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Análise: Zelda – A Link Between Worlds (3DS)

The Legend of Zelda tem a sua própria lenda, conta-se que Miyamoto teve a ideia para a épica aventura de Link enquanto abria e fechava as gavetas da sua secretária, desejando que cada uma tivesse um pequeno jardim. À primeira vista parece não ter qualquer relação com o jogo, mas numa análise mais profunda, revela como surgiu a simples estrutura do jogo.

Link estreou-se na Nintendo em 1986, um humilde rapaz, de poucas palavras e sempre com a sua túnica verde e um chapéu pontiagudo. Avançando no tempo, damos por nós, 27 anos mais velhos e com mais 17 jogos onde Link ainda é o protagonista. Todos eles conseguem ser melhores que o anterior e A Link Between Worlds não é excepção!

O jogo tem lugar alguns séculos mais tarde, depois dos acontecimentos de A Link to the Past (SNES, 1991) e há várias referências narrativas que o mencionam. De facto, o mapa usado em A Link Between Worlds, é em grande parte o mesmo, com algumas alterações para mostrar como o tempo passou e também para o adaptar à jogabilidade do novo jogo. A sensação déjà vu é notória da primeira vez que entramos no jogo e a aventura começa quando o jovem Link acorda na sua casa, já atrasado para o seu trabalho como ferreiro aprendiz, para depois de se cruzar com Yuga, um dos seus recados se tornar numa épica aventura para salvar Hyrule.

Nas primeiras horas de jogo parece que estamos a jogar um remake e não é claro que exista algo de novo. Contudo, depois de um dos primeiros encontros com Yuga, Link ganha a habilidade de se fundir nas paredes e, a partir daqui, o jogo ganha outro rumo. A possibilidade de Link se colar nas paredes como se de um desenho tratasse, é a principal novidade do jogo uma vez que toda a aventura se passa numa vista aérea (um toque genial da Nintendo) e, por conseguinte, a maior parte dos segredos estão escondidos até trocarmos para 2D.

Mais importante, esta habilidade é usada para resolver muitos dos puzzles presentes no jogo, ao mesmo tempo que aprendemos a passar entre grades ou a passar entre plataformas. Posso dizer, sem qualquer hesitação, que A Link Between Worlds é o jogo com as melhores masmorras da série Zelda.

Ao contrário dos outros Zelda, podemos visitar as masmorras pela ordem que desejamos. Assim que chegamos à quest principal no mundo alternativo de Lorule, onde a princesa se chama Hilda, são-nos indicadas 7 masmorras que devemos “limpar”. A partir daqui decidimos onde queremos ir.
Algumas das masmorras necessitam de determinados objectos que são caríssimos de adquirir e é aqui que entra outra novidade, a mecânica de aluguer.

Muito cedo na aventura Link conhece Rovio que lhe empresta o seu arco de forma grátis. No entanto, se morrermos Rovio recupera o seu utensílio e temos de pagar se o quisermos emprestado de volta. Ao longo da aventura vão surgindo os novos itens que Rovio possui e que serão necessários para progredirmos mas como são caríssimos de adquirir acabamos por alugar. A tensão quando estamos com pouca vida é considerável, e não há qualquer medo da morte, apenas de perder tudo o que temos no nosso inventário.

O único aspecto negativo que tenho a dizer das masmorras, são os bosses. Na minha opinião, fáceis demais quebrando o standard do que conhecemos da série Zelda. Eventualmente, porque as dimensões restritas do cenário impedem a produção de batalhas mais memoráveis.

Veredicto

Zelda: A Link between Worlds é uma brisa de ar fresco, com uma curiosa mistura entre o velho e o novo, com ambos a funcionar em harmonia. Acerta-nos em cheio na nostalgia, mas sempre a pensar no futuro e em melhorar cada jornada que entramos de espada em punho. É curioso como cada aventura de Link, seja ela em 2D ou 3D, é sempre épica e memorável. Um jogo obrigatório para qualquer possuidor de 3DS.

  • ProdutoraNintendo
  • EditoraNintendo
  • Lançamento22 de Novembro 2013
  • Plataformas
  • GéneroAcção, Aventura
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Aventura épica, mas fácil
  • Bosses são derrotados sem dificuldade

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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