Análise: X-Men Destiny
A produtora Silicon Knights teve os seus grandes momentos com a Nintendo Gamecube quando fez Eternal Darkness e o port de Metal Gear Solid: Twin Snakes, no entanto quando entrou na nova geração, Too Human, não foi muito bem recebido. Será que conseguiu redimir-se com X-Men: Destiny? Infelizmente, não.
O jogo começa com uma notícia bombástica – Professor X foi assassinado!
Imediatamente ficámos a perceber que o jogo não tem qualquer ligação com a história do universo X-Men.
O chefe do departamento da polícia organiza um comício para seguir a missão do professor Xavier e tentar criar a paz entre mutantes e humanos, mas durante o evento alguém ataca de surpresa destruindo a estátua comemorativa, deixando pistas que o Magneto foi o responsável. Mas será que foi mesmo ele!?
A missão principal do jogo centra-se basicamente em tentar descobrir o culpado.
Decisões que levam sempre ao mesmo sítio
Em X-Men Destiny não é possível jogar com as personagens mais conhecidas do universo da Marvel, apenas podemos escolher entre 3 personagens que vão descobrir e aprender a usar os seus novos poderes.
Podem escolher entre as seguintes personagens:
Grant Alexander, um universitário cujo sonho era tornar-se num jogador profissional de futebol americano;
Aimi Yoshida, uma jovem japonesa refugiada;
Adrian Luca, o filho de um homem poderoso que detesta mutantes… irónico.
Os poderes podem ser escolhidos em certos momentos pré-estabelecidos do jogo, maioritariamente durante grandes lutas, à excepção do início do jogo. Inicialmente temos três poderes-base:
Density Control, ideal para quem gosta de usar a força;
Shadow Matter, poder baseado principalmente em agilidade, tornando a personagem rápida nos ataques;
Energy Projection, como o nome indica, permite lançar projecteis de energia, óptimo para ataques de longo alcance.
Todos os poderes podem ser evoluídos com um sistema bastante idêntico ao God of War.
Para além da escolha dos poderes, as nossas decisões morais também são postas à prova enquanto estamos a dialogar com as personagens mais conhecida. Podem por exemplo escolher se ajudarão os X-Men ou os Brotherhood of Mutants, no entanto estas escolhas e decisões não afectam o jogo nem na história, apenas verão uma das partes a protestar por não os terem ajudado.
A escolha da personagem também não afecta directamente o jogo, terão as mesmas escolhas de poderes e os combates serão iguais, apenas muda o motivo da personagem e a estética da cada um.
Tudo ao molho e fé em…
X-Men: Destiny, apesar de ser considerado como um action-RPG, é mais correcto colocar ao lado dos jogos Beat em up. Tem os seus elementos de role playing mas são tão simples não fazem deste título um RPG.
Como as decisões não afectam directamente o jogo, depositámos a nossa esperança no sistema combate, mas infelizmente até aqui o jogo falhou tornando-se demasiado repetitivo. A humanidade vai acabar é só uma questão de tempo.
A mecânica é bastante simples, ataque normal, ataque forte e saltar… Basicamente terão de carregar loucamente nos botões sem qualquer estratégia.
Todas as missões do jogo baseiam-se em enfrentar um certo número de inimigos, 30 inimigos, 50 inimigos ou 100 inimigos, por vezes podem contar com a ajuda de um companheiro mutante.
Nota-se que a produtora Silicon Knights tem consciência no sistema de combate e tentou implementou um sistema de desafios (Challenges) onde terão também de derrotar uma série de inimigos, mas com algumas variáveis, como eliminar mais inimigos que Wolverine ou derrotar 100 inimigos dentro do tempo limite.
Ao ganhar os challenges serão galardoados com X-Gene.
Os Poderes… ou a falta deles
Ao longo do jogo podemos apanhar “collectibles” que desbloqueiam biografias, poderes e até os fatos das personagens mais conhecidas de X-Men.
Este é o único tipo de personalização que podem fazer na vossa personagem.
O jogo tem gráficos datados, no entanto não queremos dizer que é mau. As personagens estão bem modeladas, mas curiosamente Magneto tem um detalhe bastante melhor que as restantes.
Veredicto
Apesar de divertido no início, este jogo de X-Men, não trás nada de novo ao universo, é uma história totalmente paralela onde surgem as personagens conhecidas.
Poderão acabar facilmente em apenas 6 horas de jogo e sem intenção de voltar, a não ser que sejam fanáticos por troféus, sendo possível ganhar o troféu de Platina jogando apenas duas vezes o jogo.
Mais uns meses de produção e o jogo teria saído mais polido, não o colocava como um must-have, mas tornaria um jogo mais apetecível de jogar.
- ProdutoraSilicon Knights
- EditoraActivision
- Lançamento30 de Setembro 2011
- PlataformasNDS, PS3, Wii, Xbox 360
- GéneroAcção, Aventura
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Possibilidade de juntar a Magneto
- Monótono
- Para que servem as decisões?
- História paralela
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.