Análise: The Legend of Zelda: The Wind Waker HD
“Mas para que é que queres isso? já lá tens um em casa!” …era o que a minha mãe respondia quando lhe massacrava a cabeça por um brinquedo que aos olhos dela já tinha um parecido ou igual. Quando para mim, sabia que iria fazer toda a diferença. Esta é a situação com que se vão deparar quando estiverem na hora da compra da versão HD de um dos melhores jogos da década passada….isto para quem já o jogou. Para quem ainda não jogou ou só descobriu da existência do mesmo com este artigo…do que é estão à espera?! (não, atirar dinheiro contra o ecrã não vai funcionar)
O Legend of Zelda definiu um género ao longo dos anos, ao revolucionar o action-adventure, evoluindo assim com várias sequelas e plataformas, aclamadas pela crítica. Para muitos esta saga significa o pináculo de jogabilidade, unindo o design tanto estrutural como visual, sistema de controlo testados até à perfeição, ideias inovadoras e uma apresentação sempre única, e Legend of Zelda: Wind Waker reflecte tudo isto.
Com mais de 80 reviews positivas dos média e com uma pontuação de 96/100 no Metacritic, Wind Waker convenceu em 2003 até os mais cépticos com toda a sua maravilhosa apresentação em Cell Shading, que fora usada para tirar partido das capacidades da então Gamecube (Chegaram mesmo a colocar a alcunha de “Celda”). Criando um mundo oceânico gigantesco carregadinho de recantos para descobrir, mistérios para desvendar, tesouros para encontrar, mapas para decifrar, itens para coleccionar, ilhas para explorar, dungeons para sobreviver, enormes bosses para derrotar e mais, muito mais. Tudo interligado com uma história, que dentro da timeline da saga é a mais recente.
Link com a ajuda do seu barco auto denominado de King of Red Lions (sim porque o barco fala, só para saberem) exploram um vasto oceano para conseguirem salvar a irmã de Link, Aryll, que se encontra sobre a alça de Ganondorf. Para isso, Link precisa de recuperar equipamento e elementos da triforce para o derrotar. Para muitos a premissa mantêm se sempre a mesma, mas para quem não sabe, cada história do Legend of Zelda é passada em gerações diferentes, cada “Link” é apenas um descendente que é confrontado com o renascimento do mal, sobre a forma de Ganondorf. Por isso a história repete-se mas as mecânicas, apresentação e design mudam sobre o conceito base em todos os jogos. É nas suas mecânicas engenhosas de jogo que Wind Waker realmente nos ilumina, uma folha tanto pode servir para fazer de para-pente, como para afastar fumo, empurrar nos na direcção oposta numa jangada, apagar chamas ou desequilibrar inimigos voadores, tudo isto com apenas um dos objectos do inventário e com o factor mais importante de todos, ser intuitivo! Cada sala das dungeons apresenta um desafio sempre diferente que explora ao máximo todas as possibilidades de todo o arsenal de armas e equipamento que vamos adquirindo ao longo da aventura.
Claramente o foco desta aventura está na exploração, com uma área gigantesca de oceano para explorar e ilhas para descobrir, acreditem que terão pelo menos umas boas 30 horas de jogo e bem podem duplicar este valor para quem pretende completar todas as sidequests a 100%. De batuta na mão, a “Wind Waker” , controlamos a direcção do vento que influência o sistema de navegação e como outros instrumentos musicais nos outros jogos da saga, aprendemos músicas que podem alterar desde a altura do dia ou possuirmos outras personagens (ou até gaivotas). Com cenários fantásticos e um excelente passo, nunca existe um momento morto, existindo sempre algo novo para fazer…quantidade de vezes que exclamava: “Ah agora já posso fazer aquilo!” sempre que descobria algo de novo que podia fazer com um item, e tudo isto à mercê da experimentação. Todo o sentido de exploração é tão vasto que encontrar uma ilha com uma cabeça gigante de pedra a meio da noite, depois de andarmos perdidos no oceano e sobrevivido a uma tempestade, faz puxar a qualquer um o Robinson Crusoe que há em nós.
E o que tem de diferente esta nova versão? Em primeiro lugar não se trata de um mero port com simples tratamento para alta definição, mas sim uma reconstrução gráfica completa. Desde às novas texturas, Bloom effects, novos modelos e tratamento de luz, todo o jogo é deslumbrante. Se dantes tínhamos uma vontade insaciável de cortar toda a relva que graciosamente mexia com o vento, agora com os novos efeitos de luz é que não conseguimos resistir em ceifar cada tufo de relva que nos aparece à frente.”yahhhhhh!” Com o gamepad podemos jogar todo o jogo no ecrã do mesmo, como também o podemos utilizar para aceder ao inventário ou para consultar mapas e marcar rotas enquanto navegamos no vasto oceano. Outros acrescentos como uma vela para navegar mais depressa que só pode ser comprada em leilão e o tingle bottle (fornecido pelo nosso homem-fada favorito) que possibilita escrever mensagens em garrafas, atirando as ao mar, para outros jogadores as lerem, tornando este extra contextualmente genial. Existe também para quem achou o jogo original fácil (basicamente toda a gente), o Hero Mode, uma nova dificuldade. O único senão é que após muita especulação não foi acrescentado nenhum elemento estrutural novo… que sinceramente não era preciso que em termos de conteúdo já é bastante.
Veredicto
“Tenho o jogo original e achei o jogo brilhante devo comprar a versão HD?” …Sim! “Nunca joguei o jogo e tenho algum interesse neste Legend of Zelda devo comprar esta versão HD?”…Definitivamente sim!! (já disse para pararem de atirar dinheiro ao ecrã!)
- ProdutoraNintendo
- EditoraNintendo
- Lançamento20 de Setembro 2013
- PlataformasWii U
- GéneroAcção, Aventura
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Tratamento de conversão gráfica impressionante
- Todo o design do jogo continua actual
- Interacção com MiiVerse contextualmente inovadora
- Apesar de quase perfeita esta versão não acrescenta novo conteúdo
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.