Bungie recebe ódio por causa de Destiny: The Taken King

umaddestiny

Já tivemos a “febre” de Destiny aqui na redacção do WASD. A repetição com ilusão de diferença, porém, afastou-nos lentamente das diversas noites a jogar para ganhar mais uns motes of light ou comprar uns shaders. O novo DLC The Taken King anunciado na última E3 pode ter reavivado o interesse dos fãs, mas, certamente, também nos relembrou que, acima de tudo, a Bungie gere um negócio.

Muita gente perdeu o interesse em jogar Destiny. Apesar da promessa da Bungie de um jogo “vivo” que iria sendo actualizado em conteúdo, as novidades prendem-se quase sempre com missões, em tudo semelhantes (em mapas e objectivos), com rotação diária ou semanal no modo PvP ou PvE e onde só muda o grau de dificuldade. Mesmo os DLC podem ser rodados em poucas horas entre as missões de campanha e multi-jogador. O que faz muita gente jogar é o chamado “grind” para conseguir pontos e bónus para evolução das personagens. Isso faz com que muitos se agarrem ao jogo… mas outros afastem-se.

Aquando do lançamento dos dois DLC anteriores (The Dark Below e House of Wolves) o jogo viu brevemente uma reposição da sua popularidade original. No entanto, pouco depois, o interesse voltou a desaparecer. O anúncio de um novo DLC parecia ser a resposta esperada por muitos, mas eis que a Bungie e a Activision prepararam uma surpresa desagradável.

Apesar de The Taken King ser descrito como “a maior expansão para o jogo”, o seu preço (na ordem dos 40$ dólares) é apenas o dobro dos anteriores DLC (ambos na ordem dos 20$ Dólares). Pior que este valor, que até fica diluído no pacote Legendary Edition (por 80$ Dólares), é o facto do Passe de Época (Season Pass) não servir para este DLC. Esse passe, que todos puderam comprar desde o dia de lançamento do jogo original, apenas contempla os dois primeiros pacotes de extras, fazendo com que o seu nome seja, para todos os efeitos, publicidade algo enganosa. Não havendo previsão na altura deste terceiro pacote, trata-se, assim, de um simples bundle de desconto nos dois primeiros DLC (menos 5$ Dólares). Isso não invalida, porém, que os fãs se sintam enganados, com alguma razão, diga-se

Ora acompanhem-me neste raciocínio. Um passe de época… é um produto adicional comprado para adquirir todos os DLC futuros, logo que sejam lançados, a um preço promocional. Todos os outros videojogos que têm Passes de Época funcionam dessa forma. Só que a Activision decidiu que o original passe de época não serviria para este DLC, tornando-o tão caro como os dois DLC anteriores juntos e não permitindo, até ver, sequer um desconto no valor, para os fiéis que compraram o jogo com o passe de época ou as edições especiais. E, já agora, se juntarmos tudo, os DLCs são mais caros do que o jogo original.

É claro que os fãs de Destiny estão aborrecidos. Numa era em que algumas empresas estão a lançar DLC baratos ou até grátis (CD Projekt RED com The Witcher 3), não só este DLC parece excessivamente caro, como é injusto para os fãs que suportaram o jogo, sobretudo perante inúmeros problemas e erros de lógica de jogabilidade, alguns deles que não foram resolvidos.

Tanto os fóruns da Bungie, como as páginas públicas onde se publique qualquer informação de The Taken King é rapidamente inundada por comentários negativos e textos prontamente copiados com um protesto genérico. Isto pode ser visto como um efeito negativo, mas, na realidade, até nem é. Significa que a legião de fãs do jogo se mantém fiel e na expectativa que a Bungie os ouça.

E, aqui para nós, qual é a recompensa de jogar Destiny ao fim de tantas horas? Já falámos no Grind para evoluir e atingir níveis altos de reputação. Fora isso, o jogador irá jogar o mesmo nível, vezes sem conta, com as mesmas consequências, ao ponto de saber de cor onde cada inimigo surge, onde está cada artefacto. A ideia de que o jogo gera eventos aleatórios, é pura ilusão uma vez que entre Raids e Strikes, só muda o grau de dificuldade. As recompensas são pequenos bónus de armas e armaduras de valor irrelevante que servirão para destruir e evoluir outras armas e armaduras.

Além da camaradagem e dos bons momentos a jogar em equipa para conseguir terminar Raids, cuja dificuldade roça o ridículo nalguns casos, pouco mais há para festejar em cada vitória do jogo. Um shader para colorir a armadura, um troféu ou dinheiro virtual do jogo para comprar um banner decorativo.

… sic gloria Destiny… 

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