Análise: Senran Kagura Burst (3DS)
Mamas! Agora que vos cativámos a atenção, vamos falar da análise WASD ao jogo japonês mais machista de que há memória: Senran Kagura Busts… Ups! Burst.
O autor desta análise não se responsabiliza por qualquer expressão que possa assumir um carácter sexual. Qualquer trocadilho não foi, de forma alguma, intencionalmente criado com esse propósito.
https://www.youtube.com/watch?v=NiXNyG41do0
Senran Kagura Burst é um side scrolling beat em up que contém, nesta versão da 3DS, ambos os jogos da série. Por isso, se por ‘alguma razão’, tinham curiosidade na série, este jogo é a melhor porta de entrada. Curiosamente, este é um franchise muito popular no Japão e, diga-se de passagem, mais japonês que isto é quase impossível. É este tipo de jogos que raramente nos chega à Europa e, excepto alguns jogos excepcionais, é mesmo por lá que deviam ficar.
Senão veja-se: a história deste jogo conta-nos a vida de uma série de alunas extremamente voluptuosas de uma escola ninja e cujo uniforme tem uma enorme tendência para cair. Para além da história principal, que incide sobre as ninjas do lado bom, existe ainda outra campanha baseada no primeiro título da série e que mostra a história das ninjas do lado mau. Dois grupos em guerra constante e cujos motivos principais para o conflito circulam à volta de temas “mundanos” como o tamanho dos seios de uma personagem em relação a outra.
E esta é só uma amostra dos pormenores chauvinistas deste jogo já que, em praticamente todas as sequências de diálogo, existem menções de teor sexual entres as várias personagens. No entanto, Senran Kagura Burst faz muitas coisas bem e até chega a dar pena que se tenha pegado neste franchise para se fazer este beat em up. As lutas acontecem a um passo acelerado contra uma série de inimigos e podemos escolher várias personagens para fazer cada uma das missões. Embora estas se tornem aborrecidas com o passar do tempo, exceptuando as lutas com os bosses no final de cada capítulo.
Podemos ainda contar com um sistema de combinações e movimentos especiais interessantes que resultam em batalhas curtas mas funcionais, ideiais para a 3DS. Sempre que completamos uma, a nossa personagem evolui como se de um RPG se tratasse. Se sofrermos dano a mais, os equipamentos das personagens de Senran Kagura Burst apresentam estragos em três fases diferentes. Algo muito exigido pelos fãs de jogos de outras séries, como Dragon Ball ou os Cavaleiros do Zodíaco, mas que, neste caso em específico, funciona como só mais uma desculpa para mostrar o corpo das protagonistas. Isto porque, na última fase, as ninjas acabam por ficar mesmo só em fato de banho. Ninguém ia querer ver o Son Goku em cuecas.
Para além da exagerada objectificação da figura feminina, Senran Kagura ainda apresenta outro problema. Constantemente, este jogo de miúdas voluptuosas sofre com problemas de frame rate, que descem abruptamente em inúmeras zonas do jogo como o lobby das missões ou durante os movimentos especiais. Também o 3D da consola portátil da Nintendo parece ter sido ignorado em grande parte deste título. Excepção feita aos momentos em que as raparigas perdem parte da indumentária e às partes em que a narrativa fútil é contada.
Veredicto
Este é um dos títulos mais bizarros a chegar do país do Sol Nascente e que, infelizmente ou felizmente (dependendo do ponto de vista de cada um), tem muito valor escondido por detrás de todas as conotações sexuais. Não obstante, também na parte técnica falha com largas descidas no ratio de frames por segundo em várias partes do jogo. Termino esta análise como comecei dizendo que este podia ter sido um bom jogo não fosse a temática constante: Mamas!
- ProdutoraTamsoft
- EditoraMarvelous AQL Europe
- Lançamento28 de Fevereiro 2014
- Plataformas
- GéneroAcção, Luta, Role Playing Game
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Combos e Movimentos Especiais
- Danos nos equipamentos observáveis, embora com segundas intenções
- Língua original
- Elementos RPG
- Campanha fútil
- Perdas no frame rate
- Praticamente ignoradas as capacidades 3D da portátil da Nintendo
- Objectificação da figura feminina
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.