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Análise: Viscera Cleanup Detail

Alguma vez se questionaram sobre quem é o desgraçado que limpa a USG Ishimura depois do Isaac Clarke ter passado por lá? Ou até mesmo a mansão onde a equipa especial S.T.A.R.S. encontra os medonhos zombies? Quem é que limpa aquilo tudo? Pois bem, o jogo Viscera Cleanup Detail responde-nos a estas questões e coloca-nos exactamente num cenário digno de um filme de Quentin Tarantino repleto de sangue, membros, intestinos e sangue alienígena para limpar.

Viscera Cleanup Detail é um simulador de limpeza (um clean-em-up) onde calçamos as botas de um técnico de higiene que tem de se aventurar por estações espaciais, esgotos fedorentos e laboratórios secretos depois de uma chacina sangrenta para restaurar o seu estado mais limpo com as únicas armas que tem disponíveis: um balde e uma esfregona. Tudo para que o próximo herói possa sujar tudo sem se importar com o sangue seco na parede.

O trabalho é mais difícil do que parece já que o sangue se entranha em partes que não lembram a ninguém, os salpicos pintam o tecto de vermelho e o maior problema é mesmo já estar seco. Alguma vez imaginaram o problema que é limpar sangue seco? É uma correria para ir buscar baldes com água limpa e uma chatice quando um balde sujo se vira e suja tudo que já estava a brilhar. Também não é nada agradável olhar para trás e ver um trilho feito com as nossas pegadas de sangue. Estes são alguns dos problemas diários de um técnico de limpeza.

Depois de ter um balde com mais sangue do que água está na altura de arranjar outro balde através da Slosh-o-Matic, uma máquina capaz de fornecer baldes de água infinitamente. O balde sujo terá de ser posto na incineradora, tal como todo o lixo e membros que formos apanhando no cenário. No entanto, sempre com o cuidado de não deixar cair membros porque vão sujar tudo com sangue outra vez. Pontapeá-los também não é boa ideia.

Deixando a utopia de parte, tenho a dizer que estamos perante um jogo muito original. Feito sobre uma ideia tão simples e que fazemos todas as semanas na nossa casa. Confesso que nunca me ocorreu estar a fazer limpezas virtualmente, muito menos depois de acabar de as fazer em casa. No entanto, também nunca pensei que fosse tão divertido. Apesar da sua simplicidade não há qualquer objectivo, somos deixados no cenário e sabemos o que temos de fazer. Pode até existir alguma estratégia. Por exemplo, limpar primeiro o tecto e as paredes ou começar por apanhar todo o lixo e membros. Será uma escolha vossa…

Actualmente existem 7 cenários para limpar e em cada um deles é possível apanhar o PDA do herói para perceber o que aconteceu, supondo que o herói não sobreviveu. Mas agora é que vem a pior parte: depois de 4 horas a limpar um cenário na perfeição, concluímos o nosso trabalho num computador e somos transportados para o nosso escritório… sem prémios, sem nada… nem um obrigado!

O jogo torna-se ainda mais divertido em multijogador, onde podemos contar com a ajuda de vários amigos para limpar os cenários e tentamos não estragar os trabalhos dos outros.

Veredicto

O jogo pode parecer monótono, mas quando menos esperares, estás-te a divertir à grande e sempre preocupado em deixar tudo a brilhar, até arranjar forma para limpar aquele sangue no tecto mais alto. Recomendo jogar com amigos, a experiência consegue ser ainda mais divertida. Só tenho pena que não exista um sentimento de compensação para nos motivar a continuar. Existem ainda salas secretas que vos vão deixar a coçar o couro cabeludo para descobrir como lá chegar.

  • ProdutoraRuneStorm
  • EditoraRuneStorm
  • LançamentoAinda sem data de lançamento
  • PlataformasPC
  • GéneroArcade, FPS
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Entornar o balde
  • Falta de prémios
  • ...e incentivo para continuar

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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