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Análise – Vampire: The Masquerade – Coteries of New York

Ser um vampiro não é tarefa fácil. Mas, quando temos uma boa história recheada de personagens peculiares, tudo se torna melhor. Esta é a promessa deste Vampire: The Masquerade – Coteries of New York, a mais recente entrada nesta série de culto.

As aventuras gráficas não pertencem a um género que todos os jogadores apreciem. E, actualmente, diria que cabou por se tornar um género de nicho. São jogos onde há pouco espectáculo visual e que acabam por se tornar num autêntica história interactiva, algo que os jogadores mais jovens poderão achar aborrecido ou pouco estimulante. A verdade é que a qualidade de uma aventura gráfica depende, evidentemente, da sua história. E os restantes elementos tão apreciados noutros lados, aqui acabam por ser mais secundários. Em Vampire: The Masquerade – Coteries of New York, temos pela frente uma boa narrativa situada num universo com anos de história. Vejamos se vos cativa.

Esta aventura passa-se no universo de jogos de RPG e tabuleiro chamado Vampire: The Masquerade, lançado em 1991. Desde ai, foram lançadas várias versões deste tabletop RPG, bem como jogos de cartas e outros videojogos. A história decorre em Nova Iorque, e após uma noite de festa mais agitada, somos confrontados com a possibilidade de sermos um… vampiro. Não querendo entrar em mais pormenores, pois a história é tudo o que importa neste jogo, resta apenas dizer que toda a premissa gira em torno de guerras de poder entre duas facções de vampiros, os Camarilla e os Anarchs. A partir daqui, cada jogador terá uma experiência e escolhas diferentes para tomar e isso terá influência no desenrolar da trama.

Começamos por escolher a nossa personagem de uma das três facções disponíveis, cada uma delas com habilidades específicas: os Brujah, os Toreador e os Ventrue. Os Brujah contam com mais velocidade e força, os Toreador têm igualmente mais velocidade e aumento dos poderes super-naturais e os Ventrue têm mais resiliência e controlo da mente. Estas habilidades determinam o sucesso ou fracasso de determinadas acções, bem como a interacção com as restantes personagens.

O que a Draw Distance tentou fazer aqui foi criar uma nova história inserida neste complexo e rico universo de vampiros. O resultado, em si, não é fácil de descortinar. Isto, porque se trata de um tipo de jogo bastante específico sobre uma temática que pode não agradar a todos. Pessoalmente, fiquei fascinado com a capacidade com que o jogo teve de me agarrar logo ao início, sendo um começo de jogo bastante intenso e com muita informação para digerir. Contudo, a meio do jogo, houve alguns momentos em que a história já não me puxou tanto, o que num título deste tipo não deve nunca acontecer.

O visual geral e os efeitos sonoros são bastante competentes para este tipo de jogo. Têm um aspecto sinistro e misterioso, funcionando bem neste tipo de trama mais noir ou gótica. A arte do jogo é bonita e existem personagens muito bem desenhadas, com um ar bastante assustador ou tresloucado, correspondendo bem com a temática de terror do jogo. Os efeitos sonoros, por seu lado, são bastante simples mas não incomodam e servem para dar um clima perfeito para a aventura. No que toca à técnica é tudo o que posso dizer.

Veredicto

Este é um jogo que merece uma oportunidade dada pelos fãs desta série ou deste género de aventura gráfica ou ainda dos que apreciem uma boa história. Não é, de todo, um jogo muito brilhante ou que ofereça algo de novo ao género, mas é uma excelente história com personagens interessantes e um ritmo competente. Vampire: The Masquerade – Coteries of New York não é para todos, de facto. Aborda uma temática muito específica e talvez apenas os fãs de aventuras gráficas e de vampiros conseguirão apreciar.

  • ProdutoraDraw Distance
  • EditoraDraw Distance
  • Lançamento11 de Dezembro 2019
  • PlataformasPC
  • GéneroAventura Gráfica
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  • ... pode tornar-se aborrecida em alguns momentos

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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