Análise: The Last of Us Remastered

Esta semana chega às lojas o novo The Last of Us Remastered, uma edição melhorada de um jogo que por si só já é uma obra-prima, chegando a receber 200 prémios para jogo do ano em 2013 e nota máxima aqui no WASD. Esta versão conta com todos os DLCs, muitas melhorias e ainda alguns bónus, dos quais vamos falar já a seguir na nossa análise. 

A história de The Last of Us, para quem não conhece, coloca a raça humana (ou o que resta dela) 20 anos depois de uma praga ter dizimado a civilização como a conhecemos. Os sobreviventes vivem em zonas de quarentena sob o olhar militar e, no exterior, estão gangues implacáveis e humanos infectados com um fungo intitulado de Cordycep, capaz de transformar os humanos em autênticas criaturas sedentas de carne humana. Contudo, a esperança da humanidade pode estar na jovem Ellie, que depois de mordida continua sem se transformar. Resta a Joel transportá-la em segurança até ao grupo de rebeldes Fireflies para tentar criar um antídoto através do seu ADN.

O sentimento de Déjà Vu, que acontece quando os jogos são relançados como edições HD, nem sempre é bem visto pelos jogadores e, de certa forma, é compreensível. Mas, se reflectirmos um pouco sobre o assunto, não se trata das produtoras quererem espremer mais uns trocos aos jogadores. Esta é a forma que conseguem para resolver um problema comum: Como é que alguém que não possui uma consola da geração anterior joga os jogos na sua plataforma mais recente?

Claro que a resposta ideal seria retro-compatibilidade mas, hoje em dia, as produtoras não estão para aí viradas pelas mais variadas razões. Portanto, a melhor forma é mesmo re-lançar os jogos com várias melhorias e bónus.

No caso do The Last of Us Remastered, não só temos as melhorias, que vamos indicar a seguir, mas também os DLCs que saíram até agora na PlayStation 3. Nomeadamente, 8 mapas de Multijogador presentes no Territories Map Pack e Reclaimed Territories Map Pack, e ainda o DLC focado na história da Ellie, sem qualquer custo adicional.

Multiplayer

Mais uma vez, o modo Multijogador, intitulado de Factions, não acrescenta muito ao jogo mas quem já apreciava este modo, vai gostar de saber que todos os seus itens serão passados automaticamente para esta nova versão. Contudo, o progresso terá de acontecer novamente da estaca zero.

Bónus e Melhorias

Os bónus presentes passam pelo Making of do jogo, a possibilidade de ouvir os comentários dos produtores nas cutscenes e ainda o Photo Mode, no qual, depois de pausado o jogo, pode ser ajustada a posição e o ângulo da câmara para tirar uns fantásticos screenshots. Algo muito semelhante ao que acontecia no Gran Turismo ou no novo inFamous e que aqui faz todo o sentido, com o cenário pós-apocalíptico de The Last of Us.

Em termos de melhorias, TLOU Remastered conta com personagens mais detalhadas, texturas com mais qualidade, resolução 1080p e ainda sombras e iluminação melhoradas. Por defeito, a versão Remastered corre a 60fps, mas se desligarem esta opção terão um jogo mais bonito, melhoram a experiência de jogo e não só as sombras ficam melhores como perdem os frame drops que aconteceram algumas vezes.

O DualShock 4 também não foi esquecido, a cor da light bar indica o nível de vida como já tinha acontecido no Killzone: Shadow Fall; Alguns sons, como a lanterna a ligar e desligar tocam no comando e por defeito os botões de apontar e disparar estão nos gatilhos, ao contrário do L1/R1 da versão PS3.

Podem ainda começar o jogo com a dificuldade Grounded. Esta dificuldade, bem acima do que por si já é difícil, foi introduzida na versão PS3 em Abril e é ideal para quem procura um desafio a sério. Os abastecimentos são extremamente raros, portanto a abordagem furtiva é sempre necessária. O HUD está desligado, os inimigos provocam 300% de dano e a inteligência artificial está mais atenta do que nos outros modos. Resumidamente, se gostam de The Last of Us e querem algo para se gabarem, Grounded é o modo ideal para jogarem.

Veredicto

A questão que se coloca agora é a classificação que esta versão merece. Mostra sinais da sua idade? Vale a pena para quem já jogou o original?

Basicamente, é o mesmo jogo com uma receita vencedora, tem melhorias para a nova consola, tira proveito do DualShock 4 e traz os DLCs sem qualquer custo adicional. Eu recomendo a quem jogou a outra versão e recomendo a quem nunca o jogou, daqui leva novamente a nota máxima.