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Análise – Strikers Edge

Dois anos após ter ganho a distinção de Melhor Jogo na primeira edição dos Prémios PlayStation, Strikers Edge chega finalmente ao mercado. A promessa é a de colocar os jogadores, até os mais pacíficos, numa batalha onde só um pode sair vencedor.

Tudo começou com um simples protótipo que um dos membros da equipa idealizou e o projecto foi crescendo a partir daí. A fantástica reacção dos jogadores motivou a necessidade da equipa abandonar os seus empregos e criar a produtora Lisboeta Fun Punch Games. Este é um nome que tentar passar a ideia de como são (e serão) os seus jogos: Divertidos e com uma vertente competitiva. O caminho para o sucesso continuou a ser trilhado, ganharam o primeiro lugar dos prémios Portugueses da primeira edição do PlayStation Talents e… o resto é história.

Para quem não conhece, Strikers Edge é um jogo competitivo, uma espécie de “jogo do mata” com ambiente e armamento medieval, a ser jogado até quatro jogadores. As quatro arenas disponíveis possuem uma divisão no meio e a única forma de derrotar o inimigo passará por arremessar diferentes armas e poderes, enquanto se desviam de ataques idênticos do adversário.

Ao todo existem 8 personagens e, como seria de esperar num jogo competitivo, cada uma delas conta, não só com um aspecto diferente, mas também com as habilidades e armas únicas. Há personagens mais viradas para a defesa, outras mais viradas para o ataque rápido e ainda outras com alcance mais longínquo. Obviamente, cada jogador terá a sua preferência de acordo com a sua forma de jogo. No entanto, como devem imaginar, cada personagem possui mais valias únicas mas também algumas fraquezas que o adversário pode explorar.

Inicialmente, Strikers Edge foi apresentado como um título multi-jogador local. Felizmente, “há males que vêm por bem”. Graças a alguns adiamentos imprevistos, acabou por beneficiar de novos conteúdos e modos de jogo. Além de receber o lógico multi-jogador online, que inclui cross-play entre a PlayStation e o PC, recebeu também um modo de campanha a solo. A campanha, apesar de curta, oferece uma maior longevidade e é o local ideal para os jogadores treinarem e descobrirem as melhores tácticas, além de dominarem as características individuais de cada guerreiro. Mas, há um senão.

Vão notar que neste modo, existe uma incrível dificuldade acrescida, criada pela sua infame Inteligência Artificial. Já no nível médio, os inimigos já conseguem prever com demasiada precisão onde vamos estar e, curiosamente, conseguem sempre contra-atacar imediatamente quando um golpe nosso é bem sucedido. Talvez esta IA precise de uns ajustes nesta sua eficácia, porque no nível mais alto de dificuldade, torna-se quase impossível de ganhar um combate. Não deixa de ser um bom treino para o online, porém.

Ainda dentro das novidades adicionadas desde a sua concepção inicial, a versão PC de Strikers Edge possui também um integração com a plataforma de streaming Twitch. Esta integração possibilita uma interacção direta entre os streamers e os espectadores durante as partidas. O espectador poderá, deste modo, escolher que guerreiros quer apoiar, comentar o evento e até conceder poderes especiais aos jogadores ou atirar objetos para a arena! É uma interacção curiosa e que dá um papel interessante para quem assiste.

Em termos de grafismo, Strikers Edge usa e abusa (no bom sentido) da chamada Pixel Art. É um jogo bonito visualmente, dentro da sua simplicidade gráfica. Possui cores vibrantes, animações fluídas e pormenores interessantes. Esta arte do jogo convida, de facto, a jogar mais. No entanto, este seu aspecto simplista, aliado à sua jogabilidade igualmente simples que se pode aprender em poucos segundos, é enganador. Para dominar Strikers Edge a sério, serão precisas muitas horas de dedicação. Por isso, preparem-se!

Veredicto

Strikers Edge provou ser um jogo muito divertido, principalmente quando estamos a jogar contra os nossos amigos. Os dois adiamentos que sofreu deram mais tempo para adicionar funcionalidades que, realmente, enriquecem a experiência de jogo. Apenas gostava que a IA fosse mais acessível nos jogos a solo, de modo a acompanhar a minha evolução na proficiência. Talvez o que tenha mais gostado neste título, tenha sido o uso dos nossos instintos e da capacidade que ganhamos de antecipar os movimentos do adversário. O vício, esse, está garantido. E é sempre agradável jogarmos algo feito em Portugal.

  • ProdutoraFun Punch Games
  • EditoraSony Interactive Entertainment
  • Lançamento30 de Janeiro 2018
  • PlataformasPS4
  • GéneroArcade
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Campanha curta
  • IA algo implacável

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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