Análise: NES Remix 2 (Wii U)
“Mais uma moedinha, mais uma voltinha.” Remete assim a Nintendo com NES REMIX 2, a sequela ao carrossel nostálgico, novamente composto por uma excelente panóplia de clássicos de 8 bits que promete instruir, cultivar ou reviver verdadeiras experiências retro.
O primeiro NES Remix, que surgiu inesperadamente e praticamente quase sem ruído, acabou por revelar-se uma agradável surpresa na Nintendo E-Shop, ao misturar pequenos segmentos de clássicos com um toque da mecânica e espírito dos jogos WarioWare. Como o seu antecessor, NES Remix 2 oferece uma generosa selecção de títulos. Super Mario Bros 3, Zelda, Punch Out, Metroid e Kirby, são alguns dos títulos que voltam a ser dissecados em pequenos desafios individuais e remisturados colectivamente. Na visão geral, o leque de jogos disponíveis é mais reduzido em comparação com o volume anterior, mas em contrapartida, oferece um nível mais apurado, em termos de espírito Nintendo.
Apesar de jogarmos apenas pequenas porções de jogos completos, os designers conseguiram seleccionar uma espécie de best of de momentos que marcam a verdadeira essência destes jogos. Podemos assim, reviver ou experienciar pela primeira vez, numa perspectiva muito geral e de uma forma introdutória, o porquê da relevância destes títulos na história dos jogos de vídeo. Se o jogador quiser explorar mais sobre um determinado titulo, estes jogos estão individualmente disponíveis na Virtual Console para compra, dando a NES Remix 2 um toque de shareware, mas não de uma forma persuasiva.
É tudo muito viciante, mesmo muito viciante! A cada desafio que completamos, é desbloqueado o próximo segmento mas para poder jogar a novos títulos e ganhar os respectivos remixes é preciso ter uma boa classificação nos mesmos.
Classificações? É exactamente isso! No final de cada desafio, a nossa prestação é avaliada de 1 a 3 estrelas, as quais adicionamos a uma soma geral que nos permite desbloquear novos títulos. Cria-se assim um ciclo vicioso, onde nos vemos constantemente a regressar a segmentos onde achamos que podemos fazer melhor, para ganhar aquelas estrelas extra.
Os remixes acabam por ser o foco de toda esta experiência, onde jogos são adulterados de uma forma alegremente bizarra. Trocas de personagens, fundos texturizados e as misturas de mecânicas, transformam estes níveis na atracção principal. Podemos dar por nós a jogar toda uma porção, completamente às escuras, só com uma vida ou de cabeças para o ar e o melhor de tudo é que nenhum truque ou twist é usado excessivamente.
Contudo, toda a navegação entre jogos, apesar de lógica, acaba por ser um pouco lenta. Num jogo onde o jogador está sistematicamente a avançar passo a passo, essas pequenas pausas podem desmotivar um pouco a progressão. Todo o conceito é rápido e por isso o jogador entra num ritmo que é quebrado entre as pausas. Outro aspecto um pouco desapontante cai nas recompensas pelos pontos que vamos somando ao longo do tempo. Não é tanto pelas recompensas, mas sim pela falta de diversidade das mesmas. Basicamente tudo o que há para ganhar com os pontos são os carimbos que podemos usar nos comentários. Apenas isso, o que é no mínimo desapontante.
Super Luigi Bros é o bónus que nos é oferecido logo à partida. Com um nome pouco sonante, trata-se basicamente do mesmo jogo onde podemos “re-jogar” toda a aventura, só que desta vez da direita para a esquerda. Existe também a possibilidade de competir com outros jogadores, para descobrir o melhor jogador da Nintendo, num campeonato mundial que nos permite competir online.
Veredicto
Simplificando, NES Remix 2 é uma verdadeira sequela de sequelas, com uma selecção mais forte, remixes mais criativos e um ritmo melhorado. Apesar de alguns jogos parecerem ter recebido menos atenção, com menos desafios, o pacote global consegue ainda ser razoavelmente completo. Os jogadores que possam estar interessados numa lição de história interactiva, ou até mesmo aqueles que sentem um carinho especial pelos jogos da velha guarda da Nintendo, estarão certamente interessados e eu aconselho vivamente.
- ProdutoraNintendo EAD Tokyo indieszero
- EditoraNintendo
- Lançamento25 de Abril 2014
- PlataformasWii U
- GéneroArcade, Plataformas
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Muito Viciante
- Efeito nostálgico
- Boa selecção de títulos
- Fracas Recompensas
- Interface Lento
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.