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Análise – OlliOlli World

Num dos meses mais activos deste ano em termos de lançamentos de novas produções, a produtora Roll7 não teve qualquer receio de lançar o seu novo OlliOlli World. Com esta confiança, vem conquistar a sua própria fatia do mercado, tanto entre os entusiastas do skate como também dos mais curiosos por um bom jogo de plataformas.

Desde o anúncio de revelação de OlliOlli World, que tive um interesse genuíno nesta sequela. O meu primeiro sentimento é que este título é uma é uma verdadeira “declaração de amor” da produtora para todos os amantes de skateboarding. Mas, há também aqui um “recado” para todos os entusiastas dos dois primeiros títulos desta série. O resultado desta dedicação é que agora poderão testemunhar um amadurecimento extratemamente gratificante de uma franquia e de um género.

A grande novidade entre OlliOlli World e os seus antecessores é a inclusão de uma narrativa que enquadra os eventos e também se esforça para criar uma motivação para os jogadores atravessarem vários territórios para melhorar as suas habilidades em cima da “tábua”.

O jogo tem lugar no reino de Radlandia, o mundo ideal para todos os entusiastas do skate, uma verdadeira utopia centrada neste desporto, onde todos podem se expressar livremente e encontrar o lugar que melhor se adapte às suas necessidades. Isto, sem se preocuparem com qualquer restrição ou julgamento moral. Um lugar de paz e acrobacias, colorido e, de certa forma, bizarro, onde os atletas mais capazes são celebrados e elevados à categoria de verdadeiras divindades.

Pelas ruas e praias de Sunshine Valley, que traça em todos os aspectos uma visão estereotipada e extravagante de Venice Beach, Califórnia, começamos a nossa jornada em OlliOlli World. Com o nosso skate, vamos depois atravessando as cinco principais áreas do reino de Radlandia para conhecer suas respectivas divindades. O objectivo é a qualificação de “Skateboard Wizard”, o nível máximo de experiência de um skater.

Foram precisas cerca de uma dúzia de horas para completar as principais missões do OlliOlli World. Notem que este tempo pressupõe fazer tudo calmamente, sem grande preocupação em obter todos os objetivos opcionais e secundários presentes. Estes objectivos mais paralelos até são úteis para voltar a jogar as missões e para os amantes de desafios mais difíceis. Mas, não é essencial fazer mesmo tudo para desfrutar deste jogo.

É uma estrutura que funciona porque é adequadamente suportada pelo incrível leque de escolhas relacionadas à personalização do nosso colorido alter ego e do seu fiel skate. Se quiserem mesmo explorar tudo, perdem imenso tempo com o sistema de personalização com skins e objetos que podem ser desbloqueados através da conclusão dos vários desafios, certamente algo que irá agradar aos viciados do completismo.

Falando da jogabilidade propriamente dita de OlliOlli World, no entanto, fica claro como a equipa valorizou a experiência acumulada pelos seus dois antecessores. Oferece aqui uma verdadeira “bagagem” de habilidades com o objetivo de representar o compromisso certo entre a experiência arcade clássica e exigente com algo mais livre e acessível, até para os simples curiosos que só agora chegam à franquia.

Notem que isso não quer dizer que OlliOlli World facilite em termos de dificuldade. Diria que tem uma curva decididamente menos íngreme, útil para acompanhar os novatos nas primeiras áreas e depois passar para desafios e pistas cada vez mais complexos na segunda metade da aventura. É possível completar a maioria dos níveis sem grande esforço, talvez usando checkpoints para evitar ser continuamente sobrecarregado com obstáculos. No entanto, é precisamente no meio de tentativas e erros que os desafios opcionais se tornam a verdadeira natureza de OlliOlli World.

 

Esta natureza é composta por uma concatenação de truques e acrobacias com centenas de possibilidades, onde explorar as pistas e suas ramificações e descobrir trilhas tão complexas quanto satisfatórias para obter a maior pontuação, é a chave. Admito que em alguns momentos são frustrantes, por causa de algumas missões que exigem um estudo mais minucioso do percurso. Há também uma necessidade de calcular os tempos certos relacionados com saltos entre obstáculos que nem sempre dominei. Em suma, para obter as melhores pontuações, é preciso “sofrer” um pouco, principalmente nas últimas áreas.

Tenho também de destacar o tempo de resposta dos controlos, a combinação entre analógicos e gatilhos para os diversos truques, incluindo grind horizontal e vertical. Esta dinâmica transmite uma precisão incrível, principalmente nos momentos que temos obstáculos sucessivos a grande velocidade e queremos manter a nossa pontuação até ao final. Apreciei particularmente a escolha de introduzir inúmeras bifurcações e missões secundárias nos circuitos. Todos os elementos desbloqueáveis explorando e refazendo as várias pistas, desafiam com objetivos cada vez mais complexos, o que é óptimo para nos mantermos na “ponta” da tábua.

 

OlliOlli World também inclui uma interessante componente multi-jogador que coloca os participantes à prova em pistas geradas aleatoriamente. Os mais habilidosos poderão comparar a sua pontuação com jogadores de todo o mundo e poderão obter objectos estéticos únicos para o seu alter-ego colorido. Com esta adição, penso que a Roll7, pelo menos a curto prazo, conseguirá sem muito esforço manter a atenção dos jogadores no seu título. Contudo, a longo prazo não sei. Só o tempo poderá realmente avaliar se chega para nos manter a jogar.

Temos ainda de nos debruçar sobre a parte técnica de OlliOlli World. Confesso que a mudança de grafismo me chocou um pouco no início, habituado que estou aos dois clássicos anteriores. Ainda assim, o design em jeito de caricatura, cheio de cores vivas, veio a tornar-se num dos aspectos mais apreciados de toda a produção. O nível estético encontrado, tanto para as pistas, como para as paisagens no fundo, é um poço de surpresas para descobrir. O que nos faz apreciar o esforço da Roll7 em criar níveis incrivelmente evocativos e bem polidos.

A nossa análise foi feita numa PlayStation 5 e confesso que não encontrei nenhum problema em particular. O nosso skater fez tudo sempre a rondar os 120 fps, sendo até possível enfrentar até as pistas mais complexas com a devida fluidez, mostrando a alternância de saltos e acrobacias sem nenhum “soluço”. Aliada a esta performance exemplar, temos uma banda sonora repleta de músicas e arranjos que abrangem vários géneros, incluindo música electrónica, para acompanhar o jogador em cada área e dar mais ênfase a cada uma das missões.

 

Veredicto

OlliOlli World é um título divertido que tem tudo para ser apreciado por entusiastas do skate e das plataformas, mas também por novatos que só agora descobrem esta franquia. Trata-se de uma explosão de cores e de ilustrações que marcam uma incrível maturidade artística da produtora britânica Roll7, enquanto que a estrutura criada para a jogabilidade garante uma jogabilidade agradável e desafiante, com um convite para a repetição que aceitei. Seja para a caça ao recorde de pontos mais altos ou para apenas praticar, no reino de Radlandia haverá sempre mais uma oportunidade para lá voltar e passar horas na frente do ecrã. Nada contra para mim.

  • ProdutoraRoll7
  • EditoraPrivate Division
  • Lançamento8 de Fevereiro 2022
  • PlataformasPC, PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series X|S
  • GéneroArcade, Plataformas
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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Não Gostámos
  • Níveis mais avançados algo frustrantes

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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