Análise – Pokémon: Sword & Shield
Após vários anos de espera, os fãs de Pokémon podem finalmente colocar as mãos na oitava geração de jogos Pokémon. Estes Pokémon: Sword e Pokémon: Shield são também os primeiros jogos desta série feitos de raiz para a Nintendo Switch.
Por incrível que pareça, este são, efectivamente, os primeiros títulos originais desta franquia para a híbrida da Nintendo, uma vez que Pokémon Let’s Go era uma espécie de remake de Pokémon Yellow com muitas semelhanças com o mítico Pokémon Go. Desta forma, as expectativas do fãs por estes novos títulos paralelos era imensa. E podemos, desde já, confirmar que valeu a pena esta espera.
A história de Sword & Shield não foge à regra dos restantes jogos da série. Tomamos o controlo de um treinador de Pokémon, que tem como ambição ser “o melhor treinador de sempre” e derrotar todos os outros campeões neste campo. Após a criação da nossa personagem e da escolha do Pokémon inicial, como manda a tradição, estamos prontos para explorar os vastos territórios de Galar, uma região verdadeiramente bem construída e com muita vida. Pela frente, teremos vários ginásios e batalhas até chegarmos à Champions Cup, o derradeiro desafio.
Como em todos os jogos desta série, a história não é, de todo, o elemento mais relevante. É a incessante busca de novos Pokémon que desperta no jogador o prazer de jogar esta famosa franquia de RPGs. Sword & Shield não são excepção e mantém a “genica” e entusiasmo que os primeiros jogos ofereciam.
Quando se analisa um jogo de Pokémon, é difícil não o comparar com os seus antecessores. Para mim, enquanto jogador que cresceu com as primeiras gerações de Pokémon, ainda hoje consideradas das melhores de sempre, tento sempre ser o mais justo possível. Isto, tendo em conta as inúmeras mudanças que o mercado e a indústria sofreu nos últimos 20 anos e que os jogadores dos anos 90 não são os mesmos de hoje em dia. Contudo, se há algo que estes Sword & Shield fazem bem, é serem extremamente equilibrados. Creio mesmo que vão agradar a todo o tipo de jogadores.
No que toca aos novos elementos de jogo, existem muitas novidades disponíveis. Começando pela forma como surgem os combates. Agora conseguimos saber com que Pokémon vamos batalhar ou tentar apanhar, uma vez que estes andam livremente pelo mapa de jogo. Este aspecto faz com que não precisemos de procurar exaustivamente por um determinado Pokémon, facilitando assim um pouco a tarefa de coleccioná-los.
Os combates também contam com algumas adições interessantes, começando com o fenómeno Dynamax, que é uma espécie de versão bastante forte e grande de um Pokémon. Esta transformação pode ser feita em apenas alguns combates mais importantes como nas Battle Towers. Como se esta transformação não chegasse, existe ainda o Gigamantax, uma versão ainda mais rara e forte.
Também somos informados se um determinado ataque é mais ou menos efectivo contra o adversário. Isto é algo que pode ser bom para os mais novatos mas para quem se habitou a decorar todos os elementos e as suas forças e fraquezas, este acréscimo, que já vem de Sun & Moon, torna a experiência menos desafiante de um modo geral. Contudo, não é algo que prejudique a jogabilidade destes excelentes jogos.
Um dos locais onde podemos encontrar Pokémon com Dynamax é na Wild Area, uma imensa zona repleta de Pokémons para capturar e com uma grande amplitude de níveis. Podemos encontrar alguns mais fracos mas outros com níveis bem altos para a nossa interminável colecção sempre crescente.
É também nesta zona que nos podemos juntar a outros jogadores para as Max Raid Battles, algo semelhante com o que sucede em Pokémon Go, tentando derrotar um Pokémon mais forte do que o habitual. Esta zona é das novidades que mais me agradou no jogo pois sentimos uma enorme liberdade e prazer em explorar territórios povoados por um vasto leque de Pokémons.
Outras das novidades nestes jogos, é o Pokémon Camp, onde podemos interagir com os nossos Pokémon de uma forma mais descontraída. Nesta secção, podemos jogar com eles e cozinhar uma série de pratos. Não sendo uma actividade vital para o decorrer do jogo, será um extra interessante, especialmente para o público mais jovem.
De pontos menos positivos apenas tenho a realçar a dificuldade claramente mais acessível destes jogos. Ao contrário dos primeiros títulos desta série, Sword & Shield são bastante fáceis, quanto a mim. Tudo o que fazemos com os nossos Pokémons é passível de se ganhar experiência, tornando a tarefa de os treinar bastante mais facilitada. Esta lógica não é propriamente recente e já a tinha visto em alguns títulos da Nintendo 3DS. No entanto, acho que este facilitismo é algo desnecessário, tornando o jogo demasiado simples.
Nos aspectos técnicos, este jogo é um excelente exemplo de uma evolução construtiva e pensada de uma série com mais de 20 anos. O design é muito bonito e todo o mundo parece ter bastante vida. Mesmo a zonas fora das grandes cidades, tudo está bem detalhado. A música e efeitos sonoros misturam alguns sons clássicos, como o simples som de gravar o jogo. Adiciona ainda alguns temas frescos e que acompanham bem a nossa jornada. A música nunca se tornou aborrecida e nos combates é onde brilha. O interface e todos os menus mantêm a mesma estrutura clássica mas com uma nova “roupagem”. Tudo está mais apelativo e simples, facilitando a exploração dentro dos vários menus.
Veredicto
- ProdutoraGame Freak
- EditoraNintendo
- Lançamento15 de Novembro 2019
- PlataformasSwitch
- GéneroRole Playing Game
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Introdução da "Wild Area"
- Visual muito bem trabalhado
- Excelente equilibrio entre novidades e elementos clássicos
- Dificuldade algo acessível demais
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.