E3 2015 – Rescaldo de um evento

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A Electronic Entertainment Expo (E3) deste ano foi, como seria de esperar, palco de algumas novidades e de alguns desapontamentos. Todos os anos é assim. O hype é gerado, há algumas surpresas, mas também muita coisa que não acontece. Vamos resumir em poucas linhas o que foi a E3 deste ano para cada um dos membros da redacção do WASD.

Todas as opiniões são de cada um dos redactores e da sua inteira responsabilidade. 

Ivo Pereira

A quantidade de rumores e fugas que surgiram antes da E3 acabaram por elevar as expectativas e, verdade seja dita, foi uma excelente E3.
Como destaque quero falar de Star Wars Battlefront, o jogo que eu mais esperava ver nesta edição e impressionou-me como a DICE conseguiu replicar todos os sons e modelos desta saga. Ainda mais impressionante, foi o facto de terem recriado a emblemática batalha de Hoth. 

O jogo mais inesperado nesta E3 foi o Horizon da Guerrilla Games, com uma ideia original por trás e um grafismo acima da média. A PlayStation tinha alguns trunfos guardados, nomeadamente com o remake de Final Fantasy VII e o Shenmue. Os trunfos funcionaram muito bem, depois da Microsoft ter mostrado o quanto está empenhada na sua Xbox One, com a retro-compatibilidade ao virar da esquina, novo comando e claro as suas magníficas sequelas.

Por muito contente que tenha ficado por ver o Need for Speed, achei a jogabilidade um pouco duvidosa. A Ubisoft, apesar de continuar a apostar naquela apresentadora, também nos trouxe uma excelente surpresa com o seu novo Ghost Recon. Por fim, não posso deixar de falar de Uncharted 4, com uma qualidade que a Naughty Dog já nos habituou. 

Jogo do Evento
Star Wars: Battlefront

 

João Pinto

Não posso deixar de colocar Fallout 4 no topo. O jogo que foi anunciado mesmo antes da feira E3 teve enorme destaque no evento e não é de estranhar. Também gostei de ver a Ubisoft honrar a série Ghost Recon e mostrar finalmente o fantástico The Division.

É sempre bom ver franchises bem recuperados como Just Cause 3, Rise of Tomb Raider, Hitman e Deux Ex: Mankind Divided, numa Square Enix de parabéns. A Electronic Arts soube fazer bem o seu papel promovendo os seus IPs do costume, com claro destaque para o regresso de Mirror’s Edge: Catalyst e de Star Wars: Battlefront.

A Playstation esteve bem com bons títulos, alguns exclusivos. Gostei de ver o nível de importância (merecido, quanto a mim) de No Man’s Sky, um jogo que ainda vai dar muito que falar, espero. A apresentação de Final Fantasy VII Remake foi uma clara manobra para eclipsar a concorrência. Bem sucedida, diga-se.

O meu principal destaque, porém, vai para a Microsoft e a sua dedicação à Xbox One que em breve vai ter Forza 6, Halo 5, Gears 4, além de retro-compatibilidade com a X360, integração com Windows 10, um novo comando cheio de estilo, enfim, grande investimento na sua consola.

A Valve não apareceu (não estava previsto) e não tivemos a notícia que mais queríamos… 2016?

Jogo do Evento
Fallout 4

 

Miguel Guerra

Após começar a todo o gás com as conferências da Bethesda, da Microsoft, da EA e da Sony, a E3 deste ano acabou a definhar ontem com a Nintendo e Square Enix com poucas ou nenhumas surpresas. No caso da última, chegou até a provocar dissabores aos fãs mais aguerridos.

Este foi o ano de Star Wars Battlefront, de longe o título com melhor aspecto desta E3. Este não é apenas um Battlefield com um tema novo, a produção deste Battlefront parece ser do melhor que já se viu a nível de lealdade ao seu material original. Viver a batalha de Hoth nunca foi possível na forma que a EA nos mostrou no final da sua conferência.

A Square Enix deixou fugir da sua conferência, para a da Sony, a maior revelação que poderia trazer a esta E3 – o anúncio do remake de Final Fantasy VII – e ainda cometeu o grave erro de perder tempo precioso da sua conferência mostrando novamente o mesmo trailer sem introduzir qualquer tipo de novas informações.

Também a Nintendo, depois de um excelente ano de 2014, entrou nesta E3 2015 a pensar que eram “favas contadas”. algo que levou os fãs a uma reacção tão péssima que, hoje, o próprio Satoru Iwata veio pedir desculpas pela conferência. Para o ano há mais oportunidades!

Jogo do Evento:
Star Wars Battlefront

 

Filipe Fernandes

A apresentação de Fallout 4 não deixou ninguém indiferente. Um dos títulos mais antecipados teve um espaço merecido de destaque nesta E3. Não se falava de outra coisa, mas foi impossível não sentir uma “perturbação” na Força. Algo estava iminente e na conferência da EA ficámos a saber o que era. Star Wars Battlefront chegou, viu e venceu. Uma armadilha onde todos caímos e que a todos arrebatou. Foi impossível não ficar “seduzido” por tudo o que este título a cargo da DICE nos mostrou. Um vídeo verdadeiramente impressionante, centrado na emblemática batalha de Hoth e no qual cada soldado, cada piloto, tem uma história para contar.

Mas há que destacar também a conferência da Microsoft que conseguiu um renovado respeito pelos seus jogadores. “Exclusivo”, foi a palavra de ordem e entre as suas séries mais emblemáticas e um novo periférico, houve espaço para retrocompatiblidade e para o saudosismo com a sua colecção de 30 títulos da simpática malta da Rare.

Já a Sony, mostrando que tem poder de encaixe, não poupou esforços em mostrar que a sua consola é ainda um bom sítio para se jogar. Por entre alguns DLCs exclusivos, houve espaço para que a Guerrilla Games brilhasse, não com mais um Killzone, mas com um impressionante novo título, agora no Horizonte de quem o quiser jogar. Isto claro, já para não falar do bombástico regresso de Shenmue à ribalta.

Infelizmente, para mim, a Nintendo e a Square Enix ficaram bastante aquém das expectativas mas conseguiram mesmo assim trazer para a mesa títulos bastante pertinentes como Star Fox Zero e Kingdom Hearts 3, respectivamente.

Jogo do Evento
Star Wars Battlefront

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