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Análise: Wildstar (terceira e última parte)

Não posso deixar de frisar que, em termos de lançamento, Wildstar, o MMO de ficção científica da Carbine Studios, chega até nós possivelmente com o maior nível de conteúdo dos últimos 10 anos. Será isso suficiente? Depois da Primeira e Segunda parte é isso que vamos descobrir no terceiro e último segmento da nossa análise a Wildstar.

Wildstar é um daqueles títulos que consegue facilmente cativar-nos com os seus cenários vibrantes, quase que a implorar que os exploremos. O mesmo, infelizmente, não pode ser dito sobre as questlines presentes em cada mapa e que pouco fazem por prender o jogador. A pouca interactividade com os quest givers e o próprio interface das quests, captam pouco a nossa atenção e depressa damos por nós a cumprir inúmeros objectivos apenas com a experiência como objectivo, negligenciando o “todo” que poderíamos apreciar, caso houvessem algumas melhorias neste campo. Isto pode ser algo penoso para aqueles que gostam de explorar ao máximo cada mapa antes de avançar para outro, nomeadamente porque várias vezes damos por nós a ultrapassar o nível das várias quests que ainda temos por completar.

Não obstante e mais do que um problema, muitas quests são sinónimo de pontos de experiência. E isso temos em abundância em Wildstar. Praticamente tudo dá a tão preciosa XP que precisamos para evoluir; seja através do sistema de crafting, a explorar, a completar quests, enfim… Evoluir não é de todo um problema neste título. O problema surge em algumas das suas componentes de marca. Falo das Dungeons e também do PVP.

Falemos primeiro das Dungeons. Se leram a segunda parte da nossa análise, já devem ter uma ideia do que vou falar. Mais do que nos outros MMOs a dificuldade das Dungeons de Wildstar está mais virada para os jogadores Hardcore do que casuais. Isto é ainda mais evidente no endgame, em que passamos a poder aceder às mesmas Dungeons num modo de dificuldade ainda maior. As Veteran Dungeons, não são, de todo, para todos os jogadores (a não ser, claro, que joguem com amigos e mesmo assim precisam de ser amigos dedicados).

Por muito interessante que seja o desafio (e acreditem que é), infelizmente, pode ser extremamente cansativo e em vão, uma vez que dependemos da sorte, no que diz respeito ao loot. Se a isto juntarmos o facto de podermos obter melhores peças de equipamento através do sistema de Crafting, as Dungeons, por muito desafio que ofereçam, acabam por tornar-se uma componente descartável. Isto, sem falar do tempo de espera para entrar na respectiva Dungeon, que é neste momento enorme (90 minutos aproximadamente), se não formos um healer ou tank.

“Mas temos os raids!” Dizem vocês. De facto, esta componente para grupos de 20 e 40 jogadores, representa o exponente máximo do PVE em Wildstar. Esperam-vos encontros bom bosses, sem dúvida originais, e que prometem oferecer-vos um bom desafio. No entanto, esta acaba por ser uma componente virada para a malta com mais tempo para se dedicar a este título.

Por fim, temos a vertente PVP e começo por dizer que um óptimo factor que esta componente nos oferece é o facto de podermos evoluir apenas a participar em Battlegrounds. Actualmente, são três, mas por muito diferentes que sejam os objectivos a cumprir em cada, um facto é que o caos é aqui rei e senhor. Por muito que a jogabilidade deste título tenha tido o PVP como um dos principais focos, um facto é que a maior parte das habilidades das várias classes, funciona como AOE. Isto resulta no nosso ecrã coberto por habilidades vindas dos vários jogadores em campo e a confusão instala-se.

Se quiserem um maior grau de competição, existem também as Arenas e se tiverem um grupo de 40 pessoas, as Warplots.

Veredicto

Wildstar ofereceu-me momentos sem dúvida interessantes e até mesmo originais. Mas estaria a mentir se dissesse que não me deu também algumas frustrações, como foi o caso com a equipa de suporte.Os cenários são sem dúvida cativantes e notório o esforço feito para que tanto jogadores com computadores de topo e jogadores com computadores mais fracos consigam na mesma desfrutar de uma experiência visual, igualmente agradável. O conteúdo que oferece é sem dúvida vasto; desde o sistema de Housing, passando pelo robusto sistema de Crafting até às Dungeons, Raids e PVP, são várias as horas que nos esperam. Só que o problema é que alguns problemas persistem e essas horas, nem sempre serão passadas da melhor forma.

  • ProdutoraCarbine Studios
  • EditoraNCSOFT
  • Lançamento3 de Junho 2014
  • PlataformasPC
  • GéneroMMO
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Lidar com a equipa de suporte
  • Quests podem cair no linear
  • Battlegrounds favorecem demasiado o caos
  • Esquece-se demasiado dos jogadores casuais

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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