A controvérsia dos “shaders” em Destiny 2
Como qualquer novo jogo com novas ideias e novas dinâmicas, Destiny 2 está a ser alvo de alguma contestação. Não, não estamos a falar dos problemas técnicos verificados no arranque. Nem estamos a falar de nenhuma medida radical da produção. São os… shaders…
Ainda nos recordamos quando as discussões em volta dos jogos eram relacionadas com a jogabilidade, balanceamento ou com erros técnicos. Hoje em dia, porém, parece que tudo pode ser alvo de polémica. E quem diria que seriam os itens de modificação cosmética que seriam alvo de controvérsia entre os fãs.
Em causa está a decisão da Bungie de tornar os shaders itens de uso limitado, vulgarmente chamado de “consumível”. Se já chegaram ao fim do modo de história, ou estão perto, já deverão receber este bónus. Trata-se de um item para “pintar” o equipamento com padrão de cores ou decoração.
Os shaders eram comprados ou ganhos em jogo no primeiro título, podendo pintar o uniforme completo da personagem ou guardar no cofre as vezes que desejássemos. Em Destiny 2 o seu uso é agora, não ao fato todo, mas usado em peças individuais e até nas armas, tendo apenas um punhado de utilizações até que se extingue do inventário. E esta dinâmica não agradou aos fãs.
Os fóruns e redes sociais relacionados com o jogo foram inundados com reclamações e indignação. Sim, indignação… Por um lado, os shaders são dados directamente, muitas das vezes através de bónus de tarefas, mas também por descodificação de engrams. Ora, estes engrams tanto podem ser também ganhos em jogo como comprados através micro-transacções (Bright Engrams). A ideia que prevalece é que um artigo que foi outrora gratuito e muito popular, está agora esgotável talvez de forma a puxar as micro-transacções.
A controvérsia assumiu tal dimensão que a própria Bungie teve de reagir aos comentários com uma explicação detalhada sobre o motivo da sua decisão. O director creativo Luke Smith decidiu explicar via Twitter os motivos que levaram a esta decisão:
Shaders are earned through gameplay: leveling, chests, engrams, vendors. We expect you’ll be flush w/ Shaders as you continue to play. (1/4)
— Luke Smith (@thislukesmith) September 7, 2017
When you reach level 20, Shaders will drop more often: vendor rewards, destination play and endgame activities. (2/4)
— Luke Smith (@thislukesmith) September 7, 2017
Shaders are now an ongoing reward for playing. Customization will inspire gameplay. Each planet has unique armor and Shader rewards. (3/4)
— Luke Smith (@thislukesmith) September 7, 2017
With D2, we want statements like “I want to run the Raid, Trials, or go back to Titan to get more of its Shader” to be possible. (4/4)
— Luke Smith (@thislukesmith) September 7, 2017
Ou seja, não há motivo (aparente) para pensar que a Bungie está a puxar a compra de itens via PSN ou Xbox Live. A ideia é que os itens serão muito mais frequentes e em maior quantidade que no primeiro jogo, podendo até repetir-se algumas vezes se voltarmos às mesmas áreas ou modos de jogo com shaders próprios em oferta.
Não será propriamente necessário comprar Bright Engrams para pintar fatos ou equipamento. Havemos de ganhar imensos shaders para o fazer. Até porque a compra destes engrams especiais não garante mesmo o shader que queremos. É algo aleatório.
Perante a insatisfação dos fãs, é bem possível que a Bungie venha alterar este esquema de personalização. Por outro lado, a sua nova lógica parece bastante justificável e não há real vantagem em regressar ao modelo do primeiro jogo. Veremos o que vai decidir fazer nos próximos dias.
E é inevitável franzir um sobrolho perante esta discussão. Compreendemos que a personalização é um ponto muito importante para muitos jogadores. Há muitos títulos com esta premissa, oferecendo robustos menus criadores de personagem, com roupas, armas e outros itens para coleccionar. É um factor de atracção decisivo, que resulta no interesse do jogador de se individualizar em jogo. Talvez por isso, os jogadores tenham dado tanta importância ao assunto. Mas, terá tanta importância assim?
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