Análise: The Walking Dead – Season Two: “In Harm’s Way”
A obscura e cruel aventura de uma criança num mundo pós-apocalíptico continua com a chegada do terceiro episódio da saga de Clementine.
[SPOILER ALERT] Esta análise assume à partida que o leitor passou o primeiro e segundo episódios da segunda temporada de The Walking Dead. Caso contrário, poderá conter alguns spoilers. Fica o aviso!
Com uma personalidade cada vez mais vincada, Clementine já não tem medo de enfrentar os perigos em prol do grupo. As suas capacidades são uma mais valia e a sua tenacidade, em comparação com o seu tamanho, torna-se cada vez mais surpreendente. Sobretudo quando nos lembramos que, no final do episódio anterior, praticamente todo o grupo foi capturado por Bill Carver, um vilão ao estilo do Governador sempre no limite da insanidade.
A passada da narrativa deste ‘In Harm’s Way’ é mais lenta que a do segundo episódio. Não obstante, uma decisão errada num diálogo parece sempre ser o suficiente para que tudo dê para o torto e a fúria de Carver seja libertada sobre o grupo recluso. Uma palavra mal escolhida pode ser o suficiente para que uma das personagens, pela qual nutrimos sentimentos cada vez mais fortes, acabe por morrer nesta ou naquela situação.
Por isso, este episódio é marcado por uma tensão desconfortável que nos obriga a passar o tempo todo, durante os 90 minutos da sua longevidade, a andar em cima de cascas de ovo. Certo é que nem sempre conseguimos escapar ao argumento que a Telltale desenhou para este episódio. Mas da mesma forma também Clementine parece não ver grandes soluções para escapar à reclusão na prisão de Carver.
A única certeza é mesmo a de que Clementine é cada vez mais uma personagem sólida e um recurso essencial no grupo, até mais que os adultos. Essa mudança é tão acentuada que o próprio Carver, a dada altura, o evidencia e acaba a tratar a pequena criança como uma igual num verdadeiro momento de respeito entre inimigos, pelo menos de um dos lados do conflito. O confronto e o diálogo nesse momento são simplesmente geniais.
Surgem também neste episódio algumas das personagens que conhecemos no DLC da primeira temporada de The Walking Dead: 400 Days. Embora as suas participações sejam pequenas, surgem como bons apontamentos que demonstram que as nossas escolhas anteriormente têm impacto naquilo que continuamos a vivenciar no point and click da Telltale Games.
O melhor deste episódio acontece quando toda a tensão se desbloqueia para um verdadeiro final de loucos. Um momento totalmente inesperado mas que, infelizmente, termina num hiato e deixa os jogadores a salivarem por mais.
Veredicto
Mais um episódio que continua a levar esta segunda temporada de vento em popa e que promete muito para os dois últimos episódios que restam. Clementine parece cada vez mais capaz de enfrentar os desafios que a aguardam, sobretudo depois de enfrentar toda a tensão que recheia este terceiro episódio. Embora não possua uma narrativa tão forte como a de ‘A House Divided’, os fãs da série não vão ficar desapontados com o que a Telltale produziu para eles.
- ProdutoraTelltale Games
- EditoraTelltale Games
- Lançamento13 de Maio 2014
- PlataformasiOS, PC, PS3, Vita, Xbox 360
- GéneroAcção, Aventura
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- 90 minutos a andar em cima de cascas de ovo
- Peso das decisões
- Carver e o respeito por Clementine
- Final de loucos
- Passada mais lenta
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.