Eu e o meu Amiibo contra o mundo (mais ou menos)
Se acompanharam a nossa análise ao Super Smash Bros. para a Wii U e 3DS, certamente estão lembrados que ficou prometido o complemento sobre a nova aposta da Nintendo, os Amiibos. Já se encontram no mercado desde o dia 28 de Novembro, data que marca também o lançamento de Super Smash Bros. para a Wii U. Na nossa primeira abordagem feita a estas simpáticas figuras de plástico, acabámos por considerá-las como “DLC Físico”.
O meu Amiibo é o Marth da série RPG Fire Emblem e o Super Smash nunca mais foi o mesmo. A minha primeira dúvida foi: Como é devo considerar esta figura? Na análise que fiz ao Super Smash Bros. para a Wii U considerei-o como um aprendiz digital e de facto enquadra-se. Quando o introduzi no jogo, claro, estava apenas no nível 1. Demos então início ao treino. Não podemos jogar como o nosso Amiibo, mas podemos jogar contra ele e foi o que inicialmente fiz.
Com o objectivo de o treinar, decidi percorrer o vasto leque de personagens que o jogo tem para oferecer e jogar contra Marth. De início, apesar de ser capaz de algumas surpresas, facilmente era derrotado. Só que depressa as coisas começaram a mudar. Mais do que investidas de surpresa, o estilo de jogo de Marth rapidamente começou a transitar do frenético para um estilo de jogo calculista. Este tipo de treino obrigou-me a conhecer melhor as várias personagens de Super Smash. Já tinha jogado contra todas, claro, mas é a controlá-las que obtemos outra perspectiva sobre as suas qualidades e claro sobre as suas fraquezas.
Consegui boas vitórias mas sofri também amargas derrotas. Marth, sempre de espada em riste, estóico, à espera do próximo combate. Incansável, à espera de absorver mais e mais. Qual é o objectivo dele? Será que algo mais forte o compele do que o simples alcançar do nível 50? A cada combate que fazemos ele vem mais preparado, mas reparo que também eu. Estamos a treinar os dois, a tentar prever o que o outro vai fazer e aproveitar o mínimo erro para executar um poderoso contra-ataque. Não, se alguma vez o fui já não sou o mestre dele e, claro, ele não é um simples aprendiz. O que tenho aqui é um Rival, um Némesis que sabe aproveitar ao máximo cada segundo do combate. Sabe que se me derrubar uma vez, com o pouco tempo que resta, basta fugir, esgueirar-se e desviar-se dos meus ataques para alcançar a vitória.
É uma inteligência artificial que chega a rondar o implacável quando a desafiamos. No entanto foi inevitável considerar o meu Amiibo como um incrível companheiro de armas. Lado a lado, é gratificante observar o resultado do nosso treino em conjunto. Se jogarmos em casa de um amigo, o nosso Amiibo evolui mais depressa, tal não é o incentivo por parte da Nintendo para que mais pessoas se juntem em boa e intensa diversão. Mas se queremos que esteja sempre em forma, não nos podemos esquecer de lhe equipar as peças de equipamento que melhor se conjugam com o nosso estilo. Se precisamos de um parceiro mais ágil, mais poderoso ou simplesmente mais resistente, basta equipá-lo com o equipamento certo e ele faz o resto, adaptando-se. Desta forma nenhum Amiibo é igual a outro. O meu Marth não vai ser igual ao Marth de outro jogador.
Só é pena que não haja um modo online onde os nossos Amiibos se possam enfrentar. Os nossos momentos de glória, claro que também os mais amargos, terão de ficar entre familiares e amigos. O que também não é nada mau e já ajuda a espalhar a nossa lenda por aí fora. A minha mulher está neste momento a acabar de treinar a sua Wii Fit Trainer… Mal sabe o que lhe espera, vamos ver quem vai lavar a louça desta vez!!! *Actualização* Parece que vou ser eu… Bolas Marth…
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