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Análise: The Walking Dead: Season Two

Não é todos os dias que temos o direito de ver como é um mundo devastado por zombies através dos olhos de uma criança. Estará Clementine, enquanto personagem, pronta para manter a fasquia alta que Lee Everett havia estabelecido? A análise a ‘All That Remains’, o primeiro episódio da segunda temporada de The Walking Dead, pela mão da Telltale Games, aqui e agora.

A segunda temporada de The Walking Dead, num retorno da adaptação do universo de Robert Kirkman ao mundos dos videojogos pela mão da Telltale Games, é marcado pelo assumir do papel principal pela pequena mas forte Clementine. Depois de nos despedirmos de Lee Everett, no final da primeira temporada com o interlúdio de 400 Days pelo meio, está na hora de esta história levar uma nova viragem com novas personagens mas também com o retorno de algumas antigas.

A jogabilidade continua a mesma que já define os jogos da Telltale Games: o simples mas eficaz point-and-click. Todos aqueles que jogaram a primeira série de episódios de The Walking Dead, assim como o primeiro episódio de The Wolf Among Us, já conhecem os comandos e podem esperar igual nesta segunda temporada. Os outros que ainda não experimentaram mas ainda se lembram como funcionavam os antigos point-and-click, como Broken Sword: The Shadow of the Templars (que recentemente conheceu uma nova sequela) ou Gabriel Knight, podem ver aqui um regresso do estilo que tanto adoravam e que, felizmente, nos últimos tempos tem conhecido tão bons retornos. O estilo ‘comic book’ dos anteriores jogos também continua presente com ligeiros melhoramentos no motor gráfico que, diga-se, já funcionava perfeitamente, exceptuando alguns ligeiros bugs.

A história de Clementine pega precisamente onde a anterior temporada havia terminado com a pequena protagonista a ser acompanhada por duas personagens que já conhecemos mas que não vou desvendar quais são. O mundo apocalíptico repleto de zombies de Robert Kirkman, também ele, continua como o conhecemos: duro e implacável. Uma mera distracção ou um simples baixar de guarda é sinónimo de uma morte ou de danos irreparáveis. Curiosamente, temos ainda direito a um momento surpreendente ‘à Rambo’ protagonizado pela pequena Clementine.

Preparem-se para muitas surpresas porque o enredo está cheio delas. Sempre que pensamos que estamos descansados ou a viver um momento mais calmo há algo que nos surpreende e nos volta a agarrar ao ecrã. A trama está muito bem escrita e todas as emoções parecem aumentadas quando as vivemos através do olhar de uma criança. Clementine é obrigada a tomar decisões difíceis, por vezes cruéis mas necessárias.

Infelizmente, este primeiro episódio peca também pela sua pouca longevidade. Todos os momentos passados nele são fantásticos mas acabam demasiado cedo. A primeira parte desta temporada dura pouco mais de 100 minutos. A boa notícia é que, quem compra o Season Pass, tem direito aos restantes quatro episódios que serão lançados durante o ano de 2014, como acontece com The Wolf Among Us, e nos quais as nossas escolhas actuais terão implicações directas. Prometemos, por isso, ir actualizando esta análise à medida que os episódios forem saindo.

Veredicto

A nossa curiosidade fica desperta depois deste ‘All That Remains’, enquanto mais episódios não chegam. Clementine veio para ficar e este primeiro episódio é disso exemplo. A sua personagem está extremamente bem escrita, é forte e assume as rédeas com afinco depois da despedida de Lee Everett. Daqui para a frente a história vai complicar-se mas esta continua a ser, sem dúvida, a melhor adaptação da banda desenhada de Robert Kirkman. A série da AMC que se cuide. Não obstante a falta de inovações nesta segunda temporada, The Walking Dead faz-se valer das suas já fortes armas que transitam da anterior. A fórmula mantém-se e o valor da série igualmente. Citando o grande Zeca Afonso: “Venham mais cinco!”

  • ProdutoraTelltale Games
  • EditoraTelltale Games
  • Lançamento17 de Dezembro 2013
  • PlataformasiOS, Mac, PC, PS3, Vita, Xbox 360
  • GéneroAcção, Aventura
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Primeiro episódio termina após pouco mais de 100 minutos

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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