Análise: Ratchet and Clank: Nexus
Já lá vão 11 anos desde que o mecânico de raça Lombax conheceu o seu amigo Clank no planeta Veldin. Juntos salvaram um planeta e marcaram o início de uma série repleta de humor, acção e plataformas! Depois de alguns altos e baixos na série, ambos regressam com Nexus, uma aventura que regressa às origens e ainda traz uma tonelada de ideias novas!
Seguindo os acontecimentos de A Crack in Time, a jornada começa com a simples missão de levar a perigosa Vendra Prog para a prisão. A nave acaba por ser interceptada por Neftin, que consegue evitar que a sua irmã gémea seja presa. Depois de serem deixados à deriva no espaço, a dupla Ratchet e Clank tem agora nas suas mãos a missão de procurar os dois irmãos e prendê-los antes que o pior aconteça.
Nexus serve como uma apresentação da nova trilogia, com um enredo muito bem estruturado que não fica nada aquém dos jogos anteriores, até muito pelo contrário… A história é o principal foco do jogo, com as motivações dos vilões e dos heróis bastante claras, existem ainda várias referências sobre os próximos jogos, colmatando a ideia que é o fim desta era de Ratchet and Clank.
Em termos de jogabilidade Nexus mantém-se fiel aos anteriores e a acção está mais sólida que nunca. Muitos erros conhecidos foram agora resolvidos e o sistema de upgrade das armas sofreu uma merecida actualização e é agora possível escolher em específico o upgrade de cada arma. Já que estamos a falar de armas, existem 12 armas diferentes: enquanto que a maior parte serve para infligir danos, algumas servem para distrair os inimigos ou até mesmo prendê-los em bolas de gravidade para depois acabar com eles. As novas adições ao arsenal são tão divertidas de usar como todas as outras da série, no entanto algumas são pequenas variações de algumas bastante familiares.
O humor continua intacto e é utilizado nos momentos certos, com armas que transformam os inimigos em bonecos de neve e piadas subtis que as personagens trocam no intercomunicador. Algumas personagens já conhecidas voltam, também elas, a marcar presença, como o tão (in)desejado Capitão Quark.
Entre as novas ideias, está a grande novidade de brincarmos com a gravidade. Ratchet tem agora três formas de desafiar a gravidade. Um dos métodos consiste em feixos de luz cor-de-rosa entre dois pontos, que no fundo fazem lembrar as pontes criadas no Portal 2; outro método tira partido das botas anti-grav, uma ideia usada por exemplo em Prey e que foi muito bem usada aqui, permitindo andar sobre plataformas metálicas estejam elas nas paredes ou nos tectos; por último, temos o divertido jetpack. Sim, já tinha aparecido antes mas não com a liberdade deste que nos permite um movimento vertical sem limites!
Contudo, Ratchet não é o único a ter novos brinquedos, Clank tem um segmento único, consegue explorar o Netherverse, uma dimensão alternativa onde a gravidade é ele próprio que controla. Estas secções são divertidos puzzles em 2D, alguns capazes de dar a volta à cabeça, e são uma boa forma de quebrar o gameplay da aventura principal.
Graficamente o jogo está no auge da série, como disse anteriormente, resolveram alguns problemas dos jogos anteriores e limaram todas as arestas, aprimorando o que estava menos bem e melhorando o que já estava bom. As cutscenes, por exemplo, têm uma qualidade digna de alguns filmes de animação e são capazes de chamar a atenção de qualquer um. Todo o jogo é bastante fluído, contudo, aconteceu-me ficar com a câmara presa em alguns objectos, criando ângulos mortos e deixando Ratchet a cair de precipícios.
Veredicto
O jogo acaba rapidamente, eu por exemplo demorei cerca de 5 horas, mas não senti que ficasse algo em falta. A narrativa consegue compensar a curta duração da jornada e ao acabar o jogo surge o novo modo New Game+, cheio de desafios, e certamente que ainda terão os colecionáveis para apanhar. O jogo é curto, mas tem muita profundidade! Um bom exemplo que horas a menos não é sinónimo de um mau jogo. Resta aguardar a nova trilogia na PlayStation 4!
- ProdutoraInsomniac
- EditoraSony Computer Entertainment
- Lançamento20 de Novembro 2013
- PlataformasPS3
- GéneroAcção, Aventura
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Qualidade das cutscenes
- Humor frequente, mas não exagerado
- Arsenal disponível
- Inteligência Artificial fraca
- Ângulos mortos que levam ao suicídio
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.