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Análise: TowerFall Ascension (PS4)

Este indie traz de volta o espírito da briga de sofá com comandos na mão das gerações antigas de consola e entra com toda a pompa e circunstância na PS4. Espreitem a análise WASD, aqui e agora!

Tenho três ou quatro amigos gamers que são visitas habituais lá por casa. Sempre que me batem à porta, começo logo a pensar em que jogo vamos passar o tempo. Não é que não joguemos online mas jogar lado a lado permite toda uma outra interacção social que não acontece quando só temos o monitor à frente. Não sei se me faço entender, passo a esclarecer: cotoveladas, cabeçadas, gargalhadas conjuntas, entre outras tantas coisas que só podem acontecer mesmo quando as pessoas estão, de facto, a jogar em conjunto.

Eu até sou fã de jogos online e os leitores que nos seguem sabem disso. Ainda assim, jogar online não chega aos calcanhares da paródia que acontece quando os amigos jogam em conjunto no mesmo local. TowerFall Ascension traz de volta esse espírito e desenvolve-se através de uma jogabilidade muito acessível.

Mais do que outros jogos dentro do género, como Spelunky ou Nidhogg, TowerFall brilha pela simplicidade da sua jogabilidade. Rapidamente, toda a gente começa a disparar setas em todas as direcções com uma precisão fantástica. No máximo, podem jogar até 4 jogadores no mesmo ecrã e é só deixar começar a festa multijogador que é este indie.

TowerFall Ascension dispõe de dois modos de jogo principais: Quest e Versus. No primeiro jogamos em conjunto para tentar ir passando níveis enquanto vagas de inimigos nos tentam obliterar. Aqui somos obrigados a alguma coordenação e sobretudo a um know how dos inimigos que vamos enfrentando. Não contem passar os níveis logo à primeira porque, em cada um deles, existe um novo tipo de inimigo. Cada um começa com um arco e três setas mas, ao longo das arenas, vão surgindo baús que contêm upgrades. Aumentar a reserva de setas, lasers, asas, ou escudos são apenas algumas das coisas que podemos encontrar. Contudo, o pagode do multijogador local começa verdadeiramente no modo Versus.

Aqui funciona tudo de forma inversa. Se no primeiro modo a entreajuda era chave, aqui os alvos são mesmo os outros jogadores através de vários mapas e opções de customização dos confrontos. A festa é rija quando os jogadores começam a dominar os controlos passados poucos segundos de terem começado. Surgem movimentos loucos como saídas de cenário para aparecer do lado oposto ou até mesmo bluffs, feitos propositadamente para levar o adversário ao sítio onde queríamos que ele estivesse, só mesmo para lhe acertar com uma seta. São momentos como esses, que acabam na derrota do nosso adversário, que depois podemos disfrutar na repetição que se segue a cada momento de vitória.

Veredicto

Towerfall Ascension é uma espécie de filho de uma relação hipotética, em 8 bits, entre Matrix e Dragonball Z. Os confrontos, apesar do ar retro deste indie, são incrivelmente épicos e, acima de tudo, muito hilariantes. No final da última noite lá por casa, em que juntei alguns amigos e Towerfall Ascension na PS4, as lágrimas não deixavam de escorrer pela minha cara por causa de tanta risota. Towerfall é bom mas, como cantava José Afonso, “traz um amigo também”. Caso contrário, a diversão não é a mesma.

  • ProdutoraMatt Makes Games, Inc.
  • EditoraMatt Makes Games, Inc.
  • Lançamento11 de Março 2014
  • PlataformasPC, PS4
  • GéneroAcção, Luta, Party
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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