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Análise: Nidhogg (PC)

Quase quatro anos depois de ser anunciado, esta utopia dos espadachins chega finalmente até nós para quebrar as rotinas do multijogador online e voltar a sentar-nos em conjunto no sofá lá de casa. A análise WASD chega agora!

Foi no mês de Abril, no ano de 2010, que ouvimos falar pela primeira vez de Raging Hadron, o jogo que viria a ganhar novo nome pouco depois e tornar-se conhecido por Nidhogg. Desenvolvido por Mark Essen, este jogo independente de combate com espadas manteve-se fora do alcance do público em geral para, muitas vezes, só ser apresentado em feiras e conferências sobre videojogos sem nunca ser lançado. Mark Essen foi, durante muito tempo, o único programador deste jogo e como tal demorou o seu tempo até aperfeiçoar a fórmula que tinha imaginado para Nidhogg, por entre outros jogos, outros projectos enquanto freelancer e aulas leccionadas na Universidade da Califórnia do Sul. Contudo, a partir de dado momento, Kristy Norindr juntou-se a Mark Essen. A programação do Nidhogg ganhou assim um novo ritmo que permitiu ao criador dedicar-se exclusivamente a afinar o seu indie. Isto enquanto Kristy trabalhava a parte da produção e, concretamente, tentava arranjar um músico de qualidade que pudesse contribuir para o projecto. Foi aí que apareceu Daedelus e a banda sonora original de Nidhogg.

No centro da jogabilidade de Nidhogg estão dois jogadores numa arena, tu e mais um jogador (ou se preferires um inimigo controlado pelo computador). Se matares quem a ti se opõe ganhas o direito de avançar. O problema é que o teu inimigo volta outra vez lá mais à frente. O confronto recomeça, e se perdes desta vez, recuas no terreno e perdes também o avanço que tinhas. Só que, desta vez, também tu reapareces. A fórmula repete-se, respawn após respawn, até chegarmos à multidão que nos congratula até sermos devorados por uma enorme minhoca. Aparentemente, vencemos.

O combate em Nidhogg é simples, seguras a tua espada numa de três posições. Podes agachar-te, podes saltar e podes ainda combinar movimentos para ataques mais elaborados como uma rasteira ou um pontapé após um salto. Eventualmente se o teu inimigo for a fugir podes atirar-lhe a espada numa desesperada tentativa de o parar. Se ele estiver no chão, parte-lhe o pescoço ou se ele correr na tua direcção tenta desarmá-lo.

Apesar de ter uma fórmula interessante, Nidhogg acaba depressa no modo de um só jogador. Menos de uma hora chega para atravessar o grupo de inimigos que se te atravessa no caminho. Como se não bastasse a curta longevidade, praticamente não alcançamos nada quando chegamos ao fim porque, para não variar, somos devorados por uma minhoca gigante.

E os combates até podiam ser interessantes, ou não fosse tão fácil saltar por cima de um inimigo. A partir do momento em que conseguimos ganhar a prioridade para avançar no cenário, basta saltar por cima do nosso adversário para seguir imparáveis até sermos, no final… Adivinhem… novamente devorados por uma minhoca gigante.

Veredicto

Não obstante, é no modo multijogador que Nidhogg é mais divertido. Duas pessoas sentadas no mesmo sofá a jogar já não é coisa comum nos dias que correm. É nestes momentos que o modo torneio é fantástico, alargando a experiência a 8 jogadores no total com direito até a uma tabela de competição. No entanto, quatro níveis não chegam para entreter o pessoal durante muito tempo e o aspecto artístico, ao estilo do velhinho Pitfall, não fascina o suficiente para compensar pelas faltas a nível de conteúdo. Nidhogg está disponível na Steam por 13.99€, um preço exageradíssimo para tão pouco conteúdo.

  • ProdutoraMesshof
  • EditoraMesshof
  • Lançamento13 de Janeiro 2014
  • PlataformasPC
  • GéneroAcção, Plataformas
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Minhoca gigante!?
  • Uma hora de campanha single-player para um fim pouco cativante
  • Saltar por cima é melhor abordagem que atacar
  • Preço exagerado

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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