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Análise: Oreshika: Tainted Bloodlines

Apenas dois anos de vida, é a maldição que assombra cada membro do teu clã em Oreshika: Tainted Bloodlines. Geração, após geração, o teu clã vai procurar alcançar a vingança. Esta é a base deste JRPG e toda a jogabilidade se desenvolve a partir desta premissa.

Num contexto baseado no antigo Japão feudal, com criaturas lendárias e mitológicas à mistura, o clã da nossa personagem é alvo de uma conspiração obscura. Todo o clã acaba por ser acusado e executado como o culpado do roubo de objectos sagrados do Palácio do Imperador. Como se não bastasse, sobre toda a família é ainda colocada uma maldição eterna.

Felizmente, os deuses vão perceber a injustiça infligida sobre o teu clã e ressuscitam-no, embora a maldição continue activa e os teus familiares apenas consigam viver durante dois anos. Para a combater, os membros da tua família terão de se envolver com os deuses para gerar novos descendentes mais poderosos.

Contudo, este não é um jogo com uma narrativa densa e a história vai-se desenvolvendo apenas em pequenos momentos. Na maioria do tempo, o jogador passará a maioria do tempo a alimentar o crescimento do seu clã. Após o excelente início de jogo, criamos a nossa personagem, atribuímos um nome ao nosso clã e decidimos quais as classes dos nossos descendentes, de entre oito existentes. É fundamental aqui criar uma equipa equilibrada e depois tentar mantê-la dessa forma, à medida que a nossa descendência vai acontencendo. Também nesta fase, o jogo pergunta ao jogador quantas horas pretende passar com Oreshika, mediante a resposta, afectará as definições de jogo que enfrentaremos durante a nossa experiência de jogo.

Oreshika desenvolve-se depois com base num calendário onde praticamente todas as acções envolvem, em média, gastar um mês em tempo de jogo. E com tanta coisa para fazer como correr uma dungeon ou promover a descendência do nosso clã, o tempo parece-nos sempre curto. Sobretudo para quem começa a jogar, pode ser difícil perceber como tudo se interliga e por onde começar. Felizmente, existe um NPC que nos ajuda e toma algumas decisões automaticamente por nós.

Os membros do nosso clã que compõem a nossa equipa irão, muitas vezes, sugerir-nos as suas próprias acções. Se as aceitarmos, não temos consequências. Contudo, se as rejeitarmos e adicionarmos outra acção, a lealdade desse membro do clã entrará em jogo e poderá ter como efeito o abandono da família. Uma componente curiosa mas que por vezes pode saber mal quando o membro que abandona o clã é precisamente aquele no qual temos apostado mais.

O sistema de descendência promove uma evolução de personagens bastante interessante. Os descendentes, filhos das nossas personagens e dos deuses, acabam por herdar as capacidades dos primeiros, ao mesmo tempo que adquirem os poderes elementais. Desta forma, acabam por se tornar muito mais poderosos do que os anteriores membros do clã. No final, conseguir uma nova geração de guerreiros super poderosos é uma sensação excelente.

A arte japonesa clássica inspira todas as animações, assim como a própria banda sonora, algo que torna Oreshika excelente do ponto de vista visual. Também as batalhas remetem para o estilo clássico JRPG, funcionando por turnos, embora com algumas novidades. Por exemplo, cada equipa possui um líder, no nosso caso o chefe do clã, e caso ocorra a sua morte, a batalha termina. O espólio que apanhamos no final de cada batalha é determinado mediante uma slot machine que aparece no início.

Veredicto

Este é um JRPG para os fãs da mitologia clássica japonesa, assim como do período feudal e que adoram explorar sistemas complexos de jogabilidade. Uma experiênca JRPG repleta de originalidade, bastante profunda e que peca unicamente pela falta de uma narrativa que deveria ser mais presente. Algo que acontece sobretudo porque Oreshika: Tainted Bloodlines foca quase toda a sua atenção no desenvolvimento das personagens do nosso clã. Não obstante, é uma excelente sensação criar a nossa personagem inicial para depois, após várias gerações de misturas com deuses, ver surgir uma geração de exímios guerreiros capazes de eliminar qualquer inimigo.

  • ProdutoraAlfa System
  • EditoraSony Computer Entertainment
  • Lançamento3 de Março 2015
  • PlataformasVita
  • GéneroRole Playing Game
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Narrativa pouco explorada.
  • Não é fácil adquirir familiaridade com todos os sistemas do jogo

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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