Análise: Wasteland 2
Se jogaram os primeiros dois jogos da saga Fallout, certamente que os terão guardados numa zona especial da vossa memória. No entanto, sabiam que este RPG pós-apocalíptico era para ser uma sequela de um jogo chamado Wasteland, que saiu em 1988? Depois de algumas confusões com editoras e licenças, o jogo acabou por mudar o seu nome para Fallout e passadas duas décadas, o spin-off acabou por eclipsar a sua origem.
Contudo, isso não impediu Brian Fargo, o director de Wasteland, de continuar com a sua ideia. Para tal, recorreu ao Kickstarter, onde conseguiu mais do dobro do valor que tinha pedido para tornar o seu sonho realidade. Assim nasce Wasteland 2, dando continuidade a um excelente RPG que nasceu no final da década de 80, agora com a jogabilidade melhorada, combates com uma grande vertente táctica e um mundo muito mais amplo.
A história é narrada por um grupo conhecido como Desert Rangers, formado por uma mistura de militares e sobreviventes de uma guerra nuclear que acabou por devastar o planeta. Cada membro deste grupo tem uma aptidão única que fará toda a diferença durante a aventura. A história, como o típico RPG, muda consoante os diálogos e com as várias escolhas tomadas pelo jogador ao longo do jogo.
O grupo começa a aventura com quatro membros que têm de investigar o desaparecimento de dois rangers veteranos. Cada membro do grupo pode ser personalizado ao nosso gosto e de acordo com uma especialidade. Esta parte é importante, porque precisam sempre de ter algum médico que possa fazer curativos e que saiba usar medpacks. A morte em Wasteland é permanente e os membros que se juntam ao grupo durante o jogo já terão uma especialidade definida e será complicado compensar a falta de um membro da equipa, pelo menos a curto prazo. Claro que não irão faltar oportunidades para mercenários e outros civis se juntarem ao grupo mas, até lá, convém não perder ninguém.
Os ambientes do jogo são extremamente hostis e irão descobrir vários tipos de inimigos, que vão desde plantas venenosas a animais mutantes, passando por robôs e grupos de rebeldes. Tudo é uma ameaça!
A maior parte de Wasteland envolve visitar comunidades e ajudar nas mais variadas situações. Claro que pode envolver tiroteios, mas a diplomacia também é uma boa táctica. O problema é que, na maior parte das vezes, a abordagem é definida por outros.
Existe uma variedade enorme de armas, munições e engenhocas espalhadas pelo jogo. Podem usar sucata para se protegerem ou até fazer balas caseiras com um poder de destruição sem igual. O que é bom, tendo em conta que tudo nos quer matar. A essência de Wasteland é precisamente isso: lidar com os erros da melhor forma possível. O jogo não perdoa e é difícil a partir do momento em que começam a jogá-lo. Acreditem que vão usar muitas vezes o botão de “Load“.
As semelhanças gráficas com Fallout são inúmeras tratando-se também de um RPG na terceira pessoa de plano isométrico. No entanto, neste temos a possibilidade de fazer zoom e rodar a câmara livremente. O modo de combate, assemelha-se mais à serie X-Com, com uma grande vertente táctica e ao mesmo tempo desafiante. O mapa é igualmente semelhante a Fallout, deixando-nos à vontade para explorar e para escolher a ordem das nossas missões.
Veredicto
Depois de uma campanha bem sucedida no Kickstarter, Wasteland renasce após duas décadas, com uma excelente aventura capaz de durar 80 horas, cheia de reviravoltas, super desafiante e, o mais importante, é que é mesmo o mais próximo que podemos jogar como uma sequela directa de Fallout 2. Se gostam de um bom RPG, não podem deixar escapar este.
- ProdutorainXile Entertainment
- EditorainXile Entertainment
- Lançamento19 de Setembro 2014
- PlataformasMac, PC
- GéneroRole Playing Game
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- História envolvente
- Gráficos e destruição pós-apocalítica
- Variedade de armas
- Modo de combate com grande vertente táctica
- Início demasiado lento
- Demasiado difícil
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.