wii U e Nintendo 3DS, ambas exactamente com o mesmo conteúdo, com a possibilidade de continuarmos o nosso save em cada plataforma e de jogar em rede entre plataformas.
No Japão, a série Monster Hunter é um incrível fenómeno de sucesso. Por cá e embora tenha vindo a angariar muitos fãs nos últimos tempos, a série nunca chegou a ser aceite da mesma forma, talvez porque os jogos desta série têm demasiados elementos característicos do mercado nipónico. 

Ao longo da análise irão perceber quais as características que me refiro. O início pode parecer familiar, a criação des personagens tem as possibilidades habituais: mudar tom de pele, tipo de cabelo, cor dos olhos, praticamente tudo o que estamos habituados, mas apesar de ser um RPG, não será necessário evoluir determinados atributos da personagem, aliás, aqui nem sequer subimos de nível!
A experiência está nas armas e armaduras da personagem e também ligada à pessoa que controla a personagem, ou seja, o jogador vai ganhar experiência enquanto joga e percebe como funciona o jogo. Aqui não existe um sistema de lock-on e a direcção da personagem no momento de ataque é essencial para serem bem sucedidos.

A nossa jornada começa com um terramoto causado por um monstro que acaba por destruir grande parte da aldeia da nova personagem. A partir daqui e talvez nas próximas 10 horas de jogo, servirá como um género de tutorial que irá testar a vossa paciência e ensinar todas as mecânicas do jogo, como eliminar monstros para recolher carne, apanhar plantas e outro elementos essenciais à sobrevivência da aldeia e ao progresso individual da personagem. A história não é rica, falta-lhe contexto e mais parece que caímos neste mundo de pára-quedas, apenas sabemos que o objectivo principal é desventrar monstros!

Inicialmente começamos com acessórios rudimentares que poderão ser melhorados ao derrotar monstros. Assim que eles morrem, conseguimos retirar ossos, carne, pele ou qualquer outro material que seja necessário para criar utensílios ou melhorar os existentes. Pouco depois todo o jogo entra num ciclo, teremos de matar monstros para adquirir melhor armamento e com melhor armamento matamos mais (e maiores) monstros.
Em qualquer outro RPG depois de ganhar alguma experiência e voltar atrás, sentimos que os inimigos são demasiados fracos e nada desafiantes, mas em Monster Hunter isso não acontece. Se desejarem, podem usar novamente as armas mais básicas para ter o mesmo desafio que tiveram ao início, o que é ideal para quando jogam online e pretendem ajudar amigos que estão mais atrasados que vocês.

Bons momentos

Algo que me surpreendeu foi a forma como a Capcom conseguiu dar vida ao mundo de Monster Hunter, por vezes pode parecer demasiado despido para a sua dimensão, mas é compensado quando há criaturas por perto. Elas interagem entre si formando um excelente ecossistema, onde monstros não só têm uma identidade própria como comunicam com outras espécies. Aconteceu-me por exemplo assistir a um dragão, que ao aproximar demasiado de um ninho de “Jaggis” (Espécie de velociraptors) foi imediatamente atacado para não fazer mal às crias. Outro bom exemplo está no confronto contra “Curupeco”, apesar do seu tamanho, não é grande ameaça e é relativamente fácil de derrotar, no entanto possui a habilidade de pedir auxílio e nunca sabemos que espécie o vai ajudar, pode ser outro da mesma espécie ou pequenos Jaggis.

Cada confronto é único e é isso que caracterizam os jogos desta série, existem autênticas bestas capazes de nos esmagar com uma pata e qualquer combate pode ser classificado como um boss fight, porque demoram largos minutos a acabar e não há qualquer tipo de barras de vida, terão de estar bastante atentos para perceber se estão a fazer algum progresso. Qualquer sinal de coxear ou cambalear é sinal que o monstro está cansado e próximo da morte…

Maus momentos

Mas nem tudo são boas notícias, existem alguns pontos que me deixaram muito aborrecido e o excesso de loadings é um deles. Cada parte do mapa (que vêem na imagem com números) está separada por loadings, apesar de não serem muito longos, torna-se muito chato estar constantemente a passar por diferentes áreas. No fundo compreendo porque é assim, a Wii não tem tanta memória como a Wii U, mas eu preferia ter um loading mais demorado no início do jogo e conseguir andar livremente pelo mapa.
Os controlos são muito fracos, o GamePad da Wii U funciona bastante bem, mas é sempre necessário ter em atenção para que lado a nossa personagem está virada no momento do ataque, o que complica na 3DS porque só temos um analógico, é possível rodar a câmara com o d-pad ou no ecrã inferior, mas não é fácil.
Outro ponto, que é mais uma opinião pessoal, são necessárias largas horas de jogo para ter bem a noção do que é possível fazer no jogo e da sua dimensão e isso é capaz de afastar pessoas.

 

MonsterHunter3Map

Multiplayer

Depois disto tudo, ainda é possível levar a nossa jornada mais além com o modo multiplayer. Online e local! Uma só Wii U consegue interligar-se com 3 Nintendo 3DS para jogar cooperativamente e pelo que pude experimentar com o resto da equipa do WASD, as lutas ficam bastante mais desafiantes, exigindo um bom trabalho de equipa para derrotar os monstros.
Deixem-me avisar que a apenas a Wii U tem modo multiplayer online, a Nintendo 3DS ficou restrita ao multiplayer local, o que não faz muito sentido num jogo deste género onde o multiplayer é o grande foco.

Veredicto

Monster Hunter 3 é um jogo incrível! Não é perfeito, possui algumas falhas de design como os fracos controlos, câmara antiquada e ainda requer muita paciência, coisa que aqui no ocidente não temos em abundância, mas não deixa de ser um jogo que precisam de experimentar e se conseguirem despender umas boas horas da vossa vida ao jogo verão o quanto recompensador consegue ser.

  • ProdutoraCapcom
  • EditoraNintendo
  • Lançamento22 de Março 2013
  • PlataformasWii U
  • GéneroRole Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Excesso de loadings
  • Fracos controlos
  • História fraca
  • Requer muita paciência

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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