Crash Bandicoot encontra uma nova casa na Nintendo Switch

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Lançado no ano passado para a PlayStation 4, Crash Bandicoot N. Sane Trilogy já chegou a outras plataformas. O remake dos primeiros três jogos da lendária série Crash Bandicoot p pela mão da produtora Vicarious Visions chegou também à Nintendo Switch.

O marsupial mais famoso dos videojogos já foi, em tempos, uma imagem de marca para a Sony. A sua ligação estava de tal forma intrínseca na primeira PlayStation que foi considerado como uma mascote. Este remake lançado em 2017 foi incrivelmente bem sucedido na PS4, liderando tops de vendas um pouco por todo o lado, como um exclusivo de peso para a consola da Sony. Mas, os tempos mudaram e, agora, N. Sane Trilogy foi também lançado para as demais plataformas. E hoje vamos falar na versão da Nintendo Switch. Isto porque esta é uma plataforma tecnicamente inferior às restantes em que o jogo foi lançado. Como tal, queremos saber como se comporta na portátil da Nintendo.

Na nossa análise original, então na PlayStation 4, dissemos que “este é uma excelente regresso ao passado, com uns ajustes visuais de encher o olho”. E a verdade é que esta trilogia é uma autêntica viagem ao passado, directamente para as nossas memórias de 1996. Tem, de facto, um estilo artístico mais moderno mas mantém toda aquela jogabilidade e mecânicas de colisão da trilogia original.

O que surpreende na Switch é como o jogo é a sua fluidez. Mas esse deslumbre cedo se perde quando vemos que tem um preço algo elevado a pagar. Para ter tão boa performance, a resolução foi limitada para 720p, tanto em modo portátil como ligado à televisão. É uma queda significativa de resolução, quando comparado, por exemplo, com a PS4. Chega mesmo a remover algum detalhe e notam-se algumas cedências ao nível das sombras e da qualidade das texturas. Crash, por exemplo, perdeu todos os seus pelos.

E apesar destes sacrifícios visuais, mesmo assim, não parece haver margem para muito mais. E isso torna-se evidente no facto do jogo estar bloqueado nos 30 fps. O lado bom desta limitação, é que não possui qualquer quebra ao longo dos três jogos. Sabemos que a Switch é uma plataforma consideravelmente menos poderosa e já se esperava este tipo de limitações. Pode não ser a versão com melhor aspecto mas, é francamente estável e proporciona uma boa jogabilidade. E há outros benefícios de jogar esta trilogia na Switch.

Para começar, há novo nível em Crash Bandicoot 3 Warped! intitulado de Future Tense. Este nível tem um tema idêntico aos níveis futurísticos do terceiro título mas, ao contrário do nível Stormy Ascent que a produtora lançou como DLC na PlayStation 4, este outro foi inteiramente criado pela Vicarious Visions, como um tributo ao marsupial e usando tudo o que aprenderam ao longo da produção. O nível em si é bastante inteligente mas, em termos de dificuldade, é mais acessível que o Stormy Ascent. É uma agradável adição, principalmente para os jogadores que precisam de justificar voltar a percorrer os três jogos.

Nesta versão em particular, o mais me causou apreensão eram os controlos. Felizmente, foram muito bem afinados para a Switch e não houve qualquer problema. Quando tiverem a jogar o primeiro jogo, não culpem os controlos pelos vossos falhanços. Este jogo continua tão difícil como o original. Os saltos são imperdoáveis como sempre, o que leva a uma dificuldade mais acentuada com os inimigos e obstáculos cada vez mais difíceis. A Switch não tem culpa neste caso.

Crash Bandicoot 2 e 3, corrigiram estes pequenos problemas e oferecem níveis mais acessíveis em dificuldade e também uma melhor estrutura. Os checkpoints ajudam a familiarizar-nos com os obstáculos e as mecânicas não são tão punitivas. Estes dois títulos têm ainda uma maior variedade de níveis, com corridas de jet ski ou em cima tigres e ursos polares. E, como sempre, existem imensos coleccionáveis e segredos para descobrir. Será, quanto a mim, a melhor parte de (re)jogar esta trilogia na Switch. Sobretudo, por causa do tal nível exclusivo desta consola.

Com Crash Bandicoot N.Sane Trilogy, terão acesso aos três clássicos da primeira PlayStation, agora a ganhar um nova vida na Nintendo Switch. Há compromissos visuais notórios, mas terão uma performance francamente estável, o que com hardware menos potente da pequena Switch é um feito. Tem até um novo nível exclusivo para vos convidar a jogar novamente. Mas, quem é que precisa de justificações para voltar à companhia do marsupial laranja?

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