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Análise – The Elder Scrolls Online: Elsweyr

A última visita que fizemos a TES Online foi para voltarmos a Morrowind, com toda nostalgia que esta viagem a uma região tão emblemática proporcionou. Agora, chegou a vez da terra dos lendários Khajiit, com a expansão The Elder Scrolls Online: Elsweyr.

Cada nova visita a este veterano MMORPG, porém, é também uma oportunidade de lhe “tomar o pulso”. Embora a Bethesda não goze de grande sucesso com o seu outro MMORPG Fallout 76, esta outra sua aposta nos “jogos como serviço” tem ainda uma considerável legião de seguidores. De facto, desde 2014 que TES Online tem vindo a acompanhar-nos, dentro daquele género de jogo que “vamos jogando”. E, muito embora as expansões que tem vindo a receber expandam Tamriel e nos dêem mais para fazer, é inevitável perguntarmos se é ainda relevante… deixemos os gatos, os dragões e os Necromancers responderem.

Sejamos claros, TES Online está completamente irreconhecível se comparado com a versão original de 2014. As muitas expansões e actualizações, trouxeram sempre algo de positivo para este título. E é talvez por isso que não há ainda uma sequela sequer programada ou prevista. Contudo, como em qualquer outro jogo com imensas épocas quase sazonais, o jogo parece viver destes novos ciclos, sem que fora deles dê real motivação para os jogadores lá voltarem. Tudo bem, há as Trials, os Battlegrounds e outros desafios para abordar. Ainda assim, a afluência de jogadores é notoriamente mais baixa nos períodos em que não há DLC para descarregar. TES Online vive claramente dos DLCs e é por isso que temos recebido tantos na sua já longa vida.

Então, o que é que Elsweyr traz consigo para nos convidar a (re)jogar? Inserido na nova época de conteúdo chamada de “Season of the Dragon”, obviamente, traz consigo toda uma nova região homónima. Como já disse, esta é a terra dos míticos gatos inteligentes (e bípedes) Khajiit, aqueles homens-gato com sotaque hispânico do riquíssimo lore de Elder Scrolls. Além disso, sim, traz consigo dragões que se tornam “eventos públicos”, embora não nos lembrem muito das batalhas épicas de TES V: Skyrim (já lá vamos). A nova expansão também traz uma nova classe para jogar, os Necromancers e inúmeras novas missões principais e secundárias, além de eventos especiais para esta região.

Quem sabe o que mais gostei nesta nova expansão foi de experimentar essa nova classe de feiticeiros Necromancer. Infelizmente, não podemos erguer os mortos num exército de draugr que nos pudesse seguir, como sempre desejei. Faria jus ao seu título, é certo, mas a sua arte etérea é de outro calibre. Temos à disposição uns crânios voadores e uns esqueletos, de soldados ou de magos, que atacam ao nosso comando (mas não em grande número). Sinceramente, nunca costumo escolher uma classe baseada na magia nestes jogos. Contudo, esta conquistou-me pela diversão e devastação que pode causar. No fundo, traz uma variedade notória à acção, o que é o que muitas vezes os fãs pedem.

Agora, os dragões que surgem em Elsweyr é que não são muito consensuais. Se jogaram Skyrim lembrar-se-ão estas estas grandes bestas era desafiantes, gigantescas e cada vitória “tirada a ferros” era recompensadora. Em TES Online, infelizmente, os encontros não são assim tão fantásticos nem entusiasmantes. Para começar, pelo menos por agora, estes encontros são confinados a Elsweyr, com os dragões a parecerem relutantes em sair desta região. Por outro lado, os confrontos parecem demasiado lineares, com o dragão a aterrar à espera que o ataquem até morrer. Não há grande surpresa, nem a recompensa é assim tão interessante comparando com outras actividades em jogo. E nem vou falar como o aparecimento destes dragões entre (de certa forma) em conflito com o lore de Skyrim.

Veredicto

The Elder Scrolls Online: Elsweyr é mais uma demonstração da Bethesda da forma como consegue adicionar mais conteúdo com uma história sólida por detrás. Cada vez mais, cada nova região é, em parte, um serviço aos fãs, mas também um novo incentivo para explorar e (re)descobrir um dos melhores MMORPGs de sempre. De facto, não se pode pedir mais a cada nova expansão. Só é necessário que nos dê mais para fazer. Apenas não gostei da “muleta comercial” que são os dragões, que me parecem algo deslocados aqui. Ainda assim, ir à terra dos gatos, vestido de mago Necromancer a desancar dragões é um excelente motivo para continuar por Tamriel por mais umas semanas… até ao próximo DLC.

  • ProdutoraBethesda / Zenimax Online
  • EditoraBethesda
  • Lançamento4 de Junho 2019
  • Plataformas
  • GéneroMMO, Role Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Os encontros com dragões são algo lineares
  • Afluência de jogadores quebra tanto entre DLCs

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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