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Análise: Spelunky

Afinal de contas, enquanto todos pensavamos que o termo indie tinha origem na indústria independente, Spelunky vem contrariar tudo e provar que Indie vem mesmo de Indiana Jones. Esta é a análise WASD a Spelunky, um jogo onde nunca descobriste tudo. Descobre  agora porquê…

Speluking foi um termo que surgiu na década de 40 do séc. XX a partir de um grupo oriundo dos Estados Unidos e que se auto-intitulava spelunkers, um nome derivado do termo latino spēlunca que significa caverna. Este movimento dedicava-se precisamente à exploração de cavernas e o termo iria generalizar-se até ser, por último, associado a quem explorava cavernas de forma amadoresca com poucos cuidados com a segurança.

Pois bem, Spelunky vai-te ensinar que não deves entrar em qualquer caverna, de forma amadora, sem teres o mínimo de precauções com a tua segurança. Aventura-te sem cuidado neste jogo indie’ana e bem podes esperar um acidente. Spelunky é, para todos os efeitos, a versão Dark Souls dos jogos de exploração de cavernas. Cada passo tem de ser bem medido, cada ataque feito cautelosamente porque um salto fora de tempo pode significar uma morte inesperada que te faz perder tudo o que conseguiste até ao momento fatídico.

E para quem está habituado a repetir níveis vezes sem conta até conhecer cada canto, curva, buraco, Spelunky vai parecer-lhe diferente. Cada nível é gerado de forma aleatória tornando o nível 1-1 que jogares hoje completamente daquele que vais jogar amanhã. A novidade está sempre tão presente que até se sente o cheiro a novo.

Esta versão, embora baseada na da Xbox 360, traz uma enorme novidade impossível na plataforma da Microsoft que mais não é que a interactividade entre a Playstation 3 e a portátil Playstation Vita. Tudo possível com uma única compra na PSN. Tive a oportunidade de experimentar por casa a interactividade das duas plataformas e devo desde já dizer-vos que pode causar algumas discussões conjugais depois de algumas chicotadas mal calculadas ou de saltos em cima de cabeça alheia. A experiência é boa, recomenda-se e podes incluir mais dois amigos resultando [conteúdo explícito para maiores de 18 à frente] num menáge à quatre em Spelunky. Só é pena que não venha incluído, além do local multiplayer, o modo de multiplayer online.

Este indie’ana cumpre ainda o cliché da donzela em apuros que precisa de ser salva mas que, porque já estamos em 2013, podes customizar e colocar no seu lugar um cão ou um homem de tanga. E porque este estereótipo já aborrece [Mario e Luigi tapem os ouvidos, se faz favor] podes também optar por sacrificar a donzela para teu proveito, usando-a como isco para aranhas ou cobras ou, simplesmente, como escudo humano para armadilhas. Ó donzela, o teu sacrifício não será feito em vão! A glória espera-nos no final do nível e há sacrifícios que têm de ser feitos!

E se gostas de evoluir as capacidades das tuas personagens podes visitar a loja dentro de cada nível e: 1) comprar power ups; 2) ir-te embora porque não tens fundos suficientes para comprar nada; 3) ou roubá-los! E se a primeira e a segunda opção são seguras e não envolvem qualquer tipo de perigo para ti, na terceira e última opção está implicito que tenhas de sentir a cólera do vendedor. E aviso-vos desde já, o amigo não tem um feitio nada bonito e costuma andar bem apetrechado com carabinas. Afinal de contas, ele tem uma loja montada no meio de uma caverna cheia de bicharada e não é com Raid que matas aquelas aranhas.

A longevidade deste jogo é enorme. Não obstante, o jogo convida a que o jogues durante espaços curtos de tempo e voltes passado umas horas ou dias. Spelunky não é de todo um jogo que te ocupe uma tarde inteira mas sim um jogo de bons e curtos momentos. Jogos assim também fazem falta e se, por exemplo, ainda tens vintes minutos da tua hora de almoço não merece a pena começares um jogo de Assassin’s Creed ou Skyrim porque, muito provavelmente, não vais ter tempo sequer de acabar uma missão. Por isso, siga um nível de Spelunky?

Veredicto

A portabilidade da Vita traz ar fresco a Spelunky e para mim é onde este jogo funciona melhor. A portátil da Sony assume-se cada vez mais como uma consola onde os jogos indie’anas brilham como em nenhuma outra. O grande culpado poderá ser o fantástico ecrã OLED multitouch ou simplesmente a portabilidade que lhes assenta que nem uma luva. Se és daqueles que gosta de chegar a um jogo e ter sempre conteúdo fresco para experimentar, Spelunky é muito provavelmente o jogo para ti. Não te prendas com o nosso 7/10 e vai desencantá-lo na PSN. Só não contes ter a vida facilitada no meio de tanto bicho, armadilhas ou vendedores que não tomaram os comprimidos de manhã. De qualquer das formas não te preocupes, podes sempre atirar-lhes uma donzela em apuros à cabeça!

  • ProdutoraMossmouth
  • EditoraMossmouth
  • Lançamento27 de Agosto 2013
  • PlataformasPC, PS3, PS4, Vita, Xbox One
  • GéneroAventura, Plataformas
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Dificuldade
  • Não tem multiplayer online

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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