Análise: Ratchet & Clank Q-Force
Numa tentativa de inovar, a Insomniac pega numa das séries mais acarinhadas da Playstation 3 e transforma a jogabilidade de um forma que transforma completamente a experiência. Ratchet & Clank: Q-Force (nos EUA chama-se Full Frontal Assault) é a mais recente entrada na série e não se pode dizer que os fãs estejam contentes por isso.
O que me parece é que a Insomniac quer espremer até ao tutano uma série que tem uma respeitável comunidade de fãs e que até parece ter algum protagonismo a par da sua outra série de sucesso, Resistance. Só que este jogo foi um passo demasiado grande para as pequenas pernas do Lombax Ratchet. Diria que a equipa da Insomniac andou a jogar outros jogos de estratégia… Já explico…
Numa tentativa de desviar a acção na terceira pessoa com plataformas, a Insomniac introduziu uma lógica de “tower defense”, ou seja, defesa da base com recurso a checkpoints pelo mapa. Basicamente iniciamos o jogo com uma base e o inimigo com a sua. Temos um tempo para circular pelo mapa e capturar pontos chamados “nodes” que oferecem não só upgrades como dinheiro e armas. Depois desta fase de conquista, chega a fase do ataque e defesa das bases. Nesta fase ou apostamos numa defesa firme ou num ataque cerrado aos nodes e base inimigos. Não vos lembra nada? Talvez vos lembre um jogo chamado StarHawk. Um outro exclusivo da PS3. A mim lembrou demais…
Pelo meio há uma coisa que se assemelha a enredo. Mas é puramente superficial e não tem grande profundidade. Basicamente Ratchet tem, mais uma vez, de salvar a galáxia e pronto. Jogamos como o pequeno Lombax, como o seu fiel amigo metálico Clank ou como o excêntrico Captain Qwark. Não levem a peito a minha falta de interesse pela estória deste jogo. É que além de umas piadas engraçadas, graças às personagens sempre cómicas, não cativa e não tem o alcance dos jogos anteriores. E a (falta de) inteligência artificial dos bonecos adversários durante o jogo, que parecem caminhar todos para o mesmo objectivo quais lemmings desmiolados… enfim…
Mas quem não quer saber bem do enredo e apenas divertir-se com os amigos, estão aqui dois modos de jogo que são capazes de cativar muita gente. O modo cooperativo online ou offline é apenas uma variante do modo carreira onde podemos jogar com amigos. Não adiciona nada ao que se pode fazer a solo, mas sempre é mais divertido. Já o modo competitivo online até quatro jogadores tem uma variante dos cinco mapas em três planetas do modo campanha (sim, variedade não há…) para jogar os mesmos modos em 1 contra 1 ou 2 contra 2, achei que este era o modo mais lógico de todo o jogo, fazendo esquecer a IA do modo carreira, com mais desafio e mais dificuldade.
Veredicto
Fugi deste jogo, nobres fãs… Não quer dizer que o jogo seja mau, reparem. Qualquer pessoa encontra factores de diversão neste jogo. Mas é a distância que está dos jogos anteriores a todos os níveis que desaponta. É demasiado curto e a nova lógica de tower defense não é bem o que estamos habituados. A dada altura parece que estamos a jogar StarHawk e não R&C. Sim a Insomniac pegou nesse outro franchise exclusivo e copiou a lógica de jogo adaptando-o ao seu universo. O resultado é um jogo fraco…
- ProdutoraInsomniac
- EditoraSony Computer Entertainment
- Lançamento30 de Novembro 2012
- PlataformasPS3
- GéneroAventura
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Jogar como Captain Qwark
- Multijogador online é divertido
- Continua com os típicos de momentos cómicos
- Carreira ridiculamente curta
- Jogabilidade foge demasiado à série
- Falta de modos para justificar longevidade
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.