squishies

Análise – Squishies (PS VR)

Squishies é um novo título para o sistema PlayStation VR. E na realidade virtual, vai testar a vossa habilidade e paciência, enquanto ajudam pequenos e adoráveis alienígenas por entre vários níveis, apenas com o uso do ar. Curiosos?

Este é um jogo de puzzles e plataformas, em que temos que levar alguns animais de anatomia esférica até ao final de uma longa série de cenários. Assim, de repente, faz-me lembrar um género do clássico Marble Madness. Escusado será dizer que depois de alguns níveis iniciais feitos para nos adaptarmos aos controlos, a coisa começa a complicar de uma forma inimaginável, com armadilhas, interruptores e inimigos. Para todos os efeitos, este é o desafio de Squishies e colocámos o PSVR para vos contar esta experiência.

A premissa é muito simples. Estes seres adoráveis estão perdidos e tudo o que mais desejam é voltar para a sua casa. Manipulamos uns estranhos peixes igualmente alienígenas controlados pelos PlayStation Move, guiando estas adoráveis criaturas por entre vários obstáculos. A interacção faz-se no mundo virtual soprando ou sugando o ar com os ditos peixes. O objectivo é levar “empurrar” ou “puxar” os Squishies até ao portal presente no final de cada nível. Não se deixem enganar pela premissa simples ou pelo aspecto simpático e colorido da arte do jogo. Como já disse, vai testar a vossa destreza e paciência.

Ao todo, são 100 níveis espalhados por cinco mundos, para levarem todos os Squishies para casa. E, se forem daqueles que gostam de fazer 100% em tudo, terão de voltar várias vezes a cada um deles, pois só assim conseguem apanhar os coleccionáveis. Notem que terão de acabar os níveis dentro do seu tempo limite, pelo que algumas coisas acabam sempre por ficar para trás por causa do cronómetro. Fazer 100% na primeira tentativa é praticamente impossível na maioria dos níveis.

Assim que completarem os níveis da história terão acesso a outro modo de jogo que fará as delícias dos mais criativos. No modo “criador”, tal como em LittleBig Planet, temos ao dispor um editor que permite criar os nossos próprios níveis e partilhá-los através da Internet. É também possível fazer o download de outros níveis da comunidade ou aproveitar as criações destacadas pela própria produtora. No momento desta análise, ainda não havia muitas opções, mas o jogo acabou de ser lançado, vamos dar-lhe algum tempo. A longevidade é obviamente ampliada com este modo de criação.

O modo em si funciona muito bem e é muito intuitivo a usar as suas várias ferramentas e opções. Simplesmente, escolhemos o material, objecto ou personagem que queremos colocar no mundo e fazemos isso com a mão direita, manipulando os objectos para criar as diferentes passagens. Escusado será dizer que, fazer este tipo de coisas, por muito intuitivo que seja, precisa sempre de tempo e prática. Contudo, pelo que conseguimos fazer e pelo que vimos online, o limite é a própria imaginação. Resta saber se a comunidade adere.

No geral, o trabalho da equipa da Brainseed Factory é bastante bom. Em termos de interacção, nada é complexo, tudo é bastante intuitivo e “realista”, no sentido em que todas as físicas se comportam como esperaríamos na vida real. Isto significa que, em todos os momentos, vamos estar emergidos no jogo, procurando o ângulo certo para soprar ou aspirar os personagens, ao mesmo tempo que temos de reagir o mais rápido possível para que não se desviem ou caiam. É muito exigente, mas também muito divertido.

O principal problema que vamos encontrar está na interacção com os comandos PS Move. Não considero que sejam a ferramenta ideal para um jogo como este. Enquanto estamos envolvidos no jogo, é comum que determinados ângulos cubram as esferas luminosas dos comandos. Isto é uma limitação do sistema PS Move que só usa uma única câmara para captar movimento, impedindo que esta detecte correctamente a sua posição em planos menos convencionais. É algo menos positivo e que, na verdade, desvirtua o propósito de usarmos a nossa perspectiva dentro da realidade virtual.

A pensar nisto, a produção incluiu todas as opções necessárias para virar e mover o cenário ao nosso gosto, para evitar que tapemos acidentalmente os PS Move. Nestas opções, também temos a possibilidade de aumentar ou diminuir o zoom, algo que até se torna engraçado, uma vez podemos jogar com o zoom no máximo e ter personagens gigantescas ou com o zoom ao mínimo, com miniaturas em dioramas. Os controlos da câmara podem ser manipulados em qualquer ocasião, permitindo ajustes. Mas, notem que exige sempre alguma rapidez no controlo.

No departamento técnico, tenho a dizer que este é um título muito interessante. Mesmo considerando que vem de uma produtora independente e sendo este apenas o seu segundo jogo, fico bem impressionado com a sua adaptação ao PSVR. Temos cenários de design bastante colorido, cheios de vida e com um grafismo bastante detalhado. Em termos de lógicas, os puzzles, sobretudo os que surgem mais para a frente, foram muito bem desenhados e são bastante inteligentes. As criaturas em si, transpiram carisma, são muito divertidas e funcionam na perfeição com este tipo de jogo.

Veredicto

Squishies é um jogo que me apanhou de surpresa. A verdade é que é bastante divertido. E é também bastante desafiante. É que, debaixo do seu aspecto colorido e simpático, está um jogo de puzzles bastante desafiante e com uma longevidade acima da média. Quem gosta de fazer 100% nos jogos e tem criatividade suficiente para criar os seus níveis e partilhá-los online, está “em casa”. A única desvantagem é que temos de nos adaptar às limitações do PS Move. Mas, isto é algo que, depois de alguns jogos, já estará dominado.

  • ProdutoraBrainseed Factory
  • EditoraBrainseed Factory
  • Lançamento20 de Novembro 2018
  • PlataformasPS4, PSVR
  • GéneroPlataformas, Puzzle
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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  • Limitações do PS Move

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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