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Análise: The LEGO Movie

Que magia existe nestes pequenos blocos de plástico ao ponto de apaixonar crianças e adultos? Quase todos os jogos com a marca LEGO acabam por ocupar uma boa parte da nossa prateleira e acaba por ser um prazer oculto jogar estes pequenos mas grandes jogos. Estreado no cinema recentemente, “The LEGO Movie” recebe a sua adaptação para videojogo e nós partimos para mais uma divertida aventura com os simpáticos bonecos e os seus blocos de construção.

A história do jogo desenrola-se em paralelo com o filme que lhe dá o nome. Se ainda não o viram, sugiro que o façam antes de jogar para não sofrerem com nenhum spoiler. O jogo roda enormes porções do filme original na sua glória HD em jeito de “cutscene”. Mas, felizmente, algumas partes são omitidas ou contadas de forma diferente, não só a bem da jogabilidade, mas também para não substituir o excelente e divertido filme.

No arranque ficamos a saber que uma terrível personagem de nome Lord Business roubou uma arma de imenso poder, chamada Kreagle, das mãos do feiticeiro Vitruvius. Mas uma profecia que o mágico profere, fala de alguém “Especial” que poderá salvar o mundo com a “Peça da Resistência“. Esse alguém pode muito bem ser Emmet Brickowski, um simpático construtor no mundo LEGO. A sua vida pacata resume-se a destruir e construir edifícios na sua cidade Bricksburg (profissão de sonho para muitos). Só que a dada altura Emett conhece a misteriosa Wyldstyle que o obriga a entrar na aventura para se tornar no “Especial”.

Como já disse, convém ver o filme primeiro. À data desta análise o filme está no Cinema e é uma excelente experiência cheia de comédia e muitas referências que vos farão rir. Assim também é o jogo, já que segue fielmente o enredo do filme.

Em termos de jogabilidade, este é mais um LEGO. Toda a dinâmica de correr, saltar, dar cabo dos inimigos, partir muitas construções e construir outras tantas, torna este título sempre agradável de jogar, por mais repetitivo que seja. Como falei no início, é a tal magia LEGO, transportada para o mundo digital. Não há grandes novidades em relação aos jogos anteriores da série, continuando os desafios em jeito de puzzle no ambiente Arcade tridimensional. Há um vasto leque de personagens, cada uma com as suas habilidades especiais oferecendo grande variedade e especialidade para determinados puzzles ou secções. Esta é uma fórmula com provas dadas nos jogos anteriores e nos 15 capítulos do jogo não ficamos desapontados.

Só que, infelizmente, os capítulos são algo curtos. Logicamente que seguem o enredo do filme, inclusive com áreas diferentes e divertidas como o velho Oeste, por exemplo. Mas, com puzzles tão simples de resolver (a sério, demasiado simples), vemos os capítulos a avançar muito rapidamente (o tempo médio para o completar ronda as 6 horas) e é pena porque há sequências muito divertidas. Resta-nos a ideia que, após completar cada nível, desbloqueamos os modos “Free Play” para explorar convenientemente os níveis para coleccionar extras e outras peças personalizáveis com outras personagens ou com novas habilidades. Sempre aumenta um pouco mais a sua longevidade.

A nível técnico tenho de dizer que analisámos o jogo na Playstation 4 e fiquei bem impressionado. Não há aqui grandes efeitos especiais, nem sequer grande detalhes nas texturas, ou algo do género. Isto é um jogo LEGO. Só queremos ver se as animações são boas e se a lógica de jogo é competente. O grafismo é algo secundário mas não posso deixar de assinalar a excelente iluminação e a qualidade de imagem Full HD (1080p), destacando a transição quase, quase perfeita entre as cenas extraídas do filme original e o jogo em si. Quase nem se nota que estamos a passar de um meio para o outro. O que também é um bom atestado à qualidade da consola da Sony. Aliado a isto está a divertida banda-sonora original do filme que insiste em ser omni-presente.

“Everything is awesome!”… esta música vai ficar-vos no ouvido!

Por último, no campo da lógica de jogo, há alguns problemas na detecção de colisões. Fiquei com o boneco preso no cenário muitas vezes, sendo obrigado a mudar de personagem e “destruir” o boneco preso para continuar. Também em secções de voo aconteceu algumas vezes ficar com o boneco preso no ar, sem que nada o justificasse. Felizmente podemos trocar de boneco ou simplesmente reiniciar a secção, embora quebre um pouco o ritmo.

Veredicto

O jogo é muito divertido, tal como o filme nos cinemas. É um bom momento passado a jogar com humor e aventura. São poucos os jogos adaptados de filmes que fazem tão bom trabalho. Neste caso, não havia grande margem para falhar da parte da TT Games, pegando na fórmula de sucesso que já conhecemos. Mas isso fez com que o jogo se tornasse algo curto comparado com outros jogos LEGO. Também pareceu que os seus puzzles oferecem pouco desafio privilegiando o enredo. Os problemas técnicos também não o ajudam a subir mais na tabela. Mesmo assim, The LEGO Movie é um jogo fantástico deste universo que tanto gostamos. Aliado ao filme, é uma aventura divertida que não vão querer perder. É a segunda melhor forma de brincarmos com os famosos blocos. E aqui não há o perigo de uma dolorosa pisadela num tijolo LEGO.

  • ProdutoraTT Games
  • EditoraWarner Bros. Interactive
  • Lançamento14 de Fevereiro 2014
  • PlataformasPC, PS3, PS4, Vita, Xbox 360, Xbox One
  • GéneroArcade
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Capítulos curtos
  • Alguns problemas técnicos
  • Puzzles simples

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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