Análise: Call of Duty: Ghosts (Actualização PS4)

Com o lançamento da Playstation 4, seria de esperar que todos aqueles “senãos” que encontrámos na Playstation 3 fossem atenuados com o jogo Call of Duty: Ghosts. Vou-vos falar da minha experiência deste jogo na PS4 e se as diferenças entre as duas consolas alteram a sua pontuação.

Esta é uma actualização da análise feita na íntegra neste link. 

Há jogos que na PS4 brilham e têm uma beleza nunca antes conseguida nas consolas da anterior geração. Penso que é um enorme privilégio passar entre duas gerações de consolas para ver como, espremido, a PS3 nunca conseguiria chegar nem perto da PS4 em termos visuais. Depois de jogar este Call of Duty na consola anterior, pensei que iria mudar drasticamente a minha opinião porque, afinal, estaria a jogar em 1080p e com grandes performances. No entanto, a minha passagem pelo PC com este jogo não foi a melhor. Já tinha falado de como achei as animações e texturas algo datadas e como o excesso de explosões se tornava enfadonho.

Na Playstation 4 não foi feito um jogo novo. O que é bom e mau. É bom porque assim ninguém se pode queixar de ter uma versão inferior, mas mau porque numa consola nova, seria de esperar algo também novo. Não foi adiantado nada em comparação com o jogo que já tínhamos analisado.  Nem mesmo as funcionalidades da nova consola, com o comando Dualshock 4 são aproveitadas.

Ok! De facto, as texturas estão mais refinadas, há mais partículas no ar, as explosões são maiores… mas… em 1080p e a 60fps notam-se muito mais os defeitos das animações tantas vezes mal optimizadas. Sobretudo nas transições dos bonecos de corrida para estático ou vice-versa. Ou seja, o que é melhor numa consola de última geração, a excelente definição gráfica, acaba por trazer a descoberto os problemas do jogo e a pedir mais do mesmo.

Uma coisa que notei e que não gostei mesmo nada é da qualidade das sombras. São incrivelmente mal optimizadas com o famigerado efeito “serrote”, sintoma de baixa definição das mesmas (talvez para cumprir os 60fps?).

Para mostrar como este jogo está mais refinado graficamente coloco um vídeo feito pelo site IGN com comparações entre a anterior geração (PS3 e X360) e a PS4. Notem sobretudo a nível de cores e definição como o jogo está bastante melhor.

Desta vez na PSN consegui entrar sem problemas nas sessões online, algo que no PC tive algumas dificuldades por causa de problemas de matchmaking. Graças à estabilidade do serviço online pago da Playstation 4, jogar online no COD é algo perfeitamente identificável. É aqui que o COD vence, com a sua comunidade de jogadores mundial, onde a carreira online substitui a vida real. Gostei da fluidez da entrada em lobbies, sem soluços, e durante o jogo pouco ou nenhum lag. Nota-se que o jogo é leve para a consola. O que é um bom trabalho da Infinity Ward, sobretudo se pensarmos que o seu motor gráfico já tem uns valentes aninhos.

Todavia, nem tudo é ouro no modo online. Há erros e glitches para todos os gostos. Desde quebras nos mapas que permitem aos jogadores saírem dos mesmos (literalmente) e alvejar adversários de forma impune, armas desequilibradas e o famigerado “quickscope” que tira proveito do “auto-aim” das consolas para permitir aos mestres desta “arte” matar sempre com headshot sem qualquer perícia. Tradicional no COD.

Veredicto

É mais bonito. Tecnicamente continua falível mas é mais bonito, pronto! Se calhar para um jogo que vende milhões é o suficiente. Evolui-se graficamente o jogo e mantém-se o resto que é, mais ou menos, uma fórmula vencedora. Com tantos anos de Call of Duty, porém, os fãs começam a olhar de lado para as repetições e para jogabilidade quase infantil e repetitiva do jogo. E nem mesmo uma nova consola salvaria Call of Duty: Ghosts das suas falhas. Mas a bem do bom senso, em relação à análise original, aumento a pontuação do jogo para fazer jus ao seu “upgrade” gráfico na Playstation 4 e pela diversão do seu online. Não é muito, mas é justo.