Análise: Tetrobot and Co.
Depois de ter sido lançado para o PC, um ano depois (30 de Outubro para ser mais exacto) e com o apoio da Neko Entertainment, Tetrobot and Co. chega à Wii U. A Nintendo insiste em ajudar os produtores independentes e é desta forma que chega à sua consola o jogo da Swing Swing Submarine, que já nos tinha trazido Blocks that Matter onde controlávamos precisamente um Tetrobot.
No que diz respeito a escavações, o Tetrobot é o robô mais popular e robusto do planeta. No entanto, longe de ser perfeito, por vezes ocorrem acidentes. É aqui que entra Maya a responsável pelo nosso Psychobot. Com este minúsculo Robô vamos percorrer o interior de Tetrobots danificados e recuperá-los.
Isto claro não será tarefa fácil. A cada Tetrobot danificado corresponde uma série de níveis. A cada nível, claro, corresponde igualmente uma série de puzzles que teremos de resolver. Além disso como cada Tetrobot danificado sofre de um mal diferente (um está coberto de água, outro está congelado) isto implica que vamos encontrar uma série de temas diferentes. Para resolver os vários puzzles vamos ter de mover uma série de blocos, cada um feito de matérias diferentes, como madeira, pedra e por aí fora. Se tiverem dúvidas sobre estes blocos, não se preocupem que podem consultar o Faceblox, um guia bem ao estilo do Facebook que nos oferece algumas pistas sobre o que podem fazer com eles. O Faceblox surge também como uma das várias paródias que Tetrobot and Co. faz com outros jogos.
Cada cenário oferece ainda mais três desafios opcionais. Isto se quisermos encontrar aqueles manhosos fragmentos de memória de cada Tetrobot. Estes surgem na forma de peças amarelas (mas pensem neles como as 3 estrelas que cada nível oferece), há várias para descobrir e representam o verdadeiro desafio que este título tem para oferecer.
Mas para resolver os puzzles, vamos ter de deslocar o nosso Psychobot e podemos fazê-lo de duas formas bem ao estilo Point N’ Click. Na primeira deslocamos com o analógico esquerdo um cursor. Ao posicioná-lo no sítio para onde queremos ir, basta depois pressionar o botão de acção. Na outra forma, em vez de deslocarmos o cursor, recorremos ao Stylos e tocamos, no Gamepad, directamente no sítio do cenário para onde nos queremos deslocar.
Uma vez que não estamos dependentes de tempo para resolver os vários cenários, a pressa é algo que não existe neste título aliás, insiste em transmitir uma sensação de relaxe a quem o joga. Podemos parar para pensar sempre que quisermos e precisarmos. Jogar a este título é de tal forma relaxante que até o Psychobot adormece quando ficamos demasiado tempo parados.
Os cenários oferecem o melhor que o 2D tem para oferecer, mostrando-se bem detalhados, coloridos e vibrantes mas, sobretudo representam o melhor que o género tem para oferecer em termos de puzzles. Uma vez que a dificuldade cresce a cada nível que completamos, lá para o meio vamos começar a coçar a cabeça vezes sem conta, à procura de uma solução que muitas vezes está mesmo à vista. Além disso, é também de salientar toda a arte conceptual que acompanha o jogo. De tal forma que é pena que esta não seja mais elaborada.
Mas voltando à jogabilidade. Com o mau posicionar de um ou mais blocos, ou se ao avançar no cenário se esqueceram de levar um bloco, podem ficar encravados. O jogo não vos diz nada. Por isso tenham atenção, analisem e tenham em conta a consequência das vossas acções. Por vezes, vão ter de destruir alguns blocos, mas até que ponto é que não poderiam ter feito mais alguma coisa com eles antes de os sacrificarem? Vão ter de fazer experiências vezes sem conta, mas não se preocupem que para vos ajudar este jogo memoriza todos, e digo mesmo todos, os vossos passos. Isto significa que este título oferece a capacidade de retroceder todos os passos, até ao ponto em que acham que podem continuar. A partir daí, aliás como sempre, tudo depende da vossa astúcia.
Veredicto
Tetrobot and Co. assenta que nem uma luva na Wii U. Um incrível jogos de puzzles e, atrevo-me a dizer, um dos melhores jogos do género. Com cenários vibrantes e cheios de cor, transmitem ao jogador o melhor que o 2D tem para oferecer. Os puzzles são difíceis e a dificuldade cresce à medida que progredimos, mais ainda se quisermos apanhar também os famigerados fragmentos de memória dos Tetrobots danificados. Uma experiência que é, sem dúvida, fácil de recomendar.
- ProdutoraSwing Swing Submarine
- EditoraSwing Swing Submarine
- Lançamento1 de Setembro 2014
- PlataformasAndroid, iOS, Linux, Mac, PC, Wii U
- GéneroPuzzle
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Puzzles em cenários vibrantes
- Arte conceptual
- Insiste em transmitir uma onda de relaxe
- Inevitáveis frustrações oferecidas pelo género
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.