Análise: EDGE
Originalmente desenvolvido pela Mobigame, e mais tarde adaptado para PC e MAC pela produtora Two Tribes, chega-nos EDGE… Bem, pelo menos para quem desconhecia completamente da sua existência, até popular, através dos smartphones. Este jogo de Puzzle/Plataformas, de apresentação peculiar, chega agora à loja virtual da Wii U com tudo incluído das edições anteriores vindo provar que um conceito simples, executado de forma habilidosa, uma banda sonora contagiante e bastante conteúdo não precisa de custar mais do que 2 euros.
A mecânica principal do jogo, ao longo da sua extensa gama de mais de 100 níveis, é mover um cubo de um ponto A através de uma superfície de obstáculos até um ponto B. Com cada nível completo, uma pontuação de S a D é-nos atribuída (sendo S a pontuação máxima). Esta avaliação provém de dois factores: o número de micro-cubos que apanhamos durante o percurso (senão todos), assim como o tempo de chegada que é fortemente influenciado pelo uso de atalhos e impulsionadores de velocidade.
Este conceito simples é aliado a um esquema de controlo que se resume basicamente ao D-Pad ou ao Stick esquerdo do Gamepad, na sua íntegra, onde apenas atribuímos direcções ao cubo. Na minha opinião, bastante melhor que o D-Pad virtual que tínhamos no smartphone e tablet que ficam muito longe de serem tão confortáveis quanto os controlos físicos.
Quanto a nível de design dos percursos, que são muitas vezes produzidos com bastante criatividade e apesar de uma aparência relativamente simples destes ambientes cúbicos e poligonais, a sua execução vai para além da sua estética visual. Ao longo dos vários níveis, deparamo-nos com plataformas instáveis, botões que accionam variados mecanismos como transformar o chão num robô, itens que nos encolhem o cubo, paredes que nos empurram, paredes que sugam e plataformas nas paredes. Paredes? Ah pois! Esqueci-me de avisar que também podemos “equilibrar” o nosso cubo momentaneamente na paredes, habilidade esta que, difícil de dominar, é a base para os níveis mais complicados. Um problema que vejo em EDGE é que ás vezes sentimos que com tanto espectáculo e movimento o jogo quase que se desenrola sozinho, principalmente nos primeiros níveis, diminuindo o nosso input quase ao mínimo dos mínimos. Felizmente estas alturas mortas entre desafios são executadas rapidamente e com uma excelente banda sonora. Quando digo excelente é porque acho que este jogo sem a banda sonora que tem não teria a mesma piada já que este é um dos casos em que a música faz praticamente metade do jogo.
O ponto crucial é que EDGE oferece um belo equilíbrio de apresentação limpa, um conceito simples e forte execução. A única desvantagem é que, às vezes, a visão da câmara fixa pode levar a quedas não intencionais no abismo. Contudo, como os checkpoints são tão frequentes, é um problema menor. Também é discutível se os jogadores menos qualificados vão ver muito do extenso nível de conteúdo oferecido, mas as acomodações generosas e execução aliciante pode ser suficiente para convencer esses jogadores a ampliar os seus horizontes nas tipologias de videojogos.
VEREDICTO
Com uma experiência de jogo simples , EDGE chega perto de fornecer a experiência perfeita face ao seu preço. Com uma apresentação simples e uma premissa básica de navegar um cubo através de um nível com um design inteligente mas desafiador, pode distanciar alguns jogadores menos apreciadores do género. Resumidamente, para quem só descobriu este jogo através desta análise já devia estar a atirar 2 euros á Wii U (não precisam de fazer isto, basta comprar virtualmente).
- ProdutoraTwo Tribes
- EditoraMobigame
- Lançamento21 de Novembro 2013
- PlataformasAndroid, iOS, Mac, PC, Wii U
- GéneroArcade, Plataformas, Puzzle
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Design Inteligente
- Preço
- Banda Sonora
- Dificuldade Inconsistente
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.