Análise – Pokémon Scarlet and Violet: The Treasure of Area Zero
Esta é a primeira vez que nos encontramos a falar de um DLC para um grande desta série. Pokémon Scarlet e Pokémon Violet recebem a sua primeira expansão, “The Treasure of Area Zero”.
Esta nova história da Game Freak está repleta de conteúdo adicional destinado a expandir o universo, o elenco de personagens, o Pokédex e as curiosidades dos mundos criados de tempos a tempos pela equipa. Se estavam à espera de um avanço na explicação do fenómeno Teracrystallisation, saibam que em “The Teal Mask”, a primeira parte desta expansão, a equipa optou por lançar algumas pistas, criando um saudável enigma que empolgará os fãs. E estou convencido que tudo será explicado na Parte II: The Indigo Disk.
Acredito que qualquer fã de Scarlet e Violet estará ansioso por regressar a este ambiente. Esta é, para mim, a mudança filosófica mais evidente da Game Freak. Não se encontra na jogabilidade ou na oferta geral, apenas ligeiramente melhorada, muitas vezes com uma progressão lenta e complicada, como acontece sempre numa abordagem de mundo aberto. O elemento que a equipa escolheu focar-se nos últimos anos é uma proposta de um ecossistema de marcas, um lugar e uma atmosfera imediatamente identificáveis com o lore, que leva os jogadores a sentir-se “em casa”, enquanto a equipa procura manter a jogabilidade actualizada.
Com o Pokédex actualizado, estamos a caminho de Nordivia, uma terra decididamente mais pequena do que Paldea mas cheia de mistérios, lendas e locais de interesse. É onde passaremos algumas boas horas com uma nova área ligeiramente diferente, graças a uma competente combinação de prados, montanhas, cavernas e cidades.
Aqui poderão visitar as zonas rurais e montanhosas da região de Kitakami com crianças de algumas escolas escolhidas numa digressão anual. The Teal Mask alude à cultura tradicional japonesa dos festivais para formar a história, a estética dos novos Pokémon e os locais que servem de cenário. Como calculam, a exploração continua a ser a parte mais importante da experiência.
O acesso ao DLC pode ser feito depois de concluírem a história original de Scarlet ou Violet mas não é de todo necessário. Ao começar um jogo do zero, conseguirão aceder ao DLC quando tiverem cerca de 6 horas feitas. Esta é, aliás, a opção que a Game Freak aconselha para não criar incongruências para quem já terminou o jogo. Principalmente porque podem usar os vossos Pokémon de nível 70 sem qualquer limite.
Retomando o que foi dito acima, a Game Freak quer que fiquem numa zona de conforto de personagens secundárias delineadas graças a personalidades bastante sóbrias. Há também uma sequência particular de eventos que apontam para uma direção exploratória em vez de uma mais relacional. É um apanágio da série e este DLC não se afasta da tendência. No seu desejo de ser uma mistura de aventura e combate, The Teal Mask recria completamente a estrutura de Scarlet e Violet, oscilando entre um JRPG por turnos bastante acessível e o prazer de querer preencher o novo Pokédex.
Ainda assim, tenho de destacar umas (poucas) novidades. Começamos com novos penteados e vestuário para a personagem principal, de forma a justificar a aventura numa nova área. Também o Rotoselfie stick, facilmente compreendido pelo nome, uma clara ferramenta de “turista” usada para selfies, sendo também úteis para fazer uma espécie de caça ao tesouro usando sinais pelo mapa. Destaco também o Ogre Oustin, um simples mini-jogo em que podemos saltar para as costas de Koraidon ou Miraidon para coleccionar bagas por tempo limitado e com dificuldade variável.
Além de permitir uma actividade diferente do habitual, este mini-jogo apresenta objectos úteis para o jogo competitivo. Não a considero surpreendente, mas é uma distracção bem-vinda da história principal. Bem-vinda e necessária, dado que esta nova história não é muito longa, terminando-a em poucas horas. Sendo este um jogo com um importante convite à exploração, convém que nos entretenha para não cairmos no aborrecimento ou, pior, não cheguemos ao fim da sua oferta demasiado rapidamente.
Por isso, cabe a vocês decidir como integrar a experiência, seja a explorar, a encontrar Pokémon ou simplesmente a lutar contra os novos monstros incluídos neste DLC. Uma nota de mérito, visto que é impossível atribuí-la ao aspecto técnico, ainda enfraquecido por alguns bugs e quedas de frames que assolavam a versão original, temos de falar do som. No sector sonoro, achei os sons e banda-sonora bastante agradáveis, dentro do espírito desta série de jogos. Não é nada trivial, contribuindo bastante para a tal imersão na aventura que os fãs tanto apreciam.
Veredicto
The Treasure of Area Zero – The Teal Mask responde à vossa pergunta: Vale a pena regressar ao mundo de Pokémon: Scarlet/Violet? Se gostaram do conceito de mundo aberto da Game Freak, a resposta é: sim. Se são fãs da série, a resposta também é afirmativa. Este DLC traz consigo um caminho mais experimental e menos lúdico, oferecendo claramente mais quantidade, do que ideias criativas. Estamos, no entanto, curiosos para ver como o segundo DLC se irá interligar-se e assim completar as expsnões. Será que irá trazer algumas ideias novas ou se será de facto a consagração de uma abordagem particularmente conservadora? Cá estaremos para constatar.
- ProdutoraGame Freak
- EditoraNintendo / The Pokemon Company
- Lançamento13 de Setembro 2023
- PlataformasSwitch
- GéneroRole Playing Game
Podia ser melhor mas tem alguns pormenores positivos que podem agradar a muitos jogadores.
Mais sobre a nossa pontuação- Mais Pokémon para completar o Pokedex
- Ilha de Kitakami é um cenário interessante
- Novos designs de Pokémon
- Poucas novidades de jogabilidade
- Aspecto técnico ainda precisa de ser revisto
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.