Análise: The Last of Us: Left Behind (PS3)
Não sabia bem o que ia encontrar no primeiro DLC single-player do premiado The Last of Us. Na verdade, as minhas expectativas até estavam bastante altas. Talvez por se centrar numa personagem com imenso carisma e com muito mistério à sua volta e, por isso, saber mais sobre a sua história seria sempre uma mais valia.
Antes de mais, Left Behind não é uma prequela. A narrativa passa-se imediatamente antes do jogo mas também durante, numa parte da narrativa que não tivemos oportunidade de conhecer.
“Em Boston, quando fui mordida… Não estava sozinha. A minha melhor amiga estava lá e foi mordida também. Não sabíamos o que fazer. Foi então que ela sugeriu: ‘Vamos esperar. Podemos simplesmente deixar a nossa mente perder-se em conjunto e perceber a beleza do momento.’ Ainda estou à espera da minha vez. O nome dela era Riley e foi a primeira a morrer.”
Left Behind conta a história deste dia que Ellie acaba de contar a Joel. O mesmo dia em que teve a difícil escolha de deixar para trás a sua infância e a sua amiga. O que aconteceu entretanto é aquilo que ficaremos a saber com este DLC.
Esta expansão tem lugar em dois centros comerciais, numa história dividida entre o passado e o presente, onde a protagonista tenta ajudar Joel depois de ser empalado na universidade. Com este inconsciente, Ellie procura um kit de primeiros socorros no meio do centro comercial.
É durante esta busca que a narrativa muda periodicamente para o último dia que Ellie passou com a sua melhor amiga, num verão em Boston, mesmo antes de conhecer Marlene e Joel. A sua amiga Riley regressa depois de a deixar sozinha durante meses sem qualquer aviso ou explicação. Depois de espicaçar a Ellie, Riley consegue que ela fuja da escola militar para explorar o centro comercial, numa tentativa de reconciliar a antiga amizade.
Enquanto encontram o caminho para o centro comercial, vão recordando os velhos tempos, passando por lojas, e contando as piadas de um livro que Riley ofereceu a Ellie. Toda a narrativa – dividida em épocas distintas – consegue de forma inteligente relembrar que a Ellie aprendeu tudo com Joel e aqui não tem qualquer experiência em matar ou até em defender-se. Quando a narrativa alterna para a procura da ajuda para Joel, Ellie tem de enfrentar caçadores e Clickers recorrendo à sua pistola, ao seu arco e, mais para o fim, a uma espingarda.
Veredicto
Os flashbacks e flashforwards têm um ritmo fixo e percebe-se rapidamente quando vão acontecer atribuindo uma boa alternância da acção entre as duas narrativas.Todo o DLC foi criado com um excelente grau de cuidado e atenção aos detalhes, por mais curto que possa ser – eu demorei 2 horas a passar em Hard – Left Behind consegue oferecer melhores momentos que alguns jogos com uma dúzia de horas. Left Behind não traz nada de novo à jogabilidade tensa de The Last of Us. Aqui também estamos sempre rodeados por perigo ou à espera que ele aconteça. No entanto, este DLC conta-nos uma história diferente, cheia de emoção e afecto entre as duas amigas. Sem dúvida, um must have para quem deseja saber mais sobre Ellie e gostou do jogo principal.
- ProdutoraNaughty Dog
- EditoraSony Computer Entertainment
- Lançamento14 de Fevereiro 2014
- PlataformasPS3
- GéneroAcção, Aventura
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Narrativa
- Acção intensa de The Last of Us
- Pouca longevidade
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.