Boas Festas do WASD

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Estamos naquela altura do ano em que as prendas e os jantares de família vão ocupar a maior parte do vosso tempo. Chegou também a altura da nossa retrospectiva e dos nossos votos de Boas Festas.

Como já dissemos umas quantas vezes, 2023 foi (e ainda está a ser) um ano de recuperação. Todavia, essa recuperação só está acontecer num sentido muito claro: as empresas de produção e edição de videojogos precisam lucrar para compensar os anos de investimento durante a pandemia. Nesse período, houve uma clara tentativa de manter e até de expandir postos de trabalho, apostando sobretudo no trabalho remoto. Veio este ano e as empresa tiveram claramente de entrar numa contracção que resultou em milhares de despedidos em várias empresas como a Ubisoft, Epic Games, Frontier Developments, Bungie, 505 Games, Codemasters, entre outros, o encerramento de estúdios como a Volition ou Free Radical ou restruturações profundas como estão a acontecer no Grupo Embracer, na Unity ou na Electronic Arts.

Há muitas “culpas” apontadas em todas as frentes. Os funcionários despedidos culpam as administrações por má gestão ou falta de planeamento, o mercado culpa as más prestações de alguns dos jogos mais esperados deste ano e as próprias empresas chegam mesmo a culpar os jogadores e suas preferências. Este é um jogo em que ninguém assume culpas e, sinceramente, apontar dedos torna-se irrelevante. Neste ano, tivemos jogos fantásticos, sim, mas também jogos deploráveis, revelando uma certa fraqueza criativa que parece favorecer cada vez mais a quantidade em vez da qualidade.

Passando em revista os nossos Jogos do Ano 2023, este foi, sem dúvida, o ano de Baldur’s Gate III, revelando-se muito robusto em toda a sua oferta, catapultado para os lugares cimeiros como um dos melhores RPGs de todos os tempos. E em certas categorias, foi mesmo complicado eleger um vencedor, numa demonstração que, de facto, foi um tempo para as empresas respirarem de alívio relançando este mercado, só mesmo menos positivo pelos problemas que falamos acima.

Este também foi um ano em que fica mais que confirmado que os grandes eventos presenciais estão a perder tracção entre as grandes empresas. A grande Electronic Entertainment Expo (E3) voltou a não acontecer neste ano e duvidamos que uma próxima edição seja possível, pelo menos não nos moldes em que foi em tempos. Por cá, a Lisboa Games Week 2023 também reflectiu uma certa apatia geral das maiores empresas, não ajudando que a MEO XL Party no Norte acontecesse na mesma altura. Apenas nunca esperámos que o (ainda) maior evento nacional de videojogos fosse tão pouco participado neste ano.

Vendo os anúncios dos The Game Awards 2023, estamos confiantes que o próximo ano será um de restabelecimento de normalidade. É bem provável que a onda de despedimentos e restruturações tenha entrado numa pausa até ao final deste ano fiscal (no final de Março) mas não deverá ficar por aqui. Jamais podemos dizer que não iremos ter mais adiamentos, cancelamentos ou lançamentos aquém do desejado em 2024. Mas, há que manter um espírito positivo.

Queremos mesmo que o próximo ano continue a ser um de crescimento. Esperamos ver mais dos jogos mais aguardados e até de novos projectos e ideias que estejam na forja. Também queremos ver novo hardware, como uma possível nova Xbox Series “slim” e uma sucessora da Nintendo Switch, ambas nas listas de rumores. Seja lá o que 2024 reserve, cá estaremos para revelar e comentar o que aí vem.

Por fim, o destaque mais importante deste ano. No 13º Aniversário, o WASD estreou um novo logótipo, um novo site e toda uma nova filosofia. Estamos confiantes que iremos apresentar mais e melhor conteúdo para 2024 e já prometemos novas funcionalidades neste site, assim como uma nova experiência a caminho. Tudo envolve tempo que precisamos para criar, aprimorar e testar tudo como deve ser. Estejam por aí, porque tudo o que fazemos, é sempre para vocês.

O WASD deseja-vos um Feliz Natal e um óptimo 2024 na companhia dos que mais amam.

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